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O que sinto por essa garota é indescritível, ela me faz enlouquecer com seu jeito de menina, vira minha cabeça por ser de outro homem. Eu detesto pensar nisso enquanto estou com a língua na boca dela, em sua própria casa.
Antes de entrar, pensei em até que ponto cheguei para matar meu desejo por uma garota que mal conheço, mas que sinto algo profundo por ela. Estou com Anna porque ela é diferente das outras mulheres que já conheci. Ela é simples, tímida e tão calma, parece que não sabe se defender de pessoas más. E eu quero ser seu porto seguro, o homem que ela sempre sonhou a vida inteira. Quero dar o céu a ela, protegê-la, fazê-la se sentir mulher novamente, e só há um maldito balcão que me impede de entrar em sua vida.
Interrompo nosso beijo ardente e ela protesta, empurrando minha cabeça para a sua.
- Calma, calma - sussurro, sorrindo.
Só de olhar nos olhos de Anna já sinto que ela quer mais. Encosto apenas os lábios no dela, segurando sua cabeça com as duas mãos.
- Por favor, me deixe fazer isso, eu quero mostrar o quanto a desejo. Quero me afogar em você enquanto seu marido não estiver aqui - sussurro com os olhos fechados.
- Faça. Eu quero. Quero muito.
- Mostre-me seu quarto, Anna.
Ela desperta, me olha toda sorridente e se distancia, andando de costas para a entrada da cozinha. Eu a sigo com a taça cheia de vinho e com passos lentos, sedutores. Anna fica sexy andando assim. Pegamos a escada, já no andar de cima, ela abre uma porta branca. Eu entro.
O quarto é um pouco grande, bem organizado, uma janela de vidro do lado da cama, com cortinas lilás, abajur aceso, o criado-mudo, também, do lado cama, um tapete vermelho no centro, uma poltrona vermelha no canto e o banheiro num pequeno corredor fechado.
Deixo a taça em cima do criado-mudo, paro na beirada da cama, de frente com Anna. Ela inspira e expira sob o meu olhar. Será que tem algo errado no meu rosto? Ela me encara como se eu fosse um estranho, vejo medo nos olhos dela.
Não pense demais, Thomaz Beckham.
Passo as mãos em suas coxas, ergo o vestido lentamente para cima. O tecido é de cetim, fino e macio, excelente para passar a mão.
- Thomaz, premente que... - ela toca o músculo do meu peito.
Meu corpo se retesa com a mão fina dela. É tão pequena.
- Eu prometo. - Apesar de não saber o que estou prometendo.
Tiro o vestido dela de uma vez e jogo no chão, deixando-a somente de uma calcinha preta de renda, muito bonita por sinal. Ela não está usando sutiã, meus olhos vão diretamente para os seus seios. Noto cada detalhe: mamilos rosados e enrijecidos, pele branca, macia, seios potentes e grandes. Como são perfeitos, cabem na palma da minha mão.
Dou um beijo bem cauteloso nela, sem pressa, depois deslizo meus lábios para o maxilar e desço para a base do pescoço com o ombro. Chupo sua pele e sinto gosto de sabonete erva doce. Anna me dá mais acesso a essa área, pendendo a cabeça de encontro ao meu ouvido que posso sentir sua respiração.
- Eu - beijo o pescoço dela - estou - passo pelos ombros - gostando - mordo o maxilar - disso - beijo a boca.
Anna geme baixinho. Minha língua exige mais do dela. Jogo Anna contra a parede e a deixo com as costas de frente para mim. Ela posa as duas mãos na parede branca e fica tensa comigo atrás. Noto que seus olhos estão totalmente fechados, esperando, ansiosa. Depois que tiro toda a minha roupa, aproximo dela e toco sua silhueta somente com o dedo indicador.
- Seu marido é um idiota completo. Como pode deixar a mulher sozinha em casa estando vestida assim, com esse corpo perfeito, cheirando a erva doce e extraordinariamente gostosa?
Ela enrijece com o meu sussurro malicioso no pé do seu ouvido. Eu mordo com carinho sua nuca e um pedacinha de sua orelha. Ela geme.
- Como pode, meu Deus? Ele não sabe lidar com uma mulher - deslizo sua calcinha para baixo. Ela me ajuda.
Beijo os ombros dela e a giro para ficar de frente comigo. A expressão de Anna me alegra. Sua boca se alarga num sorriso malicioso e seus olhos me dizem que ela gostou de ouvir o que eu disse agora a pouco. Ou pode ser outra coisa... Ela me examina de cima para baixo, boquiaberta. Tocando meu pescoço com as mãos, descendo até meu abdômen, ela deixa escapar um Uau! E deu para sacar porquê.
- Você é grande - diz.
Sorrio com a boca no pescoço dela, depois vou beijando seu corpo inteiro até chegar embaixo, bem embaixo... Anna contrai o corpo na parede fria sentindo meus lábios ali. Ela coloca uma perna por cima do meu ombro e a mão direita na minha cabeça, enquanto a outra procura apoio.
Demoro cerca de dez minuto para poder parar, quando finalmente me levanto, Anna está arfando euforicamente. Pego um preservativo na mesa de cabeceira e rasgo o lacre.
- Tem certeza? - digo, avaliando sua reação.
- Tenho.
Sem pensar, estamos nos acabando na cama, matando nossos desejos, que estavam guardados há dias. Deixo Anna enfraquecida de tanto prazer, com as pernas bambas, enlouquecida.
- Thomaz - geme ela, jogando a cabeça para trás no colchão quando chega num orgasmo. Ela grita meu nome novamente, me deixando glorioso.
Isso, Anna.
Grite meu nome, não o dele.
Me deixe entrar em sua vida.
Prometo não ser igual a ele.
Quero foder com você a noite toda enquanto seu marido não estiver aqui.
Goze de novo, mas para mim, cariño.
Ela me obedece sem saber o que estou pensando, arranhando os músculos das minhas costas, com as pernas totalmente abertas e presas em minha cintura, me dando vigor para ir mais fundo, mais e mais até não ter onde me caber nela.
Eu desabo.
É o fim.
É Anna.
É a mulher que conheço há quatro dias, esposa de um policial corrupto, mas que ela não sabe.
É a mulher de outro cara, caralho.

06:00 AM

Acordo fungando o nariz de um jeito nada elegante para um empresário como eu. Viro de um lado na cama e não vejo Anna, meu coração chega a bater mais forte pela a ausência dela ali. Eu não conheço a casa, mas me lembro do caminho até a cozinha. Sento-me no colchão, encostando as costas na cabeceira da cama. Apoio o cotovelo no joelho para atender uma ligação de Alexia.
- Oi, Alexia.
- Sr. Beckham - ela está chorando, muito mesmo.
Ah, meu Deus. O que foi agora? O choro dela chega a ser insuportável, me mexo na cama.
- Alexia, por favor, me explique o que está acontecendo com mais calma e pare de chorar.
- É que... eu preciso de algumas folgas urgente.
- Para quê?
- O meu pai morreu ontem à noite.
Minha irritação com o choro dela se emana.
- Ah, tudo bem. Fique ausente o tempo que precisar.
- Obrigada.
- Mande uma nota para mim por email. - Se caso for mentira dela, mas eu acho que não é. Quem seria capaz de mentir que o pai faleceu só para faltar ao trabalho?
- Mandarei, sim.
- Precisa de dinheiro?
- Não, senhor. Muito obrigada.
- De nada. Alexia... Sinto muito.
- Eu também sinto. Vou desligar, Sr. Beckham. Tchau.
- Tchau.
Nossa! Que modo mais esquisito de se acordar. Coitada da Alexia, tomara que os parentes e Deus a conforte. Não perdi meus pais ainda, mas posso imaginar a dor que ela está sentindo, a falta do pai. Posso até me imaginar no lugar dela, é difícil. Ah, céus! Esqueça, Thomaz. O assunto que mais te inibe é a morte. Esqueça!
Resolvo mandar uma mensagem para o meu pai porque preciso conversar com ele.

De Thomaz:
Preciso conversar com você mais tarde. Me encontre no bar de sempre.

Pego as roupas no chão e me visto, pensando na noite que tive com a minha própria secretária. Se o marido dela souber...
Você comeu a minha mulher!
Eu vou dizer com todo o prazer que fiz, e que gostaria de fazer de novo. Ele não sabe o que está perdendo, na cama Anna é outra mulher, do tipo safada, gostosa e sedutora. Eu provei isso. Foi intenso e delicioso. Fiz ela gemer tão alto que presumo que o vizinho do lado deve ter escutado e se perguntado o que estava havendo com sua vizinha. Tomara que não. Não posso correr esse risco, eu já estou lascado.
Foi mais melhor do que eu pensei. Ela superou minhas expectativas.
- Thomaz - gritava alto.
Nossa, o que foi aquilo?
Aquilo se chama Anna Florentiny, meu irmão.
Sorrio ao terminar de me vestir. Desço para ver o que ela está aprontando. Na cozinha, a mesa do centro está perfeitamente arrumado num belo café da manhã, somente para dois. Eu paro na entrada da cozinha com as mãos no bolso e o ombro encostado na lateral da porta.
Sorrio por muitos motivos: 1º ela está virada de costas lavando uma tigela de vidro; 2º veste uma roupa tão social e chique que parece uma executiva; 3º ela está linda. São muitos motivos, meu Deus. Como aquele homem ainda tem coragem de trair uma mulher dessas?
Anna vira e leva um susto ao me ver na porta, parado feito um fantasma.
- Bom dia - digo, erguendo uma sobrancelha. Ela cora.
- Bom dia, Thomaz.
- Dormiu bem?
- Mais que bem.
Me aproximo e me sento à mesa, antes, lhe dou um beijo.
- Que bom. Eu também dormi bem.
Ela toma uma cadeira perto de mim, e fica me olhando com um sorrisinho na cara.
- E aí, a noite foi boa? - brinco com o pingente do colar dela.
- Foi. Você é ótimo no que faz.
Humm.
- A gente pode repetir a dose, mas aqui mesmo, ainda são... - viro o relógio no pulso - seis e vinte e dois.
Quando me dou conta, Anna já está em cima do meu colo, sugando minha boca. Eu arfo, pois ela está com mais sede do que eu. Agarra meu pescoço e me puxa mais ainda para sua boca.
- Obrigada. Nunca me senti tão mulher antes - ela está com a testa colada na minha, arfando.
- Minha obrigação foi satisfazê-la.
- Estou mais que satisfeita.
Ela torna a me beijar, dessa vez com mais leveza, devagar, sem pressa. Eu agarro as duas pernas dela e me levanto. Jogo Anna contra o balcão da cozinha e deslizo a saia preta dela para baixo expondo a coxa, enquanto a beijo com ardor. A outra mão arranca a calcinha. E aí, somos só eu e ela, matando novamente nossos desejos.

O preço da infidelidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora