Capítulo 17

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                                                           (Pedro narrando)

Depois de todo o incidente com aquela história do Guilherme e da Melissa, ela finalmente me perdoou. Decidi ir visitar ela, entrei e a empregada me informou que ela estava no quarto. Quando cheguei na porta, ouvi um choro e não pude deixar de ouvir a conversa. Melissa falava do Guilherme e de um fato ocorrido na noite anterior. Vagabundo! Como eu posso ser pai de um moleque desse? Ah, mas o Guilherme ia pagar caro por fazer minha filha de idiota. Acabei optando por não ver a Mel, peguei meu carro e fui direto pra casa da Helena. Bati na porta e ela abriu.

— Pedro. — Abriu sorrindo.

— Tira esse sorrisinho do rosto. Cadê o vagabundo do Guilherme?

— Olha lá como fala, Pedro. É seu filho, tenha dó. Ele trabalha, esqueceu?

— Eu vou dar um corretivo nesse menino. Ensinar pra ele tudo que você, sua imprestável, não ensinou.

— Se você triscar um dedo no Guilherme, eu mato você! Eu não to brincando, Pedro. Não tenta a sorte. — Eu sorri.

— Você acha mesmo que eu tenho medo de você Helena? Faça-me o favor. Uma songa monga igual a você, não mata nem barata. — Ela me deu um tapa no rosto.

— Experimenta mexer com meu filho, pra você ver! — Eu empurrei ela.

— O Guilherme brincou com a minha filha, e isso eu não admito. Ele vai ter o corretivo que merece! E você também, eu tenho vontade de matar vocês dois.

Sai daquela casa e fui conversar com um antigo pessoal que eu conhecia, que gostava de fazer um trabalhinho sujo.

                                                 (Guilherme narrando)

Eu me joguei na cama cansado, ouvi batidas na porta e logo em seguida ela sendo aberta.

— Guilherme. — Era a Nanda.

— Oi Nanda. — Respondi baixo.

— Quero conversar com você.

— Eu to indo pra escola. — Disse vestindo minha camisa.

— Gui, o que tá acontecendo? — Eu encostei no guarda roupas e cruzei os braços. — Você tá estranho, solitário. Eu sei que você gostava dessa Melissa, mas ela é sua irmã, acho que você tinha que superar.

— Acabou?

— Para com isso Guilherme, para de ficar mentindo pra mim! — Ela disse alto.

— Fernanda, você sabe onde fica a porta? Pois bem, pode sair!

— Tá me mandando ir embora? — Fiz que sim com a cabeça. — Mas eu não vou, obrigada.

— Ok, você que sabe.

Ela ficou me olhando enquanto eu terminava de me arrumar pra escola. Peguei minha mochila e sai do quarto.

— Gui. — Ela me chamou.

— O que? — Quando eu virei, ela veio correndo colocou as mãos no meu rosto e me deu um beijo. Eu joguei minha mochila no chão e coloquei as mãos na nuca dela. Paramos o beijo com a respiração ofegante.

— Desculpa, é que eu to com ciúme. É difícil pra mim Guilherme, me entende. — Eu concordei com a cabeça. — Fico com você há anos e não consegui mexer com você como aquela burguesinha mexeu.

— Vamos deixar isso pra lá Nanda. — Acariciei seu rosto.

— Eu te amo. — Fiquei surpreso. — Sempre vou te amar. E eu vou te esperar, porque sei que um dia você vai sentir o mesmo por mim. — Forcei um sorriso.

Engravidei do Jogador 3Onde histórias criam vida. Descubra agora