Penultimate. I died?

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A arma disparou e o som do gatinho seria o último do qual eu ouviria...
Mas Zak chegou no momento exato, empurrando-me com Lucy para o lado. Levantei-me e empurrei o soldado para a janela, com o vidro quebrado atravessando suas costelas, espirrando o sangue pelas paredes e todo o alto teto da casa. Agachei-me até Zak.

Zak? NÃO!

O sorriso em meio às lágrimas do judeu, soavam poucas palavras.

Mit, obrigada. Agora sim um verdadeiro adeus, amigo...

Os olhos do mesmo fecharam-se, terminava ali a vida de mais um judeu, apenas um pequeno judeu que em meio aos milhares, agora também estava morto, a realidade da segunda guerra mundial agora era vista pelos meus próprios olhos. Passei a mão pelo sangue que vinha de seu coração, era um sangue nobre e o coração mais ainda.

Vá em paz, amigo.

Fechei seus olhos cuidadosamente...
O sangue do mesmo inundava o pequeno cativeiro de Lucy. Procurei a garota, ela havia desaparecido, e no lugar do qual se deitará pela última vez, mariposas marrons voavam em grande quantidade... Um livro sujo de terra substituía em seguida os insetos. Peguei o livro, pus no bolso do casaco. Me levantei, olhei uma última vez para o garoto do qual mudou minha vida para sempre, e alguns minutos depois estava fora da casa, a mesma cercada por tanques de guerra e canhões.

Não se aproxime, vamos atirar!

Um dos fardados gritou de longe. James estava entre eles. Eu continuei a andar...

Atirem, monstros!

Eu poderia sentir Zak do meu lado, naquele momento, me dizendo o quanto eu era louco.

Atirem!

Talvez mais de 10 gatilhos foram apertados naquele momento, mas nenhum atingiu-me.
O sorriso de James me encarava enquanto sua arma mirava para mim, a leitura de seus lábios resultavam em um: "Eu amo você", e então o tiro atingiu minha testa, sem falhas, sem mais nem menos, atingiu e eu... Morri?...

Dias pálidosOnde histórias criam vida. Descubra agora