Despedir-me dele

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Cansei-me de ouvir as desculpas esfarrapadas que Ana me dizia, dizia-me que Louis a tinha beijado, e que ela tinha repetido exageradamente que não tinha respondido a esse beijo e que lhe tinha dito que não gostava dele mas sim de mim… Cansei-me de estar nesta posição de rejeição comigo próprio porque é que me sinto tão emocionado hoje ao lado dela. Como é que nunca encontrei as razões suficientes para ela acreditar que ela é tudo o que eu preciso. Calei-a, coloquei as minhas mãos no seu rosto de beijei-a de leve

- Harry… - sussurrou

- Não vamos voltar a falar dessas coisas, pode ser?

- Pode.- sorriu ela abraçando-me

Fica aqui comigo. No meio do nada e nós encontraremos a paz que tanto ansiamos obter. Promete-me que eu sou a razão pela qual tu não desistirias de viver. Nós vamos enfrentar o perigo juntos não vamos?” Sussurrei ao seu ouvido estas palavras eu só queria que ela entendesse que eu não sou bom com palavras nem a demonstrar os meus sentimentos, eu não sou perfeito nem nunca o quis ser, mas agora torna-se claro e óbvio para mim tê-la ao meu lado.

- Eu prometo-te mas explicas-me porque é que fizeste aquilo… -sussurrou ela ao tentar entender porque tinha eu aceitado trabalhar para o boss 

- Fiz-o porque me cansei de te ver triste e chateada com todos e com tudo que nos rodeiam, não quero que fiques chateada comigo mas sim que fiques comigo…

Ali ficamos abraçados, no meu peito ela escondeu a sua face. E eu encostei a minha há sua nuca, amava o jeito que eu podia proteje-la e agora ainda mais visto que tenho uma arma na minha posse e que posso disparar no primeiro que dela se tentar aproximar. Caminhamos de mãos dadas sem direcção nem sentido só nós, e sorriamos ao som do vento lembrou-me todos os bons momentos que passei com ela, sem papparazzis, sem fofocas nem traições. Chegamos há casa dela…

- Não. Hoje não quero que entres – parou-me ela

- Como assim babe?

- Quero começar tudo de novo e quero tornar tudo melhor e completamente diferente daquilo que nós éramos –sorriu ela encarando a Lua

Assenti e coloquei o meu braço em cima dos seus ombros e olhei com ela a Lua e as estrelas. Sorrimos mais uma vez da nossa felicidade instantânea, lembrei-me de todas as nossas memórias que apesar de destruídas continuam a ser demasiado importantes para eu me esquecer. Acompanhei-a até há porta e queria abraça-la só mais uma vez, o seu sorriso é demasiado importante para o perder. “ Contigo eu encontro o controlo que tenho perdido na minha vida”

Ela entrou e acenou-me pela última vez e pela primeira vez senti-me feliz e liberto com todo o processo de reconciliação.

- Estou? – atendi

- Onde é que andas?

- Em casa –menti

- Em não estás de certeza não me mintas que eu não gosto de mentiras! – gritou

- Eu estou ao pé da casa da Ana mas qual é a urgência é que eu nem sei com quem estou a falar – confessei

- Estás a falar com o Jonathan não te faças de desentendido – gritou ele – Anda ter já há tua casa que eu estou aqui há tua espera e não demores muito!

Desliguei o telefone. Fartei-me dos seus gritos estúpidos e sem noção, continuei a andar calmamente e confesso que demorei algum tempo, sentia-me tão feliz, amo cada minuto que passávamos juntos. Eu queria que ela permanecesse sempre comigo e apenas comigo, e junto ao altar éramos só nós que um dia iriamos casar. Ao chegar há minha casa, tinha a porta da entrada e as luzes acesas. Assustei-me e senti pela primeira vez naquela noite o frio a percorrer a minha espinha não sabia se era o medo ou simplesmente o facto de não saber o que se estava a passar. Entrei, e vi todas as minhas coisas revoltadas, tudo partido e sem querer apercebi-me que tinha um papel no chão.

I used to know youWhere stories live. Discover now