Capítulo 17 - Ódio e amor

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Henrique

Uau – exclamei!
Tinha acabado de realiza o meu maior desejo de minha vida de adolescente. Brenda me pegou de surpresa com esse beijo. E que beijo ! MEU DEUS.

O ato que eu tanto desejei minha vida inteira. Sentir seus lábios nos meus foi ... esplêndido. Ela nunca soube que eu a amava na adolescência e ainda amo, desde que a vi no primeiro dia na escola. O sorriso espontâneo e bonito, os cabelos castanhos soltos, uma beleza simples, porém exótica, uma harmonia nunca vista por mim. Me apaixonei pela sua simplicidade e caráter estampados em seu rosto delicado.

- Desculpa Henrique- sorriu torto – Eu te ligarei e lhe explicarei tudo, mas agora eu preciso ir – pegou a mão da pequena irmã.

- Espere um minuto –  a chamei.

- Rick, te explico depois – movimento a mão no ar se despedindo e entrando na enorme casa.

Suspirei. Passei meu dedo indicador sobre os lábios lembrando do gosto do beijo de Brenda. Ah Brenda. Um sorriso bobo escapou, era felicidade demais que chegava a transbordar. Rodeei a capô entrando no carro. Coloquei a chave na ignição e acelerei o carro saindo pela rua. Liguei o rádio e nele tocava a música “ castle on the hill – Ed sheeran “.

Me cabeça repassava o momento do beijo, nunca esqueceria disso, tudo que eu sempre desejei que realiza-se aconteceu quando eu menos pensei ou esperei. O dia não poderia terminar melhor. Me sentia um adolescente bobo depois de beijar a garota mais linda da escola.

Brenda nunca foi uma daquelas garotas soberbas que toda escola tem, não andava com as populares “patricinhas”. Ela era a garota invisível, minha garota invisível. Ninguém nunca a via fazer esportes ou conversar pelo corredor, mas sempre que passava tirava suspiro dos meninos e um deles em questão, Guilherme Menezes, um garoto mesquinho que todas as garotas desejavam, mesmo ele sendo o cafajeste que era. Ele teve a chance de estar ao seu lado, mas foi idiota o suficiente para não aproveitar.

Parei o carro enfrente ao grande teatro da cidade, hoje seria o nosso primeiro dia de peça. Eu estava animado, ainda mais animado depois do beijo. A peça tinha sido um sucesso em todos os lugares que passamos e isso deixa-me contente, pois mostrava o valor do nosso trabalho – meu e dos meus colegas.

A peça era basicamente sobre um casal que chegaram em um prédio novo e tem que lidar com os vizinhos fofoqueiros. Era uma comédia muito louca. Entrei no ambiente do teatro, era muito bonito e sofisticado, o espaço era bem grande, ao fundo ficava o grande palco e a sua frente uma grande quantidade de cadeiras dispersas para plateia.

- Como estamos Elisa ? Tudo certo para hoje à noite ? – Perguntei a minha amiga de palco.

- Tudo nos conformes – Elisa estava enfrente ao espelho mexendo nos cabelos negros.

Elisa era belíssima, tanto em beleza exterior como interior. Seus cabelos eram grande e cacheados, uma morena de dar inveja, seu corpo repleto de curvas, um mulherão.

- Que sorrisinho é esse hein ? – perguntou sorrindo.

- Só felicidade minha amiga- sorri

Felicidade chamada Brenda

Hélio

A EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora