Ilusão do teu olhar

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POV Harry 

- Bom dia querido 

- Olá mãe -respondi seco 

- Como te sentes hoje? - sorriu 

- Já me sinto melhor... Mãe porque é que não deixaste a Ana entrar ontem.. 

- O que ela já te contou? 

- Mãe, tu não tinhas nem tens o direito de fazeres aquilo que fizeste 

- Porque? Porque sou tua mãe, e porque o melhor para ti, e porque acho que o melhor para ti Harry, é ficares afastado daquela rapariga? 

- Mas tu até simpatizavas com ela porque é que agora ages assim? 

- Apartir do momento em que ela te colocou em coma, e quase que morreste por culpa dela, eu passei a ter receio da vossa relação

- A culpa não foi dela! 

- Ai não filho, então pensa porque é que estás aqui? Porque é que te atropelaram? Porque é que sentes que voçes estão juntos te acontece algo de grave?

- Mãe.. - respondi pensativo 

- Harry, filho, a mãe adora-te e tudo o que eu te digo é para teu bem, enquanto podes afasta-te dela. E agora veste-te para irmos para casa.

Lentamente, vesti-me, encarei a janela e fechei os olhos, quem sou eu afinal? Que tipo de pessoa me faria tanto mal se diz que me ama? Se não fosse a teimosia dela nós estariamos bem, nós estariamos vivos e saudavéis. Naquele dia, não a culpo ter sido culpado do atropelamento porque sei que não foi ela que o provocou mas talvez se me tivesse ouvido e parado enquanto a chamava talvez eu nunca tivesse estado aqui, acalmei-me e de preto encarei o espelho ajeitei o meu cabelo e contei até três... Abanei a cabeça e com fúria, prometi que com ela nunca mais me iria comprometer. Nós somos demasiado corrosivos na vida um do outro. Hoje seria o dia que iria sair do hospital e mais uma razão encontrei para me confirmar que ela fazia tudo menos amar-me. Se me amava porque me me colocou aqui? Porque não me atendeu as chamadas quando o nosso namoro terminou? Porque me supreendeu sempre pela a forma negativa quando eu mais precisava dela? Neste momento, para mim acabou. Sai com o braço dado com a minha mãe e o tempo congelou, ela já lá se encontrava. Ana, também ela vestida de preto, os óculos de sol escondiam a sua confusão. Continuei de braço dado com a minha mãe e ignorei-a. 

- Harry? - sorriu 

Ignorei-a mais uma vez, ouvia os seus pensamentos felizes começaram a serem invadidos pelo o terror do que se estava a passar. Não conhecia ninguém, o flashes da sua beleza invadiram-me, sentia o seu fogo a queimar-me, ouvia os seus sapatos altos, ela caminhava na minha direção. Deslocamos-nos para a entrada e todos nos esperavam, parecia que o morto havia rescussitado, contei outra vez até três, parado fiquei, e não conseguia pensar... 

- Love, onde é que vais? - perguntou Ana implorando por uma resposta

- Ana, o Harry vem connosco para casa. Deixa-o em paz e segue a tua vida.. 

Parado permaneci, instalei o triste olhar dela na minha mente e não o conseguia retirar, encarei-a num impulso imediato ali se encontrava ela, conseguia ver o seu coração a sangrar, nos seus olhos ela exigia-me explicações, caminhei até ela, juntei as suas mãos às minhas, frios nos encontravamos. Sentia cada pulsação que ela dava, cada pensamento confuso, juntei as suas mãos aos meus lábios, beijando-os sucessivamente, fechei os meus olhos, e ela seguiu-me. Estava a ser testado por mim, queria perceber ao seu lado porque a amava mas porque às vezes só me apetecia... não quis pensar nisso, apesar do nosso sangue, e da dor, nós iriamos ser impunentes a todos. Abri os olhos, e as lágrimas culminando com o medo se invendiciaram nos seus olhos. 

- Não me faças isto outra vez - sussurrou ela 

Afastei-me, e recolhi-me na minha mãe ao seu braço me juntei e voltei a caminhar. Se cheguei aqui é porque nunca perdi, ao sairmos, os clarões fizeram-se ver, entre eles apareceu a pessoa que já mal me desejou mas que talvez hoje me tivesse vindo ver, Charlotte. Ignorei-a, o escudo de proteção não quebrou e mais uma vez olhei para Ana, e os seus olhos tornaram-se vermelhos de tanto medo. Sinto-me aterrorizado mas não me irei quebrar, não serei mais o fraco que desiste por amor. Char, colocou os seus braços em volta dela, tentou acalma-la. Desta vez joguei para ganhar, não irei perder o controlo, não pensarei e será a minha vez de ir. Será as minhas regras que eu irei seguir. 

- Um dia voltarei a ser teu outra vez  - prenunciei de modo que ela entendesse 

POV Ana 

Seria aquilo um teste? Perguntei-me entre os flashes da nossa história, não tive tempo sequer para me despedir, não pude perceber qual era o valor da minha vida, se ela teria fugido de mim em segundos. Desistiu de nós, porque e como é que o fez? Porque nunca o consegui, resistiu ao meu olhar, e ao nosso desejo? Disparou com todas as balas que ele carregava, não pensou, e foi-se embora. Nunca o tinha visto assim, admirei a sua coragem, respirei o seu ar e senti o seu medo. Ao contrário dos outros vilões Harry, não me perdeu, os pensamentos assustadores voltaram, queria jogar o mesmo jogo que ele, queria ganhar-lhe, e queria gritar aos ventos que eu não sou mais vencida. O amor entre nós tornou-se num vicio? Quem o influenciou em deixar-me? Senti, as perguntas invasivas dos fotografos, fui encaminhada por alguém que na altura não me percebi quem era. Segui-a, e consegui ainda observar Harry, ele sorria não estava sofrido, livrou-se de mim.. 

Fui conduzida até um local sombrio, estranho, algo onde não tinha nunca estado. Charlotte, intitulou-o de casa, como assim ela vivia ali? Sozinha? Não entendi mas preferi não saber, hoje admirava o pior dos criminosos, e se ela viva com eles ainda melhor. Entramos e sentou-me numa cadeira ao lado de uma mesa com imensos comprimidos, todas as cores se misturavam... Coloquei as mãos na cabeça, sentia-me tão sozinha, cansada, desfeita... Como é que eu iria arrancar aquela dor do meu peito? 

- É agora que me vais explicar o que aconteceu? - perguntou ela colocando-me vinho branco há frente num copo 

- Não quero falar disso ... - bebi 

- Avisei-te que iria acabar... 

- CALA-TE! APENAS CALA-TE! - gritei 

- Pronto, calma... - bebeu ela também 

Aqueles comprimidos captavam a minha atenção, queria perguntar-lhe porque é que ela os tinha, mas tinha medo que me reprendese por faze-lo, abanei a cabeça não se ele não teve medo de me abandonar porque teria eu medo de lhe perguntar 

- Queres experimentar? - perguntou ela, percebendo o meu espanto 

- O que é?

- Não te posso explicar, experimenta e verás que a dores que sentes desapareceram por segundos, o mundo voltará a sorrir-te.  

Assenti, experimentei apenas um. Queria-me sentir como os diamantes, inquebravél, era a mais bonita das luzes, a casa dela tornou-se no palácio mais bonito onde já estive, sentia-me como se fosse a única que nunca iria morrer, abracei-me queria sentir-me outra vez viva. Corri, e senti a visão do ecstasy nas nuvens, a ilusão óptica fez-me sorrir, nos seus olhos estava escrito "Babe". Harry, ele havia voltado para mim, brilhava o nosso amor outra vez... Voltei a sonhar, queria tanto tê-lo, Char não se encontrava nos meus planos, eramos só nós os dois. 

Perdi-me no sono da ilusão, voltei ao terror dos pesadelos que sem ele me atormentam.  Fui invadida pela ilusão do seu olhar. 

I used to know youWhere stories live. Discover now