12:56 PM
Coloco um roupão branco depois de vestir uma cueca cinza. Em seguida, preparo um vinho para beber na cozinha à espera de Anna. Faz cerca de uma hora que liguei e ela confirmou vir me ver no hotel onde estou hospedado. Confesso que esperar não é a minha praia, sempre odiei esperar. No entanto, sei que ela tem que enrolar o imbecil do marido para poder sair.
Sentado no sofá da enorme sala, penso em como Anna vira meu mundo de cabeça para baixo. Como fui capaz de amar uma mulher compromissada? Agora corro o risco de perdê-la. Decido não pensar nisso, abafando o ambiente com o aparelho de som do hotel, ligado quase no último. A voz é de Cristina Aguilera, catando uma canção melancólica chamada You lost me. Ao ouvi-la, logo cai a ficha de que nos momentos mais péssimos de minha vida, escolho músicas para esvaziar a mente ou até mesmo para pensar. Isso já virou hábito.
Pego a garrafa de vinho e encho a taça. Até agora não parei de consumir álcool. Ele me fez companhia desde o final da tarde de hoje, e já me deixei embriagar nem sequer sei o que estou fazendo. Apenas estou ciente de que a mulher que eu amo vai se arriscar mais uma vez só para ter uma noite de amor comigo.
Ao botar a boca na taça, paro, pois ouço a campainha tilintar mesmo com a música tocando. Não largo a taça e nem a garrafa de vinho, vou atender assim.
Abro a porta e rapidamente meus olhos vagam pelas belas pernas de Anna, em seguida paro na roupa, que mexe com meu membro dentro da cueca. Anna usa um vestido de seda azul-escuro nada comportado, uma jaqueta de couro e um salto negro extremamente sexy. Seus cabelos estão soltos, cheios de ondas até a base dos seios, exalando um perfume doce, que rapidamente se mistura com o álcool na minhas narinas. Eu vou ficar mais bêbado ainda. Fico olhando-a boquiaberto.
— Perdeu a voz? — ela me desperta.
— Me desculpe, entre.
Ela entra, sem tirar os olhos das minhas mãos ocupadas. Fecho a porta e passo a tranca.
— Tem um bom gosto para músicas — comenta.
— Christina Aguilera.
— Eu sei.
Largo a taça e a garrafa na mesinha de centro.
— Beber muito nunca é bom.
Fico olhando para ela, questionado-me mentalmente como ela sabe quanto bebi.
— Como sabe que bebi muito?
— Seus olhos estão vermelhos.
— Boa observadora. Meus parabéns.
— Não estou aqui para receber parabéns, Thomaz. Vim para conversar com você.
Aproximo dela com passos lentos, sem pressa, o rosto expressando aquilo que quero que ela veja: eu a desejo intensamente. Anna me saca, e, de imediato, retrocede dois passos, me provocando. Ela quer jogar o jogo da sedução? Penso comigo.
— Eu vim para conversar, Sr. Beckham.
— Se fosso para isso, não viria dessa roupa, Srta. Florentiny — rebato — você quer o mesmo que eu. E nós não queremos conversar — continuo caminhando na direção dela como um leão acuando sua vítima para atacar.
— Não ouse a tocar em mim. Você está completamente bêbado.
— Não é isso que vai me impedir, ainda tenho forças o suficiente para te agarrar.
— Então tente — provoca, arqueando uma sobrancelha ao mesmo tempo em que empina o queixo com petulância. Dou um sorriso de canto de boca só para incentivá-la, e mordo o lábio.
— Não me faça ir até aí. Se eu pegá-la, provavelmente irei arrastá-la para a cama com os pulsos amarrados à uma fita.
Mostro o objeto a ela.
— A senhorita está provocando o meu pau desde que entrou com esses poucos pedaços de roupas.
— Estúpido! Você joga sujo! Tem plena certeza de que vou perder.
— Sim, é esse o meu objetivo. Seda, Anna Florentiny.
— Só se fazer amor comigo amarrada.
— Amarro até os seus tornozelos, se quiser.
— Quero apenas os pulsos.
— Ok.
— Porém vai ter que correr — ela dá uma volta entre a sala e a cozinha, rindo. Rio também, me divertindo com a brincadeira. Ela me joga um olhar de soslaio e, quando perceber que vou para cima, corre na grande sala, gritando.
Ela não consegue ir longe, pois agarro-a firmemente contra a parede cor café-com-leite.
— Perdeu, donzela — ergo seus pulsos à cima da sua cabeça, enquanto puxo-a pela cintura com outra mão livre. Ficamos com nossos corpos e bocas bem próximos, respirando.
— Você não sabe o quanto me tira do sério, Anna.
Ela solta um pequeno e gostoso gemido ao sentir meu membro duro em sua virilha.
— Geme para mim, vai.
De propósito, me esfrego todinho nela, sem escapatória, Anna abre as pernas e me recebe, porém há panos me interrompendo.
Anna abre a boca lentamente, com sede de me tomar, respirando descompassado, esperando por um beijo meu. Mas não sedo, o que a deixa irritada.
— Thomaz, por favor — implora.
— Shhh... — roço de leve meus lábios nos dela, em seguida, mordo um pedaço da carne e o local rapidamente incha.
— Me beij...
Antes dela falar, beijo-a sem pressa, provocando-a com movimentos lentos. Lentos demais. Tomo a língua dela como se eu tivesse saboreando um doce.
— Gostosa. — Pego as pernas de Anna e as coloco ao redor da minha cintura. Levo ela para o quarto assim, presa a mim e sufocando-a com minha boca.
Abro a porta do quarto e entro tropeçando e tomando cuidado para não deixar Anna cair. Debruço ela na cama, de costas para mim. Com o movimento, seu vestidinho ergue, deixando sua linda bunda à mercê. E ela está sem calcinha. Malandra.
— Anna, você nunca me decepciona. Por essa surpresa, você vai receber um mérito.
Enquanto falo sacanagens e mais sacanagens, desvencilho-me do roupão e da cueca, examinando também sua bela curva.
Karrigh... Você não sabe o quanto sua mulher é deliciosa.
— Thomaz — geme, com o rosto no travesseiro.
— Não fale nada, amor. Eu vou amar você como nunca amei antes.
Devagar, entro nela, evitando um gemido. Anna se contorce debaixo de mim, apertando o lençol da cama com as mãos.
Movimento uma, duas, três, quatro, cinco vezes com muita força, fazendo ela gritar. Abruptamente a pego pelos cabelos e a faço ficar sentada em meu colo, ainda metendo.
Anna pende a cabeça em meu ombro, gemendo. Posiciono a palma da mão em seu pescoço enquanto a outra aperta sua cintura de maneira nada educada.
Sei exatamente que a marca da minha mão vai ficar, e é isso que eu quero.
— Está a fim de deixar sua marca, Sr. Beckham? — diz ao sentir o peso da minha mão em sua cintura.
— Essa e muito mais. Quando observá-la, vai se lembrar de mim e de que estive aqui. Assim — meto com mais força ainda. Ela grita, puxando meu cabelo.
— Isso! Eu quero mais. Me mostre que você é homem.
Ela pede e eu dou, metendo sem pudor algum. Anna se entrega ao um orgasmo, delirando, dizendo palavras sem sentido. Apenas uma deu para entender com perfeição:
— Eu te amo.
Essas palavras me desarmam. Eu estava com tanta raiva dela, mas agora...
— Ah, Anna, meu amor — gemo. — Eu também te amo.
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O preço da infidelidade
RomancePor Anna Florentinny Jovem, linda e educada, Anna queria apenas uma vida feliz ao lado do seu marido Karrigh Phillips, um policial criminalista de 28 anos. Bonito e considerado "o garanhão na corporação", leva sua vida de casado como se fosse um...