Dias pálidos

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Ainda não acreditando, o soldado era James, meu irmão.
Abraçou-me fortemente ao me ver, suas palavras ecoavam em um sussurro.

— Meu querido irmão, como senti sua falta!

As palavras que saiam da minha boca eram indecifráveis.

— James?

Ele olhou em volta e me puxou até uma árvore.

— Eu sabia que um dia você ia conseguir vir para cá.

James estava tão contente.
Seus cabelos loiros como eu me lembrava, agora estavam sujos pela terra e o suor acumulado.

— O que está acontecendo? Você está vivo?

Meu irmão ficou cabisbaixo.

— Infelizmente não. Mas... Eu não sou como você. Mit, só você consegue mudar de dimensão e continuar vivo...

Sinto todo meu corpo gelado, como se agora eu também estivesse morto.

— Só... Eu? Porque isso você se matou? Porque? Porque eu estou aqui?

Seu sorriso espontâneo respondia o óbvio: ele não ia falar.

— Espere! Você vai saber, eu também estou em busca de muita coisa por aqui. Me desculpe, eu preciso ir antes que sintam minha falta!

Meus olhos lacrimejavam e piscavam a todo instante.

— Não vai, eu estou com saudades!

Um abraço forte e intenso pairou sobre mim.

— Mit? Siga os poemas.

Então... James também sabia dos poemas. Ele deu um beijo gelado em minha bochecha e sumiu em meio à escuridão.

02:12 am.

Voltei até Zak, ele dormia calmamente agora. Pensei muito sobre meu irmão, e o porque dele ser um soldado... Acabei dormindo.