Capítulo 50

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Logo que o Rafa apareceu, eu me despedi de todos e ele me levou em casa. Logo que cheguei na minha casa, minha mãe não acreditou:

— Filha!!! Como você faz isso comigo, Melissa? — Ela começou a chorar. — Mel, você quer que eu tenha um ataque do coração?

— Mãezinha queria fazer uma surpresa pra vocês! Estava morrendo de saudade. — Falei dando outro abraço apertado nela.

— E esse rapaz bonito, é o Rafa que você tanto fala? — Nós sorrimos.

— Mãe! — Disse em tom de repreensão.

— Muito prazer Dona Gabriela, sou eu mesmo, Rafael.

— Muito prazer.

Nós ficamos na sala conversando, logo meu pai chegou e se juntou a nós. O Rafa almoçou conosco e depois foi embora. Eu peguei meu carro e fui até a casa da Thay, precisava conversar com ela.

— Mel, vocês já passaram por tantas coisas juntos. Agora você tá aqui e ele também, os dois dispostos a ficar juntos, o que falta?

— Falta coragem Thay. — Eu suspirei. — Eu acima de tudo, o Rafa foi tão bom comigo, não quero ser sacana com ele.

— Mas você não ama ele. Prima, você não pode ficar com uma pessoa por caridade, isso sim é sacanagem. Deixa esse cara livre pra encontrar alguém que ame ele de verdade.

— Você acha?

— Não acho Mel, eu tenho certeza! Corre pro Gui, prima. Vocês se amam e o mundo vê isso! — Eu sorri e a abracei.

— Que saudade eu estava dos seus conselhos.

Depois que saí da casa da Thay, passei no apartamento do Pedro pra ver ele, a vovó e o Mateus. Jantei por lá e depois fui pra minha casa, fiquei um pouco com as minhas irmãs e decidi deitar. Tomei um banho e logo adormeci. Acordei no meio da madrugada com meu celular tocando, 03:30 da manhã, quem poderia ser?

— Alô?

— Melissa, sou eu. — Meu coração acelerou, era o Gui. — É o seguinte, eu tô na porta da sua casa e se você não vier aqui eu vou gritar.

— Guilherme, você tá bêbado? — Perguntei rindo.

— Eu vou contar até 10. 1, 2, 3.... — Eu o interrompi.

— Tô saindo, seu louco.

Coloquei uma blusa de frio e desci. O Guilherme estava na porta, encostado no carro com uma garrafa de cerveja na mão, estava visivelmente bêbado.

— Chega de beber Gui! Me dá essa garrafa aqui. — Eu peguei a garrafa, mas ele tirou da minha mão e virou tudo em um gole só.

— Melissa, você fodeu com a minha vida. Eu tava bebendo era pra te esquecer. Pra apagar, ou pra esconder no lugar mais profundo da minha memória que você tá namorando com outro. — Ele começou a chorar. — Que parece que você tá feliz com ele. Eu tô com raiva, Melissa. Eu te odiei alguns segundos por causa daquilo, mas odiei mais ainda aquele mauricinho e senti muita inveja dele, sabe por que? Porque eu nunca fui bom pra você Mel e você sabe disso.

— Gui, para! Você tá errado, completamente errado. — Eu segurei no seu rosto. — Você é tudo pra mim!

— MENTIRA! — Ele gritou. — Eu tô com medo que você jogue a verdade em mim.

— Que verdade?

— Eu perdi você, Mel. — Eu fiz que não com a cabeça. — Perdi sim. E eu descobri que perdendo você, eu não tenho mais nada. Porque desde o dia que eu te conheci você é o meu tudo. Você sempre entendeu as minhas complicações. Você sempre odiou todas elas, mas ainda sim, não desistiu de mim. Sou um filho da puta covarde que não consegue aceitar a realidade. Eu sei o que tá acontecendo. Não sou tão burro assim. Só que eu desejei que isso nunca acontecesse. Enfim...

— PARA GUILHERME! — Coloquei a mão na boca dele. — Eu te amo. Eu te quero. Porque eu nunca senti por ninguém nem perto do que eu sinto por você. Porque ninguém fez eu me sentir assim, entregue, com esse gostinho de felicidade na boca. — E então eu o beijei.

— Então fica comigo, agora! — Eu sorri.

— Amanhã a gente conversa com calma, pode ser? — Ele assentiu. — Eu vou te levar em casa.

— Não precisa Mimadinha, eu tô bem.

— Que bem, Guilherme. Você tá bêbado! Me dá aí a chave do carro.

Ele me deu a chave do carro e eu dirigi até o apartamento do Pedro, onde o Gui estava morando. Subi com ele e o coloquei na cama.

— Vem aqui na parte da tarde, eu vou estar sozinho. — Eu fiz que sim com a cabeça. — Promete?

— Claro. — Eu sorri e ele me beijou, com mais desejo dessa vez.

Quando estava quase amanhecendo, chamei um táxi e fui embora antes que todos acordassem. Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, acordei com meu celular tocando umas 10:00 da manhã, era o Rafa.

— Oi Rafa.

— Oi meu amor, bom dia! Te acordei?

— É, digamos que sim. — Respondi sorrindo. — Bom dia!

— Desculpa, é que meio dia passo aí pra gente almoçar com meus pais. Pode ser?

— É... pode. Sua irmã e o namorado dela vão?

— Provavelmente sim amor, por que?

— Não, nada. Curiosidade!

— Ah sim, vou deixar você dormir mais um pouquinho. Até mais tarde, beijo.

— Beijo.

Respirei fundo e levantei. Desci e fui tomar café da manhã, minha mãe sentou do meu lado.

— Eu vi que você não dormiu em casa... Estava com o Rafa?

— Claro que dormi, mãe. Acordei agora.

— Mel! — Ela me repreendeu. — Eu te conheço, tá? E se você estivesse com o seu namorado, você não mentiria pra mim. — Eu suspirei.

— Tá mãe, desculpa. Eu estava com o Gui, acho que vamos finalmente ficar juntos! — Respondi sorrindo.

— Se você ama mesmo ele, filha, não perde tempo!

— Vou conversar com ele hoje, acertar tudo.

— Filha, você não acha que tá na hora do Guilherme descobrir porque a Helena mentiu que ele é filho do Pedro?

— Como assim mãe?

— Mel, um de vocês dois não é filho dele. E é claro que é o Guilherme, eu não tenho dúvida nenhuma que ele é seu pai, além de você ter muitos traços deles. Então, o mais provável é que a Helena tenha mentido.

— Ai mãe, você não sabe como o Guilherme fica quando fala da mãe dele. Eu já tentei falar, mas a gente brigou feio e eu deixei pra lá.

— Eu vou falar com o Pedro então, pra essa história não complicar mais ainda a história de vocês! — Ela me deu um beijo no rosto. — Vou no salão, quer ir?

— Não mãe, valeu. Vou almoçar com os pais do Rafa e depois conversar com o Gui.

— Boa sorte!

— Vou precisar. — Respondi apreensiva.

Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora