A Empregada

Capítulo 32 - Uma loira traidora

Olaaaaaaaaa, voltei com um capítulo quentinho para vocês ❤

Boa leitura ❤

Hélio

Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo novamente. Michelle outra vez atrapalhou meus planos, maldita hora que me deixei levar por um corpo bonito com uma alma tão podre.

Pouco me importava se meu pai ou Carol acreditassem na mentira deslavada dela, menos Brenda. Ela sabe do que Michelle é capaz, o quão perversa se tornou de uns tempos para cá. A noite que era para ser perfeita se tornou um fiasco total.

Brenda não abriu a boca para falar nada, porém quando a vi se afastar, não precisei de palavras para saber o quanto aquilo tinha lhe afetado.

- Brenda, espere ! – a chamei, mas ela não deu a mínima e sai da minha visão. Me movi para ira atrás dela, mas meu pai me deteve.

- Precisamos conversar sério aqui. Michelle suba para o quarto, depois conversarei com você e Você, Hélio, venha comigo – segurou meu ombro e puxou até seu escritório.

Meu pai estava danado de raiva, podia ver isso estampado em seus olhos e em cada expressão que seu rosto fazia. Aquilo estava sendo uma loucura, era difícil de entrar na minha cabeça tudo aquilo. Michelle grávida era quase impossível e, principalmente, eu sendo o pai do bebê.

- Por favor Hélio. Me diga que isso não tem lógica, que sua prima está louca, mas não me diga que isso tem uma pequena parcela de ser verdade – Encarou-me um tanto abalado.

- Eu tive sim momentos com ela, mas isso faz um bom tempo e....e...- relembrei o dia que acordei com ela na minha cama.

Não, não era possível que esse pesadelo era real. Passei as mãos pelos cabelos e praguejei internamente. Era armação dela, só poderia ser. Eu não poderia ser pai do filho dela.

- Droga Hélio!  Como teve coragem de fazer isso. Por Deus! Ela é sua prima. Imagina o que seu tio Bernardo pensaria disso – Caminhou pela sala com as mãos na cabeça.

- Pai, eu não tenho certeza. Mas eu não posso ser pai dessa criança – fechei os olhos angustiado – eu preciso saber o tempo de gravidez assim terei certeza.

- Por suas contas, ela esta com quase um mês – analisou-me seriamente.

Eu Não tinha tanta certeza, mas tinha um grande chance daquela noite de embriaguez, eu tenha realmente transado com aquela maldita. Isso a cada instante, se tornava ainda pior. Eu não quero perder a Brenda. Nem que para isso, eu tenha que fugir das minhas responsabilidades.

- Você vai ter que assumir essa criança ! – exclamou.

- Eu não sou pai dessa criança, até que me provem o contrário – falei entredentes e sai batendo a porta com força.

Tinha que falar com a Brenda o quanto antes. Ela teria que acreditar em mim, pois ela é quem mais importava nesse momento.

Brenda

Eu não queria mesmo acredita que aquilo era verdade. Hélio seria pai de um filho daquela bruxa sem caráter. Eu seria apenas empecilho na sua vida. Se ele é pai tem que cumprir com suas responsabilidades, mesmo que para que isso acontecer, seja o fim de nós dois.

Agachei na ponta da piscina e, observei o desenho da lua refletida na água. Minha cabeça pensava mil coisas ao mesmo tempo. Estava sobrecarregada com tudo que parecia bom e, no final, se tornava algo ruim. Tava cansada de tudo dando errado.

Senti a presença de Hélio – ou pelo menos pensei ser ele.

- Brenda, o que aconteceu ? – a voz suave e acolhedora de Carol invadiu meus ouvidos e, de certa forma me aliviou, não sei se estou pronta para conversar com Hélio.

- Você ainda não sabe ? – Falei ainda de cabeça baixa.

- Não. Eu esperava que você é Hélio fossem falar com papai sobre o namoro de vocês. Porém ouvi alguns gritos e desci para saber, apenas encontrei Michelle chorando ao subir as escadas.

- Michelle está grávida – Dei um pequena pausa – Do Hélio.

- Mais como ? – agachou ao meu lado – isso deve ser invenção dela, Hélio não teve relação com ela a um bom tempo.

- Isso foi o que pensei, mas pelo jeito ele devia tá pegando ela por esses cantos – fechei os olhos reprimindo minha raiva.

Carol ficou alguns minutos calada, talvez ela também não quisesse acreditar naquilo, porém tinha muita chance de ser verdade.

- Você acredita nela ? – levantei sentindo um leve desconforto nas minhas pernas.

- Eu não sei. Eu queria ter certeza de que isso é mentira dela, mas não posso – cruzei os braços após sentir a ventaria fresca balançar meus cabelos.

-Olha, eu sei que meu irmão já foi muito irresponsável e um completo babaca, eu sei disso melhor que você. Eu nem acreditei quando ele disse que estava apaixonado – sorri sem graça – ele me fez sair da minha cidade, do meu conforto para ajuda-lo a se reconciliar com você. Ele te ama Brenda – afagou meu ombro e sorriu carinhosamente.

Era ótimo saber que tinha o apoio dela. Ter alguém que eu possa confiar além de Hélio, é claro.

- Eu sei disso. Eu também o amo, porém não sei se consigo aguentar mais – bufei – poxa vida ! Sempre alguma coisa da errado quando tentamos dizer a todos sobre nós – uma lágrima solitária desceu molhando minha bochecha e, como todo carinho possível, Carol a enxugou.

- Por isso, vocês precisam persistir nisso – abraçou meu corpo – Depois de tanta coisa que passaram juntos, irá desistir ? – acariciou meus cabelos.

Nessa mesma hora, senti a presença de mais alguém ali. Desviei minha atenção, já sabendo de quem se tratava. Carol entendendo a situação, se retirou e nos deixou à sós. Eu fiquei na minha esperando que ele falasse algo, porque ele era o único que podia me explicar toda aquela confusão.

- Brenda, não faça assim. Já está sendo horrível – tentou me abraçar, mas eu me afastei – Não posso ficar longe de você – sua feição triste me cortou por dentro. Eu também não queria que terminasse assim.

- Só quero que você me responda uma coisa : tem chance de que esse bebê seja seu ? – perguntei sabendo que teria sim. O testei para saber se ele escolheria falar a verdade ou mentir novamente.

Ele ficou calado por alguns segundos, por fim falou – Não, eu não fiquei com ela – desviou o olhar.

- Bem Hélio – espalmei a mão sobre seu peitoral, crendo que poderia ser a última vez que o tocava tão intimamente – Eu vi no dia que vocês dormiram juntos, como um casal lindo – ironizei – Você escolheu mentir para mim. Aproveite sua vida de papai do ano – retirei a aliança do dedo e coloquei sobre sua mão – Acabou tudo.