Hikari Yamada, nasceu no Japão, e com apenas oito meses de vida, mudou-se para a Coréia do Sul.
Seus pais a colocaram numa creche, onde conhecera Taehyung, um menino agitado e divertido. Foram amigos, cresceram juntos, porém separaram-se quando cheg...
Me desculpem por não ter postado semana passada ;-; (ninguém liga mas tudo bem) Esse começo vai ser chato, mas prometo que vai começar a ficar legal depois disso 'u'
Boa leitura~
<10/01/1997 - Creche>
Papai me deixou no lugar onde eu ficaria o dia todo. Eu não estava nem ligando se eu iria ficar separada deles ou não. O importante era ter uma televisão lá, caso não tivesse, eu choraria.
Tia Hee, uma moça que fica neste lugar, me pegou no colo e foi andando até um corredor, que dava acesso a várias salas. Nelas, haviam bebês que eram calmos, agitados, e outros... "normais".
Eu fui na sala dos agitados. Não queria ficar ali, queria ficar num lugar calmo com a senhora televisão, como na minha casa! Quando Tia Hee me colocou no chão daquela sala, eu comecei a chorar, pois percebi que não tinha nenhuma caixa quadrada colorida dentro. Ela desesperada, me pegou no colo de novo e eu parei de chorar. A expressão dela foi de alívio e me colocou no chão de novo. Comecei a chorar novamente. Isso se repetiu por três vezes seguidas. Até que na terceira vez, um garotinho chegou perto de nós com um sorriso quadrado.
- Taehyung me ajuda aqui! - Tia Hee falou olhando para o garoto.
- Nhá! - O menino respondeu.
Ela ficou com cara de Hitler help me, coitada...
Por dó, eu parei de chorar e decidi enfrentar os conflitos que viriam. Ela me deixou no chão, já esperando que eu chorasse novamente, mas não aconteceu. Brotou um sorriso no rosto dela, como se ela estivesse felizona da vida e ela saiu pela janelinha que existia ali. Como? Acho que ela era um tipo de pessoa anormal...
Eu estava sem emoção.
Logo o garoto, que Tia Hee chamou de Taehyung, ficou mais feliz ainda por eu não ter chorado.
Ele fez um gesto de "vem comigo" e começou a andar (engatinhar) no meio daquele caos. De primeira eu fiquei com dúvida, mas logo decidi ir atrás dele se não eu ficaria sozinha.
Eu queria muito voltar para casa, ver minha família pela última vez para dar um adeus com lágrimas e abraços. Mas não, essa é a realidade! Tenho que ficar aqui para morrer. Eu queria tanto ter tido um cachorro para brincar com ele... mas acho que ele iria morrer, porque eu não sei cuidar de animais...
- Ei! - Sinto um cutucão e acordo de meus pensamentos. Olho para o indivíduo e ele continua. - Vamos brincar? Quer brincar de quê? Bonecos, carrinho, brincar no parquinho... - Ele ia falando e eu só escutava. - Eai? Do que vamos brincar? - Sorriu. Um sorriso típico de criança.
(N/A: Genteney, já irei traduzir a "linguagem dos bebês" okay?)
- Não quero brincar... - Eu realmente não estava a fim de brincar, então simplesmente respondi. O sorriso de Taehyung se desfez e ele encheu as bochechas de ar.
- Mas o que você vai ficar fazendo?! É chato não fazer nada!
- Eu vou dormir então. - Falei me deitando no chão e fechando os olhos, mas logo desisti pois outra criança (tecnicamente) jogou o brinquedo dela na minha cara e eu levantei na hora com o rosto dolorido. - Tá, vamos brincar de desenhar. - Falei com a mão na parte dolorida.
- Desenhar também é chato! - I HATEU THIS BOY.
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Olhei bem nos olhos dele, com uma cara de assassina. Afinal, o que ele quer comigo Senhor?
- O que sugere então? - Perguntei ainda olhando séria nos olhos dele e ele sorriu respondendo.
- Vamos brincar de... - Ele parou e ficou pensando (N/A: Gente até eu to na dúvida ;-;). - Vamos brincar de carrinhos!
Ele praticamente voou até a caixa de carrinhos e pegou quatro deles: um vermelhinho parecendo que o carro estava cheio de sangue; um verde, parecendo que o carro iria vomitar; um amarelo, parecendo o Pikachu; e o último, mais bonito, preto, cor do céu a noite, cor dos meus cabelinhos, cor dos meus olhinhos :3 .
Cada um escolheu dois carrinhos. Eu peguei o amarelo e, claro, o preto.
Acho que eu quebrei o carrinho, porque a roda dele não parava de sair ;-; .
<Horas depois>
Eu estava dentro do carro de Papai, e estava indo para casa. Eu consegui sobreviver hoje :') mas ele disse que eu iria todos os dias para a creche, e que eu teria que me acostumar com isso.
Mas hoje até que foi legal. Taehyung virou meu amigo. Meu único amigo, além do meu Pikachu e Urso de pelúcia.
O problema é que o Tae é muito agitado. Logo depois de termos parado de brincar com os carrinhos, ele me puxou para conhecer cada cantinho, brinquedos... até o lugarzinho secreto dele, que nada mais era do que a parte de baixo duma estante. Ele falou para não contar à ninguém.
Quando cheguei em casa, estava exausta, então fui para cama e logo adormeci. Amanhã, vou ver Taehyung de novo, e ele novamente irá me puxar para brincar... aff.
<Quatro anos depois>
Estávamos esquiando na neve com nossos pais. Eu esquiava sozinha, enquanto Taehyung precisava de ajuda, pois caía toda hora.
Eu estava esquiando calmamente, às vezes perdendo um pouco o equilíbrio, mas nada que prejudicasse meu "profissionalismo". Esquiar me trazia uma sensação de adrelina, e eu gostava de sentir isso. Mas eu acabei perdendo o equilíbrio e comecei a rolar pelo monte de neve.
- WAAAHH!!!! - Eu gritei enquanto caía e Taehyung foi o primeiro a olhar.
Ele correu atrás e me pegou, porém, começou a rolar na neve junto comigo. Praticamente viramos uma bola de neve.
O que aconteceu depois? Ele se machucou e me deu um sermão, falando que era para eu ter mais cuidado e que eu poderia ter feito um corte pior
- Você podia ter se machucado! Tenha mais cuidado! - Falava em tom autoritário e nossos pais apenas assistiam a cena.
- Me desculpe... mas não tenho culpa por ser desastrada... - Eu falei, sussurrando a última parte, com algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, como uma cachoeira, claro. Parte de mim sentia culpa, enquanto a outra parte estava preocupada em não perder um grande amigo como o Taehyung. - Você se machucou no meu lugar...
- ... - Ele ficou quieto, me olhando com um pouco de tristeza, mas ainda um pouco de raiva do meu descuido.
Após um tempo no silêncio constrangedor, ele me abraçou e falou que estava tudo bem e que ele faria isso por qualquer amigo valioso. Isso fez-me sentir especial hehehe.
Por causa deste acidente, ele ganhou uma cicatriz grande, mas isso o tornava mais fofo do que ele já era. Provavelmente aquilo duraria muitos anos... tudo por minha culpa.
