Engravidei do Jogador 3

Capítulo 19

Os dois não disseram mais nada e foram embora. Foda-se, eu tinha dado uma surra naquele filho da puta.

Eu sentei no chão, os meninos e o tio do Paulo, André, me encararam.

— Desculpa. — Sussurrei.

— Se liga não velho, a gente tá junto. — Thiago sorriu.

— Estão mais calmos? — Tio André perguntou.

— Sim. — Respondi.

— Valeu a pena Guilherme? — Ele me olhou. — Valeu a pena sujar suas mãos com aquele homem? Tua mãe ia gostar disso?

— Minha mãe tá longe.

— Eu sei que ela não está, mas eu estou. Eu gosto de você menino, tu é um garoto ótimo. Nossa família toda gostou de você. Eu entendo sua raiva, juro que entendo. — Uma lágrima escorreu. — Mas o que é dele, a justiça vai trazer, Guilherme, porque Deus não falha. Não suja tuas mãos com tão pouco. Pensa na sua faculdade, em dar pros seus filhos e sua futura mulher o que você não teve e não viu dentro de casa. Tu tem dois amigos que estão do seu lado pra tudo. — Olhei pro lado, Paulo e Thiago sorriram. — Você tem tudo que uma pessoa precisa, o resto é o resto.

— Então fechou. — Dei um abraço neles.

                                                    (...)

Uma semana se passou, feriado vinha aí. Melissa estava chegando e nós íamos finalmente fazer esse maldito exame de DNA. Eu estava bem nervoso, fazia tempo que não nos víamos. Quando ela me mandou uma mensagem dizendo que estava chegando, fui esperar ela no portão da fazenda. Vi o carro dela se aproximando, quando o carro parou ela saltou de dentro dele.

— Minha Mel... — Eu abracei ela com força, como era gostoso sentir aquele perfume.

— Quanta saudade. — Ela disse no meu ouvido.

As amigas dela, Lívia e Thayná haviam vindo com ela. Os meninos foram ajuda-las a colocar as malas dentro de casa, nos deixando sozinhos.

— Sobre o Pedro, eu... — Coloquei o dedo sobre o seu lábio.

— Teu pai é um filho da puta, esquece ele linda. — Pisquei.

— Realmente, mais filho da puta que ele é só você. — Fiz cara de ofendido.

— Por que?

— Quer mesmo saber? — Ela disse brava e cruzou os braços, eu peguei ela pela cintura e sai correndo. — GUI. — Ela gritou sorrindo.

— Vou te jogar na piscina, só porque tu me chamou de filho da puta! — Eu disse rindo. — Ou pede desculpa.

— Nunca.

O Thiago me empurrou, eu desequilibrei e cai com ela.

— VIADO. — Disse pro Thia e a Mel sorria.

— Você molhou meu cabelo. — Ela disse ainda sorrindo.

— Você mereceu.

Logo o Thi e o Paulo se jogaram e por último as meninas. Nem preciso dizer que aquele foi o dia mais feliz do mês que eu fiquei alí. No final da tarde, fomos comer e eu a Mel ficamos de vela.

— Sobramos. — Eu disse suspirando.

— Verdade. — Ela fez bico. — Como você tá?

— Melhor agora. — Ela abaixou a cabeça. — O que aconteceu linda? — Passei a mão no seu rosto.