A cor predominante por todo o local era o verde musgo e o marrom das árvores. A casa era coberta por folhas mortas caídas da árvore.
— Merda!
Meu pé afundou-se em meio ao barro gosmento do chão. Puxei-o com força e meu sapato ficou agarrado.
— Como sou idiota.
Falei comigo mesmo. Fui até a porta e olhei tudo por dentro por uma abertura na mesma.
15:33 pm.
Aparentemente não tinha ninguém, fiz força até a porta se abrir. Algum tempo depois se abriu e eu me via perdido dentro daquele lugar. O teto era imenso, e com grandes piastras quase caindo. O chão de madeira rugia a cada passo dos meus sapatos amontoados de barro.
15:36 pm.
Avisto uma escada, faltando bons degraus, mas dava para subir.
15:40 pm.
Após quase ficar sem o sapato por completo, terminei de escalar a bendita escada. Um enorme corredor, repleto de quartos e grossas grades, dava um grande desespero em mim. O ar do lugar tinha o cheiro de morte e algo queimando.
15:55 pm.
Grandes janelas quebradas davam luz ao local. Eu ainda não sabia de iria até o fim do corredor, estava com medo do que poderia ter lá. Um poema arrastou-se até mim, em uma forte velocidade. Me abaixei para pega-lo.
"Sangue.
Era o que eu via no pequeno babado do meu vestido rosa.
O vestido do qual ganhei em meu aniversário.
Seus rasgados eram perceptíveis.
Os rasgados eram grandes em meu vestido, intensos em meus poemas, ásperos em minha vida e terríveis principalmente... no meu coração."
Conclui: Era Lucy!
Mariposas voavam por toda parte, gritos e gemidos da morte era o som dos quartos. Me aproximei de um dos mesmo, uma garota em seus últimos minutos de vida encarava-me com seus enormes olhos cor de mel.
16:10 pm.
A grade estava apenas encostada, ao final do corredor muitos papéis eram queimados, de lá que vinha o cheiro de queimado. Abaixei-me perto do rosto de Lucy e coloquei sua cabeça em meu colo.
— Oi...
Eu finalmente tinha encontrado a pequena garota.
— Mit, eu te esperei por muitos anos...
Incrédulo respondi.
— Muitos anos?
As palavras de Lucy saiam suavemente.
— Sim, eu preciso de você.
Alguns tiros de canhão atingia a casa.
— Vamos morrer aqui!
Ela sorriu para mim.
— Isso é tudo que eu preciso! Pegue meus poemas e deixe-me ir, publique-os ao mundo, meu querido.
Meus olhos brilhavam.
— Eu não estou entendendo!
Minha visão escureceu... Eu apaguei.
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Dias pálidos
Misteri / ThrillerApós o término de seu namoro e o suicídio de seu irmão e melhor amigo. Mitchel encontra um misterioso papel com uma caligrafia antiga em uma praça abandonada. Com pensamentos perturbados e poemas intensos, e com uma pequena mariposa morta, assinado...