do better + jack johnson

three

Nathan Maloley

– Althea? - Eu estava na sala de cima e gritei para que minha irmã viesse até mim. Meu pai havia saído de casa e pediu para que eu tomasse conta dela. Eles estavam se desentendendo bastante ultimamente, muito mais do que fazem desde que minha mãe sumiu, meu pai não tinha mais confiança nela, e nenhum dos dois havia me contado o motivo. Mas o cuidado que meu pai impunha sobre Thea estava redobrado. Esperei alguns segundo e a chamei novamente. Nada.

Me levanto do sofá e vou para a porta do aposento, chamando novamente. Nada. Desço as escadas de nosso triplex, caminhando pelos corredores até parar em frente a porta de seu quarto. Fechada. Bato levemente, chamando por seu apelido, e abro a porta. O quarto está vazio.

– Thea? - Desço novamente as escadas até chegar no térreo, rodeando o piso em busca de minha irmã. Não a encontro.

Embora a diferença de idade seja um pouco significante, eu e Thea nos tornamos muito próximos. Ela havia se distanciado de todos os seus amigos a um tempo, e acho que fui meio que seu refúgio. Vivíamos eu, Althea e nosso pai, e nossa relação era muito boa. Ele era um bom pai sempre que podia. Não que eu possa dizer muito, já que quase nunca estou em casa e raramente o vejo. Tenho meu próprio apê, que divido com alguns amigos, mas gosto de vir aqui fazer companhia a Thea.

Achava estranho ela não estar em casa. Thea me parecia tão estranha. Sua aparência havia mudado. Ela estava mais magra, mais frágil. Algo estava errado, mas não forçava para saber. Quando ela se sentisse pronta me contaria.

Me sento no sofá, começando a cogitar a ideia de pedir ajuda a meu pai, quando a porta se destranca e a pequena menina da grande cabeleira negra adentra nossa casa. Suspiro em alívio.

– Olá. - Diz enquanto vem em minha direção.

– Ah meu Deus, Althea! Custava avisar que iria sair? - Meu tom de voz é alto e agressivo, a deixando assustada. Percebo o medo em seus olhos quando ela recua um passo para trás. Por que ela teme a mim? Fecho os olhos e respiro fundo. - Me desculpe, não quis ser rude. Eu só estava preocupado.

– Oh Nate. - Ela caminha até mim enquanto solta uma risada gostosa. - Não tem porque se preocupar. - Thea senta em meu colo e me abraça, me confortando. - Estou aqui, estou bem.

Seu sorriso me convence, e a abraço de volta. Nesse momento ela parece a minha Thea, da qual estou acostumado.

– Tudo bem então. - Sorrio. - Me conte, o que andou aprontando, onde estava?

– Lugar nenhum. - Ela olha para baixo, morde o lábio envergonhada, e logo me olha novamente. Ergo as sobrancelhas em sinal para que me conte. - Só fui dar uma caminhada. Você sabe. Espairecer.

– Thea! -

– Ta bom! - Ela diz no mesmo tom que eu. - Eu conheci um garoto. - Ela fecha seus olhos e leva as mãos para cobri-los, e então afasta seus dedos para ver minha reação.

Não tenho reação. Quer dizer, tenho ciúmes de minha irmã, claro. Mas se o demonstrar a chatearei, e não quero ver minha irmã chateada.

– Vamos Nate! Diga alguma coisa! - Seu tom é impaciente. Ela odeia que a deixem curiosa.

– Ok. - Respiro. - Quem é o sortudo?

– Não, não é como se fosse assim, Nathan. - Ela se irrita com minha insinuação. - Estava caminhando na praia e esbarrei nesse garoto. Foi, hm, estranho. - Ela franze o cenho para demonstrar. - Ele era bonito. - Pausa. Suas bochechas coram e eu rio dela. - Pare de rir! - Ela me bate.

– Anda! Para de enrolar e me conta o que fizeram. Como teu novo amigo é? - Digo em meio a risada.

– Ele é fofo. Acho que mais velho. Na verdade, parece ter a tua idade. Nos conhecemos bastante hoje, sentei junto a ele na praia e ficamos conversando. Parece um bom menino.

– Como é seu nome? Talvez o conheça.

– Jack. - Diz ela, sorrindo.

– Jack? - Meu tom se eleva. Na minha cabeça passam duas possibilidades. Nenhuma delas me agrada.

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O que estão achando? Tudo certo? Tudo ok? Me contem nos comentariosssss!!
Amo vcs tudo,
Luiza.