Bônus 1

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O baile já estava no fim, a maioria dos casais já haviam ido embora, e os poucos que sobraram estavam dançando uma música lenta, no centro da quadra de basquete. Vitor sentava-se na arquibancada, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos sustentando a cabeça. Ficara a noite toda esperando sua amada, porém, ela não apareceu. Até aquele momento.

Peggy entrou desesperada pela porta da quadra, o que fez Vitor levantar-se rapidamente e abrir sorriso. Ele foi de encontro a ela, enquanto ela ia contra ele.

—Eu disse que viria. —Disse ela, ofegante, tentando sorrir. — "Mesmo que seja nos últimos minutos de festa"

—É, você cumpriu a promessa. —Vitor riu, parando de frente para a menina.

—Me desculpa mesmo. Eu tentei vir antes, mas fiquei agarrada no lance que eu tive que fazer e, puxa vida, aquilo tudo deu certo e...—ela suspirou — ai, ai. Acho que estraguei sua noite.

"Esta é a última música da noite, pessoal! Aproveitem!" A voz do dj ecoou pela quadra.

—Eu te perdoo... —Vitor estendeu sua mão. —Se me permitir conduzi-la nessa última dança.

Peggy sorriu e aceitou a mão do menino.

—Mas é claro.

Vitor segurou a cintura de Peggy e ela apoiou a mão no ombro dele, começando a dançar.

Depois de alguns segundos, Vitor suspirou de cabeça baixa e olhou para a menina.

—Você sabe que gosto de você, não é?

Peggy sorriu cuidadosamente, e assentiu coma cabeça.

—Sim, eu sei... E eu também gosto de você. Mas, infelizmente, não posso ter nada agora com ninguém. Principalmente alguém que ficará tão longe, quando eu for pra faculdade.

—Mas... se não isso, poderíamos ficar juntos?

A menina soltou um sorriso.

—Eu não vejo porque não. Você é tão adorável e se cauteloso comigo... Não poderia dizer que não gosto disso. —A música continuava. —Mas realmente não posso. E isso será bom para você também. Poderá conhecer pessoas novas, afinal, ainda está no primeiro ano, indo para o segundo agora. Tem que acontecer muito mais coisas até poder decidir com quem quer namorar.

Vitor assentiu. Mesmo não gostando daquilo, teve que concordar, pois sabia que era verdade.

Peggy esticou a mão ao rosto do menino e acariciou sua bochecha. Então, sem pensar muito, o beijou. Vitor, mesmo surpreso, não recuou, só retribuiu. Ao fim do beijo, a o local já estava silencioso e vazio, tendo apenas algumas pessoas desmontando o som.

—Hora de irmos. — Falou Peggy, e Vitor assentiu.

—É.

As vicissitudes da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora