O que aconteceu?

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POV Harry 

Sempre me foi complicado deixa-la, quando eu ia embora, para longe dos seus braços a primeira coisa que eu tentava era esquecer a cor dos seus olhos, a cor da solidão e do choro que me atormentava durante os sonhos. Tentei abraça-la, tentei beija-la e na minha mente pensava num discurso para consola-la

Babe… Eu nunca me iria esquecer de ti. Porque apesar dos nossos problemas tu sempre foste a minha solução, eu adoro-te imenso e sempre cuidarei de ti, esteja onde estiver. Eu sei que nós iremos conseguir sobreviver a isto, apesar da fé que tenho neste momento ser pequena ou reduzida ao ponto de não a ver mas acredito naquilo que os teus olhos me dizem… Lembra-te de todas as nossas memórias, lembra-te de todos os nossos momentos, apaga os maus e guarda os bons. Não deixes que me levem para o inferno, porque é o único sítio que iram aceitar a minha alma dolorosa. Não percas o que de melhor tens porque apesar de ser difícil dormir há noite sem ti, eu sempre tentei arranjar uma solução.”

A única sensação que tive foi sussurrar “ Eu adoro-te e guarda o meu coração contigo porque eu irei guardar o teu”, beijei a sua testa e de repente senti uma sensação enorme de abraçar e de a proteger, queria que ela me protegesse agora, queria que estivesse tudo bem. Poderia ser como Jonathan queria neste momento, mas antes foi como nós quisemos. Beijei durante imenso tempo os seus lábios e de leve pedia-lhe que não chorasse. Nunca gostei de despedidas, nunca quis saber quem iria sentir a minha falta, mas eu queria despedir-me dela, e queria que ela soubesse que eu iria sentir saudades dela.

- Pode acabar com esse teatro, quase que me comovem! – interrompeu Jonathan rindo

- Harry… como é que vai ser? – perguntou Ana

- Babe, eu não quero que chores, nem que sofras quando sentires saudades minhas olha para as estrelas e imagina que a mais brilhante sou eu a sorrir-te!

Abraçou-me. Jonathan fez-me levantar e entre os comentários injustiçados dos amigos “ não achas que já estás a levar isto a um nível muito exagerado Jo” ele ria-se, era o único que não era comovido pelo o nosso amor. Encaminhou-me até ao carro dele, sentia-me um prisioneiro no meu próprio pesadelo. Era a trovoada que se fazia sentir que me fazia acordar e perceber que aquilo era pura realidade.

- Deixa-me só falar com ela cinco minutos! Eu não te peço mais nada, só cinco minutos ao lado dela, para me poder despedir – implorei a Jonathan

Ele riu – Tu não tens que te preocupar com ela, porque eu próprio irei estar encarregue de cuidar dela, e protege-la de todos, não te preocupes.

- Harry, love não oiças o que ele diz. Nós vamos passar por isto não vamos? Vamos superar isto não vamos? Promete-me que vamos lutar os dois por nós! Nós somos… uns loucos… mas não te preocupes que a tua loucura será a única que completará a minha insanidade. Não te preocupes com o teu passado e preocupa-te com o nosso futuro, eu adoro-te tanto meu Love

Abracei-a e beijei-a não sabia se iria voltar a ver o seu sorriso. Entrei dentro do carro e observei o seu corpo desfeito em lágrimas por me perder assim daquele jeito. Não quero voltar a chorar pelo seu desespero nem deixa-la com saudades minhas. Abri a janela e sorri-lhe “ Sonha comigo hoje babe. Lembra-te que eu estarei sempre ao teu lado

O carro arrancou, senti o vento a esvoaçar todas as minhas lágrimas. O meu suor era frio, estava com medo, vi a noite a virar dia. O pôr-do-sol que agora se fazia evidenciar, uma vez tinha sido uma viagem ao passado com um futuro brilhante, hoje era o presente com destino aproximado. Senti-me sozinho apesar do carro estar cheio, Jonathan e os amigos, riam do que acontecia… Mas o meu ódio por eles era tão grande que não conseguia controlar.

I used to know youWhere stories live. Discover now