Kiss me

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12:00 pm.

Acordei com Lil pulando em cima das minhas costas.

Filha da mãe, some daqui.

Meu humor aparentemente não estava dos melhores, mas que ia gostar de acordar com a Lil perto?!
E ainda mais tentando concluir um homicídio com o meu corpo, ou apenas quebrar uns ossos. Ouvi Ana vindo em direção a sala da casa.

Levanta Mit, já podemos sair... Lil e Josh estavam se pegando na porta, e a força foi tão grande que a mesma abriu.

Ela riu e minha cara de espanto não era possível disfarçar.

Porque não pensamos nisso antes?

Respondi enquanto me sentava e senti um empurrão da bad girl no meu ombro.

Vamos embora então, não aguento mais esse grupinho.

Disse Lil revirando os olhos. Concordei.

Ok.

Ana olhou pra mim e pude ouvir sua voz doce.

Você leva pijama na mochila, Mit?

Foi nesse momento que me lembrei da roupa que estava na outra dimensão.
Aquela constrangedora roupa... Minha vontade era enfiar o rosto dentro do próprio corpo e sumir de lá.
A risada eletrizante de Josh confirmava minha vergonha.

Então quer dizer que Mitchel é um pouco exótico nos pijamas?

Revirei os olhos. Mas ignorei. Afinal, todos já estavam rindo mesmo.

12:20 pm.

Todos no saíram da casa e se acomodaram no carro de Josh.
Nos bancos da frente: Josh e Lil. Nos de trás, nada mais, nada menos que eu e Ana.
O carro entrou na pista e estávamos indo em direção à nossas casas.
Quando passávamos pelos quebra molas, Ana insistia em tentar se jogar em cima de mim, e aquilo era tão idiota... Por mais que eu goste dela, jamais vou aceitar o que ela fez.
Senti o carro parando, Josh quase bateu em outro carro, a freada foi tão forte que finalmente Ana conseguiu o que tanto queria. A loira caiu no meu colo, provavelmente não botou o cinto de propósito.
Seus olhos castanhos, davam mais profundidade ainda pelo que eu sentia por ela, minhas mãos suadas insistiam em tremer e meu coração acelerado, talvez eu teria um infarto naqueles segundos. A boca dela, parecia ter sido desenhada pela própria Vênus...
Ahhh e aquele sorriso? Ela me encarava deitada em meu colo, e eu sem saber o que fazer, olhava para a mesma com cara de bobo. Eu sentia tanta falta dos nossos momentos, dos beijos dela, era tudo tão intenso, e acabou tão rápido.
Conseguia sentir a respiração dela vindo em direção a minha, a mão dela percorria um caminho pelo meu braço enquanto ela se levantava lentamente, sua mão finalmente chegou até o canto do meu rosto; e sua boca cada vez mais próxima da minha. Naquele momento nossa respiração era uma só, e então... Nos beijamos.
Eu não posso descrever a quantidade de pensamentos e sentimentos que eu senti, porque não era descritível.
Eu só queria que aquele momento durasse o resto da minha vida e que não houvesse mais nada depois disso. Porém, acabou pouco depois.

Mitchel? O que tá acontecendo aqui?

Lil estava furiosa no banco da frente.
Ela puxou Ana pelo cabelo e começaram uma nova briga, Josh gritava para sossegarem e eu aparentemente feliz, não sabia nem o que dizer. Mas retruquei a última "piada" do tumblr boy ao meu respeito.

— Pijamas exóticos não atrapalham o fato de garotas brigarem por minha causa.

Me senti orgulho com a devida resposta.
Josh não deixou passar.

Será que eles são contra chifres também? Se for, vou começar utilizar.

Agora eram os quatro se batendo dentro do carro.
Até, uma sirene ser ouvida...

Parem!

Gritei.

Acho que agora sim estamos completamente fodidos.

A polícia parou perto do carro que estávamos.
E bateu na janela do mesmo.

Está tudo bem por aqui?

Josh respondeu, pois ele quem dirigia.

Sim, tudo bem! Foi apenas uma freada forte, mas está tudo bem.

O policial encarou Lil, toda descabelada e com as bochechas arranhadas.

Minha jovem, o que houve com você?

A bad girl não sabia o que dizer.

Fui atacada.

Perguntou o fardado:

Pelo que? Seu estado está deplorável!

Irritada respondeu.

Por uma espécie rara de galinha da cidade.

Bom, nem preciso dizer, não é?! Ana voltou a bater em Lil.
Fomos direto para a delegacia, aguardar nossos responsáveis. Felizmente meu pai já estava novamente em casa e pôde ir até lá.

Dias pálidosOnde histórias criam vida. Descubra agora