Ela que não se meta contigo

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POV Ana

Encostei a minha cabeça ao seu ombro, podendo ouvir o seu coração palpitar, beijei o seu pescoço.. Senti uma sensação de glória, de satisfação ao beija-lo, ele fez com que eu em pouco dias muda-se, sempre fui muito insegura, sempre gostei de ser independente e nunca gostei de sentir que necessitava de algo.. Não queria que o amor voltasse a estragar o meu estado de espírito, pois já o tinha feito interiormente e eu não queria magoar nem ser magoada. Sempre imaginei um namoro feliz, sem discussões, digamos que todas as meninas sonham com um namoro como nos filmes encantados onde tudo acaba bem e somos felizes para sempre, mas os meus antecedentes demonstravam que eram tudo menos para sempre.. Eu e Harry éramos diferentes, eu via sempre o lado positivo das situações, ele pelo o contrário fazia questão de viver amarrado há ideia de que o mundo é pior sitio onde poderia estar, era nele que encontrava algo que em mim estaria esquecido, a minha segurança, o conforto que eu tera esquecido era nele que eu as ia reencontrar.. 

Deitamos-nos, coloquei a minha cabeça no seu peito, ele colocou o seu braço em volta do meu pescoço e segurou a minha mão, eu poderia deixar-me dormir com o ritmo das suas palpitações.. Riamos, com as histórias de infância que contávamos um ao outro, nós não tínhamos pressa de terminar a noite. Ele não tinha pressa em terminar a conversa e a oposição desse facto fez-me sentir amada, pois ele não queria nada mais de mim do que um simples sorriso. 

Passado horas, Harry acabou por adormecer, e eu fiquei a observá-lo era um hábito meu... Acabei por adormecer assim..

POV Harry 

Havia levantado-me mais cedo que Ana, aproveitei enquanto ela dormia para ir até minha casa, pois eu não poderia passar o dia sem tomar banho e com a mesma roupa.. Parece que já era vicio, e assim aproveitava e trazia algumas roupas para a casa dela, assim quando estes acontecimentos sucedessem já tinha roupa, sorri inocentemente. 

Sentei-me no banco do carro, e segui em direção há minha casa, o dia estava lindo, o sol irradiava todos os pontos verdes que podiam haver dos jardins, eu cantarolava a nova música dos One Direction que tinha estreado Midnight memories. 

Memórias, era o que não me faltava nestes últimos dias, mas o sorriso de Ana foi a memória mais viva na minha mente, tal como os seus olhos... 

Ao chegar a casa, reparei que estavam as janelas abertas e eu não as tinha deixado assim.. Mas como sou um pouco distraído posso-me ter esquecido, sai do carro, passando uma mão pelo o cabelo porque apesar do sol que se fazia sentir o vento também se queria evidenciar. 

"Harr..." -ouvi ao entrar em casa 

Confesso que o medo tomou conta de mim, eu não poderia, eu não conseguiria negar que o destino estava a apresentar as suas sentenças. Charlotte estava dentro de minha casa, atormentada, assustada e um pouco ferida. 

Ela abraçou-me, mesmo com aquele seu estado irreconhecível, o seu perfume sobressaia no meio de tanta desgraça, eu abracei-a de volta, pois tive medo da sua reação senão o fizesse.. 

Tentei quebrar o laço que nos unia mas ela sempre que eu o fazia abraçava-me ainda com mais força, os seus dedos marcaram as minhas costas... 

-Char? O que é que se passa? Tu não estavas supostamente... 

-Eu estou viva, se é isso que estás a querer dizer! - interrompeu ela, afastando-se pouco de mim 

-Mas então... e o que o gravador disse?

-Eu sei, eu sei e eles tentaram fazê-lo mas eu consegui resistir e fugir... 

-Mas eles quem? E porque é que te queriam fazer mal? E Charlotte, agora vais ter que me contar tudo porque eu não estou com a mínima disposição para jogar às advinhas

I used to know youWhere stories live. Discover now