do better + jack johnson

twenty-one

Jack Johnson

As pessoas começaram a chegar muito rápido, e quando percebi a casa já estava lotada. Eu estava encostado contra a parede na sacada, observando o movimento dentro da casa, uma long neck de cerveja boa em minha mão. Não via os garotos desde mais cedo, antes da festa começar, na sala. Cada um foi para um canto e os perdi de vista. Uma garota loira, dos cabelos curtos, num estilo bagunçado sexy e irresistível, olhos escuros e muito bem apessoada (para não dizer gostosa) estava comigo. Eu cantava a baixinha, que ria de tudo o que eu dizia. Uma de minhas mãos estavam em sua cintura, enquanto que a outra eu usava para segurar a bebida, que eu bebia lentamente, apreciando o sabor.

– Então, como eu estava dizendo, minha amiga me mostrou uma musica sua, e eu mal posso acreditar que agora eu estou aqui. - Ela dizia afobada, animada. A menina era claramente uma fã, e se balançava contra meu corpo me provocando. - Quero dizer, seu trabalho é incrível. - Seus olhos brilhavam.

– Ah. - A puxei contra meu corpo, levando minha boca bem perto de seu ouvido. - Você é incrível. - Senti sua euforia. Um sorriso largo se abriu, e ela me deu um abraço apertado, quebrando completamente o clima.

– Jack, eu... -

– Tenho que ir. - Empurro seus braços de mim. Me sinto mal por ser grosso, mas não faço festas para ser sufocado. Nem sei como ela conseguiu entrar aqui. - Foi bom te conhecer. - Nem me importei com seu nome.

Sai da varanda e fui direto a cozinha, que agora servia de bar, encontrando Skate flertando com uma garota. Me aproximei e pedi para o bartender outra cerveja, me sentando na banqueta ali disposta e percorrendo com meus olhos a parte da sala, onde várias garotas dançavam. Minha cerveja foi entregue e agradeci ao cara que me entregou, dando um gole. Nathan percebeu minha presença, fazendo sinal para que esperasse. O observei conversar com a garota, a puxar e lhe dar um beijo obsceno e, finalmente, dar-lhe um tapa na bunda e se virar para mim.

– E aí, Johnson? - Diz ele, rindo. - Curtindo?

– Sempre. - Rio também.

Começamos a conversar sobre as garotas da festa, até que Nash e Gilinsky se juntam a nós.

– Mano, tem uma mina muito gostosa aqui. - Seus olhos chegam a brilhar.

– Nash, tem muitas meninas gostosas aqui. - Diz Skate, mordendo o lábio. - Eu tava com uma agora que só por Deus. - Todos rimos.

– Eu vi a Mad nuns cantos aí, G, se pegando com um qualquer. - Nash diz, e Gilinsky só da risada, erguendo as sobrancelhas.

– Não vai falar nada, mano? É a tua namorada. - Digo um pouco confuso.

– Que namorada o que. Ela é só uma transa fixa, relaxa. - Ele diz meio embolado. Claramente já está um pouco alterado. - J, você ta muito sóbrio. Isso ta errado. -

– Muito errado. - Diz Skate.

– O J ta sóbrio? - Sammy se junta a nós, os lábios inchados e avermelhados, o sorriso malicioso. - Acho que a gente tem que mudar isso. - Ele se apoia no balcão ao meu lado, enquanto eu e todos os meninos nos olhamos. Rio e concordo com eles, me virando para o bartender mais uma vez.

– Quatro shots de tequila. - Ele me olha e assente, sorrindo de volta.

– Cinco! - Todos nos viramos para olhar a morena atrás de nós, com um sorriso inconfundível nos lábios.