Capítulo 37 - Felicidade em dobro

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Olaaaaaaa seus lindos. Tudo bem, tudo bom ?

Gente, me desculpem iria postar mais cedo, porém minha semana foi cheia, fim de semestre e cheio de trabalho na escola, acabei não tendo tempo.

Sem masi delongas, Boa leitura ❤

Henrique


Como tive que sair para resolver uns problemas sobre a nova peça, deixei Brenda e Mimi em minha casa. Eu nunca me senti tão feliz em tê-la em minha casa e, ainda por cima, como uma notícia de ter um bebê ali dentro. Com Hélio longe, meu caminho até ela era limpo e sem pedregulhos para atrapalhar.

Quando voltei vi que Brenda estava silenciosa, quieta. Ela mal tocou na comida, aquilo era estranho demais. Será que ela tinha falado com ela  ou alguém daquela casa ? Não deixaria eles levarem ela de mim, ela ficaria melhor comigo, conhecia bem Michele e sabia do que ela era capaz.

Esperei ter uma oportunidade de falar com ela, não queria ser evasivo, mas eu estava preocupado com o que pudesse ter acontecido enquanto eu estava fora.

- Você está bem ?

- An ? To bem sim – falou totalmente distraída.

Me aproximei cautelosamente e sentei ao seu lado. Ela sempre se abria comigo, dessa vez não seria diferente. Por que ela confiava em mim. Isso era o que facilitava infiltrar coisas na cabecinha dela.

- Você sabe que pode contar comigo, não é?

- Sei sim – sorriu lindamente.

Ela levou Mimi para o quarto, dizendo que ela precisava dormir e tudo mais. Porém sabia que era mentira, era um jeito de fugir da minhas perguntas. Tinha acontecido alguma coisa e, cedo ou tarde, eu iria descobrir.

Brenda


Depois do que tinha visto, fiquei paralisada. Guilherme e Michelle era coisa de outro mundo. Eu pouco me importava, mas aquilo provava, parcialmente, que o filho que ela esperava poderia não ser de Hélio. Era muita informação, eu não fazia a mínima ideia de como a usaria.

Preferi não contar para Henrique, pelo menos não por enquanto. Talvez ele já soubesse que Guilherme morava ali, já que as casas não são tão distantes, e quisesse me poupar de tal disparate. Sri que talvez fosse errado, mas um pequena faísca de esperança se acendeu em mim, quem sabe num futuro distante, eu possa ficar com Hélio, dizer sobre nosso filho e finalmente pudéssemos contar nossa verdade. Era um puro e lindo sonho, que eu pedia para que realmente acontecesse.

(...)

Na manhã seguinte, eu quis deixar Iasmin na escola, por que eu iria conversar com Sr Humberto. Eu não sabia qual seria sua reação, porém estava preparada para tudo, ou pelo menos, eu achava.

Assim que terminamos o café da manhã, Henrique chamou um táxi que nos levou a escola. Era preferível por minha parte, contar ao Sr Humberto sobre a gravidez. Era tudo muito recente e confuso, mas esconder não era a melhor opção.

O carro parou enfrente a escola, paguei o taxista e desci. Sem que pudesse perceber, Mimi correu pela calçada da escola. Antes que eu pudesse gritar ou repreende-la, vi o sentido daquilo. Aqueles traços tão simples, cabelo totalmente branco e algumas rugas no canto do olho depois de sorrir: era Humberto, o velhinho mais doce que podia existir no mundo. Ele a recebeu nos braços e deu um singelo beijo no topo da sua cabeça.

Um sorriso involuntário se abriu em meu rosto. Ela tinha se apegado a ele. Existia um sentimento bondoso entre os dois, um elo de amizade que nem mesmo a distância poderia quebrar.

Me aproximei dos dois com a bolsa da Mimi nas mãos.

- Oi Sr Humberto – sussurrei envergonhada.

- Olá Brenda – me recebeu com um sorriso.

- Você sabia que a Brenda tem um bebê na barriga ?

Um frio passou por toda a minha espinha. Definitivamente, não era assim que eu queria dar aquela notícia. Porém não tem nem como voltar atrás. Sr Humberto me olhou, esperando que eu confirmasse, eu fiquei sem reação.

- Vamos querida, você precisa entrar logo – ele desceu dos braços dele e pegou a bolsa.

A acompanhei até a porta e me despedi com um beijo em sua bochecha. Me voltei para Sr Humberto. Eu estava nervosa, era estranho falar esse tipo de notícia tão maravilhosa, sendo que no fim, eu mentiria sobre ele ser vovô.

Humberto me convidou para tomar café numa lanchonete ali perto. Eu, prontamente, aceitei, o meio da rua não era o lugar mais ideal para conversar, principalmente o assunto com este. Sentamos em uma das mesas de lá. O lugar era simples, várias mesas de madeira espalhadas por um grande espaço, toalhas brancas e vermelhas as cobriam, assim que nos acomodamos, a garçonete uma mulher de meia idade loira e baixinha anotou nossos pedidos e depois saiu.

- Bem, Mimi fez um belo trabalho – coloquei o cabelo atrás da orelha.

- Então é verdade ? – assenti – Não me diga que foi por isso que você saiu da minha casa.

- Tudo bem não direi – sorri – Foi errado o que eu fiz. Eu deveria ter avisado e não sair como uma ladra no meio da noite, me desculpe.

- Não sabe o quanto fiquei preocupado com vocês duas, o que dizer ? Vocês trouxeram alegria para minha casa, para minha vida.

- Me desculpe por preocupa-lo, nunca foi minha intenção. Olha, eu estou bem e a Iasmin também. Pode nos visitar se quiser, é claro.

- Claro, vou adorar. Não vai me ter fora da sua vida tão fácil assim e nem do pequeno que está vindo.


Tivemos uma conversa amena. Ele pediu para que eu voltasse para sua casa, mas não dava. Eu não me sentiria bem tendo Michelle tão perto de mim. Ela não era confiável e com certeza faria mal a mim e ao meu bebê. Como não podia falar que estava grávida do primeiro neto dele, disse a mesma coisa que falei a Hélio : o filho é de Henrique. Por enquanto essa mentirinha me ajudava, mas não sei quanto tempo poderei usa-la. Eu também não queria esconder isso, mas era obrigatório.

Sr Humberto me levou para casa, nos despedimos com um abraço apertado. Precisava conversar com Carol o quanto antes, pelo menos para uma pessoa eu poderia ser totalmente verdadeiro, sem medo, ir direto ao ponto, sem rodeios. Ela estava zangada comigo e tinha razão, porém a escolha foi minha e agora tenho que carregar o fardo que vem com ela.

Disquei o número e esperei ela atender. Era bem cedo, mas presumia que ela já estivesse na empresa.

- Alô ? – uma voz desconhecida falou.
- Oi. Carol ?
- Só um minuto.

Depois de esperar por um tempo, pude ouvir sua voz.

- Brenda ?

- Oi. Será que podemos conversar agora ?

- Pode falar.

- Sei que errei em não falar a verdade, mas se ponha em meu lugar. Poxa! É uma situação difícil, ainda tem seu pai e a Michelle, como eu ficaria nessa história toda ?

- Olha, você teve seus motivos para não falar, não sou eu quem irá dizer a ele que o filho é dele. Brenda, você não sabe o quanto ele está triste, conversei com ele e foi horrível. Ele é meu irmão acima de tudo, não quero vê-lo triste, principalmente por uma mentira.

- Me desculpa, eu não queria causar preocupação, nem tristeza a nenhum de vocês. Eu acreditava que o filho que Michelle espera fosse mesmo de Hélio, mas tenho minhas dúvidas. Principalmente depois do que eu vi.

- Pera! O que você viu ?

- Vi Michelle com outro homem. Homem que eu conheço muito bem. Meu ex namorado da adolescência : Guilherme.

- Eu sabia ! Minha prima é uma vadia. Se sabe que Michelle está com outro porque não contou ao meu irmão ?

- Por que eu não sei o que fazer com essa informação. Será o certo contar ?

- Claro boba. Isso será o fim desse teatrinho que ela faz.

Após nos despedi e de saber quem estava com ela, o tal Ricardo que como ela mesmo disse, eles tem saído desde a transa no banheiro. Pelo menos a vida de alguém tá dando certo, já que a minha é uma confusão sem fim.


3 semanas depois

Tinha marcado uma consulta com uma obstetra, Dra. Sarah Lins. Ela era amiga de Henrique e ele mesmo a recomendou. Eu não tinha certeza de quanto tempo de gestação, o exame iria me mostrar isso e tirar minhas dúvidas, além da possibilidade de saber o sexo do bebê.

Depois de um banho, escolhi um vestido longo estampado com pequenas flores, ele mostrava minha arredondada barriga. Passei um batom cor de boca, só para não parecer tão pálida e calcei um sandália rasteirinha de dedo.

Henrique agora sempre estava ocupado com sua nova peça, então eu ficava a maioria do tempo sozinha, não tinha o que reclamar. Estava tendo uma vida de princesa e tudo por que Henrique cismava em me mimar com presentes. Peguei uma táxi e fui direto para o consultório da Dra.

O caminho até lá foi difícil depois o que eu tinha visto. Várias vezes lutei contra minha vontade de ligar para Hélio – o que aconteceu durante todas essas semanas - eu deveria ter tido a verdade à tempos, mas fui fraca, muito fraca. Eu passei as últimas semanas pensando nele em tudo que nós vivemos. Cada momento, cada carícia, cada gesto, cada sorriso, cada noite intensa de amor, era cada lembrança que me dava forças para dizer a verdade de uma vez.

Só quando o táxi parou que percebi que tinha chegado. Sai do carro e entrei no consultório, em poucos minutos fui chamada para entrar na sala da obstetra. Assim que entrei na sala, fui recebida muito bem. Sarah era baixa e um pouco rechonchuda, os cabelos castanhos num Chanel lindo. Possuía uma lindo sorriso branco que se juntava a sua roupa também branca.

Depois de um tempo conversando, ela me levou até a sala para fazer o ultrassom. Eu estava ansiosa, ela me avisou que ainda era cedo, mas tentaria ver o sexo do bebê. Ela pediu para tirar meu vestido e fiquei apenas na lingerie preta que eu usava. Sarah espalhou um gel frio e logo passou o aparelho por minha barriga.

- Vamos ver como está esse bebê – sorriu – Você pode acompanhar as imagens por esse outro monitor – apenas assenti.

Meus olhos logo lacrimejaram ao ouvir o barulho – um pouco descompensado e bem alto –  do coração do bebê. Era a coisa mais incrível do mundo, que algo tão pequeno poderia me fazer tão feliz. Voltei meu olhar para a doutora que olhava para o monitor com cenho cerrado, sua aparência um pouco preocupada me fez ficar também preocupada. Será que tinha algo de errado com meu bebê ? Não era hora de pensar negativo, porém meu coração de mãe foi difícil de não imaginar.

- Tem algo de errado Dra ? Meu bebê está bem ? – tentei matar minha curiosidade e minha preocupação.

- Sim, seus bebês estão bem.

Oi ? Seus bebês ? Meus olhos es esbugalharam. Eu estava grávida de gêmeos ? Um sorriso sem tamanho se abriu em meu rosto, aquilo não poderia ser melhor. Eu não poderia mais esconder, esses bebês precisavam nascer bem, sem uma mãe preocupada que remoia um passado cheio de erros. Eu precisava ter Hélio ao meu lado, não podia esperar mais.

- São dois bebês ? Tem certeza ?

- Sim, são gêmeos univitelinos. Já estão bem formados e super bem – distribuí sorrisos sem fim. Eu não poderia está mis feliz – Pena que as perninhas estão fechadas, se não daria pra ver o sexo.

Se está grávida era uma felicidade sem fim, está grávida de gêmeos era, com certeza, felicidade em dobro. Descobri que estava com 16 semanas, exatamente 4 meses. Dr Lins passou alguns remédios para eu tomar e a cópia da ultrassom, sai do consultório com um único propósito : Falar com Hélio. Eu não poderia mais, já tinha deixado essa mentira ir longe demais.

Peguei o primeiro táxi que eu vi e fui direto para a empresa. A hora tinha chegado e eu estava mais do que na hora de contar tudo. Meus segredos tinha me levado para longe dele e eu não queria mais isso.

Sai do táxi com um pressa sem fim. Caminhei por toda aquela estrutura enorme, era a primeira vez que eu ia ali. Caminhei até duas recepcionistas num mesa. As duas conversavam sem parar.

- Bom dia, pode me dizer qual o andar do Hélio ?

Elas nem mesmo repararam que eu estava ali. Revirei os olhos e respirei fundo para não gritar. Eu estava com os hormônios à flor da pele e querendo contar tudo para Hélio, porém as duas hienas não faziam nada além de rir como duas idiotas.

- Será que dar pra vocês pararem com essa conversinha e trabalhar um pouquinho ? Alguém aqui tem o que fazer, já que vocês não tem.

As duas me olharam de cima a baixo, como o olhar repreendedor e irônico. A loira baixinha olhou para a outra e piscou o olho.

- No que posso ajudar ?

- Sala do Hélio Campos, por favor.

- E Você é o que dele ? Mais um casinho ?

- E você passou na mão dele e não soube fazer direito ?

- Sua...

Nesse momento senti a presença de alguém atrás de mim e ela logo se calou. Pude sentir meus pêlos se ergueram como uma reverência a presença daquele homem. Meu corpo todo se acendeu apenas com um simples gesto dele.

- Brenda, O que fez aqui ?

Me virei contemplando aquela belezura. Já fazia um bom tempo que eu não o via, meu peito se encheu e acelerou. Eu sentia tanta saudade. Minha única vontade era agarra-lo e não soltar nunca mais, porém me contive. Seus olhos foram a minha barriga e depois voltou ao meu rosto.

- Oi Hélio – prendi o lábio inferior entre os dentes – Será se podemos conversar ?


Continua...

Aeee até quem enfim Brenda iria dizer a verdade. Tava mais do que na hora, não é  ?
Reconciliação em breve ?

Não esqueçam o votos 🙈❤

Isso é tudo pessoal. Beijo na teta esquerda e tchau ❤

A EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora