𝐋𝐈𝐍𝐊𝐄𝐃 𝐓𝐎 𝐖𝐀𝐑.

14° A Guerra

Terminamos de tomar café e segui um tanto apressada para o jardim, acompanhada por meu pai e Jimin.

— O que estão me escondendo? Falem de uma vez, sem enrolação.

— Temos que fazer uma viagem. — meu pai responde.

— Viagem? E para onde vão?

— Para o reino leste, precisamos resolver algumas coisas.

— Que tipos de coisas? — arqueio as sobrancelhas, cruzando meus braços.

— Coisas restritas do reino. E sem mais perguntas.

— E o senhor vai sozinho? — ele quase reclamou por eu ter feito uma outra pergunta.

— Não. Jimin e seu pai vão comigo.

— Mas... o nosso casamento está próximo. — engoli em seco. — Quando farão essa viagem?

— Saímos amanhã bem cedo. Estaremos de volta a noite. Fique tranquila, não iremos demorar. — diz, por fim, e se retira em seguida.

— Por que não me contou isso?

— Seu pai pediu para não contar! Ele pensou que ficaria brava...

— E eu estou! Faltam poucos dias pro nosso casamento, e você vai viajar. E se acontecer um imprevisto e vocês tiverem que passar mais um dia lá? E se...

— Não se preocupe, hum? Voltaremos tão rápido que nem ora perceber que saímos. — fala, deixando um rápido selar em seus lábios.

— Terei que ficar aqui com sua irmã? — ele afirmou, forçando um sorriso. — Nem pensar. Eu vou pra casa do Tae, quando vocês voltarem eu venho.

— Pra casa do Taehyung? Não vai mesmo.

— E por que não? Ele é meu amigo, eu vou e pronto. Ou vai me dizer que está com ciúmes e não confia em mim, Park Jimin?

— Sim, eu confio.

— Ótimo, então não tem motivo pra eu não ir.

[ ... ]

— Vocês vão ficar bem? — indago, cabisbaixa.

— Não se preocupe. — beija minha testa e me abraça após.

— Tchau, meu amor.

— Tchau. Eu amo você.

— Eu também amo você. Se cuida, hum? E cuida bem do meu velhote. — sorri ao ouvir o mais velho reclamar, voltando minha atenção para Jimin.

— Você também. — diz, finalmente me dando um beijo que, infelizmente, é de despedida. Algumas horas é muito pra mim.

— Tchau, Jiminnie! — acenamos para eles até que estivessem afastados. — Somos eu e você agora. — neguei com a cabeça, rindo.

— Quis dizer só você. Tchauzinho. — sorri, acenando enquanto me afastava dela.

— Aonde você vai?!

— Um lugar que não tem você.

Depois de uma longa caminhada, sendo parada por alguns moradores, chego na casa de Tae. Bati na porta, esperando que alguém me atendesse.

— Oi Taehy! — o abraço. — Obrigada por me deixar ficar aqui.

— Se eu não deixasse você e a Jihyo iriam se matar. — o acompanhei no riso, o soltando e então entrando. — Meus pais estão na sala.

— Oi, senhor e senhora Kim! — falo animada, abraçando ambos.

— Oi querida, como vai?

— Estou bem, e você? O Tae tem cuidado bem de vocês, não é?

— Preocupada com seu amigo que não arranja uma namorada.

— Mãe! — reclama, revirando os olhos e logo me puxando para seu quarto.

Ponho minha bolsa na poltrona, me sentando na beirada da cama.

— O que foi?

— Hum? Não é nada. — murmurei, e ele sentou-se ao meu lado.

— Te conheço mais do que possa imaginar. O que aconteceu?

— Não sei... é só um pressentimento ruim. — elevo os ombros.

— Se for por causa da viagem, tenta relaxar. Eles estão bem. — me jogo para trás, abrindo meus braços.

— Espero que sim. — suspiro pesadamente, fechando meus olhos.

• Jimin On •

Assim que chegamos ao local - meio deserto - já havia sinais de outras batalhas. Não esperamos nem mais um segundo e começamos a nos preparar. Será uma batalha justa.

— Eles parecem o contrário do que me disse no caminho... bem preparados.

— Nós vamos conseguir! — meu pai fala em incentivo.

— Sim, nós vamos.

Logo que todos estavam em formação, fiquei em frente a meu pai e sogro, olhando em volta - programando todos os ataques em minha mente, em cada canto desse local. E então começou; todos ao ataque!

Sem hesitar comecei a correr, atacando a todos que vinham em minha direção; arrancava suas cabeças sem piedade, estava dando o melhor de mim para poder pra Violet.

Um deles acabou me derrubando, e tentava ao máximo me morder, mas um dos guardas o empurrou e começou a confrotá-lo. Me levantei e prossegui com os golpes. Já tinha alguns arranhões em meu corpo - respingando meu sangue com o dos inimigos.

Depois de um tempo, escutei alguém gritar meu nome e me virei, tentando encontrar a voz diretamente. Meu pai.

Corri até seu encontro, e ao chegar lá dei de cara com o senhor Higgs caído. Me agachei ao seu lado, o segurando, perguntando o que havia acontecido.

• Jimin Off •

— NÃO! NÃO! — comecei a chorar desesperadamente, escutando os passos apressados de Taehyung.

— Ei, Violet, tá tudo bem. O que houve? — perguntou, me envolvendo em seus braços com força.

— Não, por favor.. não...