Perder o controlo

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Sinto-me tão quebrada, olhei para ele mais de vinte vezes os nossos olhares nunca se cruzaram. Quem conhece a nossa história sabe que eu perdi mais de mil vezes o meu orgulho por ele, perdi tantas batalhas por ele porque sempre pensei que mesmo perdendo essas batalhas nós poderíamos conquistar esta guerra. As nossas costas irão voltar-se, as nossas mãos irão deixar de entrelaçar e a luz que ele durante a noite apagava ficará acesa, não porque eu tenha medo mas sim porque será sempre a lembrança dele na minha vida. Não consigo esquecer-me dos nossos melhores dias e momentos. Agora estamos nós os dois entre estas quatro paredes.

Ele sentado na ponta da cama com as mãos juntas que entre silêncios se esfregavam uma na outra, as lágrimas iam-lhe caindo pela face e eu estática estava ao pé da porta fechada. Ignorei as vozes de Louis e da mãe de Harry, ignorei tudo o que me rodeava acho que tive uma sensação de que o tempo paralisou apenas só voltava ao normal se ele dissesse que era tudo mentira e que ele nunca tinha beijado outra rapariga há exceção de mim.

Sentei-me ao lado dele, e ele continuou a olhar para o chão esfregando as suas mãos uma na outra. Coloquei entre lágrimas a minha mão na dele. E fiz com que ele me encarasse mesmo com dor, eu queria ver nos olhos dele a história que eu queria que fosse falsa.

- Por favor, diz-me que é mentira – sussurrei enquanto ele olhava para cada pedaço de cada lágrima minha

- Não te vou mentir outra vez Ana – ele disse sofrido levantando-se e coçando a cabeça

- Tu estás a dizer…

- Sim, eu traí-te…

Não sabia o que dizer, ou o que pensar saberia que provavelmente antigamente se alguém me traísse ou me magoasse com ele o está a fazer agora eu iria espanca-lo ou então ignora-lo, mas por alguma razão o meu corpo a única reacção que teve foi chorar, chorar, senti os meus olhos cansados de tanto chorar. Harry, explicou-me todos os pormenores entre lágrimas também eu sentia o arrependimento dele por aquela noite, eu ouvia o coração a chorar como o meu, ele sentou-se há minha frente no chão, e escondeu a sua cara nas mãos.

- Tu mentiste-me, tu usaste-me e pior que isso magoaste-me quando deverias ser a pessoas que nunca me iria fazer sofrer

Levantei-me e ignorei todos os seus gritos de dor por mim, ignorei as suas lágrimas e ignorei o seu chamamento para que ao pé dele ficasse e tentasse entender. Já em frente há porta eu libertei todo o mal que sentia, abri todas as feridas mal curadas e com os pulmões cheios de raiva.

- Desaparece da minha vida, eu quero deitar-me hoje e esquecer-me de ti durante a noite, esquecer-me de todos os nossos momentos, quero acordar com amnésia no que toca a tudo o que vivi contigo. Quero fazer de mim uma pessoa feliz, quero esquecer-me de todos os teus pormenores, da maneira tonta como costumamos dormir, da maneira como fazemos sempre as coisas sem sentido, das nossas brincadeiras e quero esquecer-me acima de tudo – disse respirando fundo – quero esquecer-me do amor que sinto por ti

Abri a porta. Ele puxou o meu braço e fechou-a colocando-se há minha frente, ficando assim a centímetros da minha face, as mãos dele cercaram a minha cintura, e a sua expressão tornou-se assustada e desesperada.

- Eu não estou bem contigo, mas estou mil vezes pior sem ti. Eu disse-te muitas vezes que te amava não disse? Em nenhuma dessas vezes te menti, nunca te menti no que se relacionava com o sentimento que ambos partilhamos. Não posso dizer-te que o tempo volta para trás e posso apagar o erro que cometi mas eu peço-te desculpa… por tudo por te magoar tanto ao ponto de tu já não aguentares mais… por querer fazer-te só minha e apenas minha… eu não consigo arranjar palavras que apaguem o erro que cometi e só eu sei o que sinto neste momento por te ver assim, não aguento mais viver assim Ana… não dá mais para esquecer-te não consigo – disse ele chorando

I used to know youWhere stories live. Discover now