Capítulo Quatro

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Nicole olhou mais uma vez a matriz curricular do primeiro período de Psicologia. Estava empolgada com a nova fase da sua vida acadêmica. Sorriu ao lembrar do café da manhã, Henry a aterrorizara de todas as maneiras, como não bastassem os telefonemas de Stefany.

Vamos lá garota! Não é tão difícil assim, você consegue. Disse para si mesma ao subir os degraus em direção ao prédio. Já havia um número considerável de alunos no corredor. Parou em frente à sala confirmando o número e entrou, decidindo pela carteira próxima da janela.

Ela sorria para os colegas de turma de modo educado, havia aquele sentimento de ansiedade.

—Oi— uma jovem magra, de cabelos pretos encaracolados, disse ao se acomodar na carteira em frente —Sou Cristine.

—Nicole— respondeu, sorrindo.

—Você não é da cidade, é? Desculpe perguntar é que seu sotaque.

—Não, eu me mudei a poucas semanas, sou de uma pequena cidade da Geórgia— Nicole respondeu —E você?

—Nasci nessa maravilhosa cidade— Cristine respondeu rindo —Também estou no quarto ano do curso, mas ainda sou obrigada a correr atrás de algumas aulas perdidas— completou, dando de ombros.

—É meu primeiro dia aqui— Nicole retrucou, observando o professor entrar. Foi inevitável o franzir de cenho quando ele se apresentou a classe.

O professor escreveu o nome no quadro e a matéria. O cabelo loiro estava bem penteado, a barba feita e a roupa transmitia seriedade.

—Como escrevi, meu nome é Philip e ministrarei os 'Fundamentos Comportamentais'— ele disse, encostando-se a mesa e cruzando os braços —Sei que vocês estão empolgados com o curso, ansiosos em me conhecer— a turma riu.

Philip caminhou pela sala, pensativo.

—Você— apontou para um aluno de camisa verde —Como define a Psicologia?

O rapaz olhou para a turma, embaraçado, esperava que o professor iniciasse uma apresentação até o final da aula.

—Eu acredito que Psicologia seja o estudo sobre o comportamento do ser humano— ele respondeu sem muita confiança.

—Muito bem, esqueci de perguntar seu nome— o professor disse, fazendo a turma rir.

—Adam— o rapaz respondeu.

—Pessoal vamos aplaudir nosso colega pela tentativa— ele pediu, voltando a encarar todos os alunos —Concordo com a resposta do Adam. Sei que muitos de vocês fizeram o dever de casa e antes de se matricularem pesquisaram no Google o que é Psicologia.

Philip juntou as mãos.

—Eu sou um professor diferente. As minhas aulas dependem da participação de vocês para renderem e espero a colaboração de todos vocês, não é mesmo, Cristine?

—É claro, professor— ela respondeu sarcasticamente, sabia que o pai faria com que passasse vergonha —Mas, ainda estamos curiosos sobre a vida do senhor.

—Tudo bem— ele disse —Sou formado em Teologia, casado há quase trinta anos. Conheci minha esposa na faculdade, então mantenham os olhos abertos rapazes, o futuro de vocês está nessa sala— novamente a turma riu —Só não tenham esperanças com Cristine, ela é minha filha.

A jovem bufou, indignada com o pai.

Como essa é nossa primeira aula  quero que vocês contestem essa pergunta que Adam tentou responder, sem informações técnicas, quero a opinião de vocês no papel— ele disse, apertando as mãos.

Antecedentes das confusões da paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora