I used to know you

Não consigo largar o sentimento

- Harry – a minha mãe gritou seguindo-me até ao meu quarto

Ignorei-a e corri o mais rápido possível para o meu quarto, tentei fechar a porta mas ela bloqueou essa minha ideia. Ordenei que saísse do meu quarto, a minha mãe olhou para mim e ignorou também ela a minha ordem.

- Não vou sair daqui… tu vais ter que ouvir o que tenho para te dizer – ela refilou

- Mãe eu já ouvi muita coisa hoje, não preciso que me digas mais nada – gritei voltando-lhe as costas em direcção da janela

Ela puxa-me o braço e faz com que me sente na cama. O olhar da minha mãe é de dor e desilusão para comigo, nunca a tinha visto daquela maneira e confesso que me assustei com aquele puxão pois ela nunca havia sido agressiva comigo.

- Mas que raio de educação te dei eu? – ela perguntou-me desiludida

Olhei para as minhas mãos não consegui encara-la. Não tinha coragem para o fazer.

- Eu estou a sentir-me a pior mãe do mundo neste momento, como é que tu foste capaz de fazer uma coisa daquelas Harry? – ela perguntou-me

- Mãe não me julgues… - não consegui conter a emoção nas minhas palavras assim como ela

- Não te julgo, filho? Como é que não queres que não te julgue quando tu fazes uma coisa destas? Porque é que tu a traíste Harry? – ela disse entre suspiros

- Eu não entendo como é que tu… - ela tentou esconder a emoção

- Mãe, aconteceu ok? – levantei-me gritando com ela

- Aconteceu Harry? Aconteceu? Tu sabes o que é trair alguém? Sabes o que é sentir-se traído? – ela gritou comigo olhando-me com raiva

- Eu vi como aquela rapariga te olhava no jantar que dei para todos cá em casa, eu vi como os olhos dela brilhavam quando tu raramente sorrias, eu vi como ela mesmo tu não tendo desculpa pelas tuas atitudes ela te defendeu… e tu o que é que lhe fazes? Trais-ma como se ela fosse lixo? – ela gritou

- Mãe, eu não quis eu juro que não quis… mas as coisas descontrolaram-se naquela noite, eu só estava farto de pensar nela com o Louis, neles os dois…

- Pára! – ela gritou ainda mais alto interrompendo o meu discurso – pára de ser estúpido, ela não ama o Louis nem nunca se meteu em causa isso na vossa relação, não entendo o porque dessa tua desconfiança e sabes que mais tu com esta atitude nojenta que tiveste só irás fazer com que ela volte para os braços do Louis ou de outro rapaz que a faça feliz!

As lágrimas voltaram ao lugar onde sempre permaneceram, imagina-la nos braços de outro principalmente de Louis agonia-me, desinstala todo o controlo que ela me forneceu, com os seus dados meio confusos eu conseguia sempre receber a mensagem e descodifica-la. Não ter ninguém a meu lado que me controlasse quando a minha vontade é de explodir com o mundo, não ter ninguém que me faça sentir como ela me faz sentir, não consigo mais ouvir isto nem pensar nisto. Tapei os meus ouvidos e pedi há minha mãe que parasse.

- Não filho, eu não vou parar tu és meu filho, és a coisa que eu mais amo neste mundo és a coisa mais importante que eu tenho nesta vida tu e a tua irmã claro, mas ver-te quebrar o coração das pessoas não faz parte da pessoa que eu sei que tu és… eu confesso que no inicio não gostei nem um pouco da Ana, mas ela lutou por ti assim como eu vi que tu lutaste por ela, da mesma maneira que eu te via a defende-la era a mesma maneira que eu a via a defender-te. Mas pegares naquilo que ela de mais importante tem e rasgares e partires como se fosse um simples papel ou brinquedo não se faz – ela repreendeu-me usando o que de pior eu tinha feito