9° - The Awakening

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Sinto algo acariciar meu rosto e abro os olhos lentamente. Vejo Jimin com a cabeça baixa e mão em meu rosto.

Olho em volta, percebendo que estou em meu quarto. Passei a língua entre os lábios, guiando meu olhar novamente para o mais novo.

- Como vim parar aqui?- pergunto, e Jimin levanta a cabeça rapidamente.

- Você acordou...

- Sim, e então eu... não morri?

- Claro que não! Conseguimos chegar ao castelo à tempo, e o curandeiro salvou você. - sorri fraco. - Afinal, se tivesse morrido não estaríamos se falando agora, mas... se sente bem?

- Com algumas dores no corpo, mas vai passar logo. - tento me sentar, mas ele me impede.

- Tem que ficar de repouso absoluto, nada de fazer esforço.

- Sim, senhor! - ele ri junto a mim.

É tão bom escutar esse riso. Parece que passei dias sem tudo isso.

- Antes de você desmaiar, ia me dizer algo... posso saber o que era? - indaga, dando um sorriso cínico.

Aí merda...

Só iria dizer naquele momento por pensar que não teria mais oportunidade, até porquê estaria morta depois. Fico totalmente travada, e ele continua a me encarar. Respirei fundo, apertando sua mão e tomando a pouca coragem que me restava.

- Eu te amo. - digo, sem obter qualquer tipo de resposta. Abri meus olhos ao sentir sua respiração próxima.

Ele está com seu rosto próximo ao meu, com um pequeno sorriso, que acabou me arrancando um bobo e, certamente, apaixonado sorriso.

- Eu também te amo.

Assim que escuto tais palavras, suspiro aliviada. Ele sente o mesmo, estou tão feliz que isso seja recíproco.

Jimin aproxima cada vez mais nossos rostos. Até que, enfim, sela nossos lábios, iniciando um ósculo calmo e cheio de luxúria. Sinto como se seu beijo pudesse me proteger de tudo, não somente seu beijo... ele em si.

Nos separamos assim que escutamos um rangido, vindo da porta, seguindo de uma tosse claramente falsa.

- Atrapalhamos? - meu pai pergunta.

Ele e Taehyung caminha até nós, parando cada um de um lado.

- Pensei que iria te perder. O que seria de mim sem você, hum?

- Nem eu, o senhor não teria mais alguém para contar suas piadas sem sentido, não teria com quem reclamar. Seria tedioso. - respondo, rindo.

- Muito engraçadinha. - aperta minhas bochechas.

- Parece que os dois finalmente se entenderam. - Tae fala, deixando aparente sua malícia.

- Fique calado, Taehyung! - dou um tapa leve em seu braço.

- Não mudou nadinha, mesmo depois de quase morrer. Eu sei, eu mereço, não precisa falar. - riu fraco.

- Vou deixar vocês descansarem. - meu pai diz.. - Fique de olho nela.

- Irei ficar e cuidar muito bem. - cerro os olhos, fazendo bico.

Por fim, meu pai e Taehyung saíram do quarto me deixando à sós com Jimin - que se deitou ao meu lado assim que dei espaço. Me abraçou, me deixando ficar encolhida em seus braços.

- Me promete uma coisa? - indago, fitando o teto.

- Qualquer coisa para você.

- Por mais que, as vezes, eu seja um pouco teimosa e grossa. - ri baixo. - Promete que nunca vai me deixar?

- Um pouco teimosa? - ri novamente, me fazendo revirar os olhos. - Eu não só prometo, mas lhe digo que nunca, em qualquer circunstância, irei te deixar.

Ficamos abraçados, trocando carícias e frases clichês, até eu pegar no sono.

[ ... ]

Dois dias se passaram e ainda preciso ficar de repouso, e por incrível que pareça:  eu não aguento mais ficar sem fazer nada nessa cama.

- Não aguento mais aqui! - reclamo, mais uma vez.

- Sério que você tá dizendo isso? Logo você que tem preguiça de ficar em pé por um minuto? - Tae indaga, gargalhando em seguida.

- Tudo bem, eu sei que sou bastante preguiçosa, mas também é muito chato ficar o dia todo na cama. - faço beiço, escutando a porta se abrir.

- Já está acordada? Um milagre aconteceu aqui Taehyung? - o mais velho, pergunta, após fechar a porta.

- Sim, acho que a Violet está possuída. Olha que ela quer sair dessa cama, pra quem tanto gosta de ficar dormindo o dia todo. - eles riem.

- Vocês são dois idiotas! - lhes mostro a língua, cruzando meus braços.

- Já que você quer tanto sair da cama, vamos passear hoje. - Jimin fala, sentando ao meu lado.

- Está falando sério? - afirma com a cabeça. - Mas, eu posso?

- Falei com o curandeiro, e ele disse que vai ser bom pra você relaxar um pouco. Contanto que não faça muito esforço.

- Ótimo! Que horas nós vamos?- pergunto, quase pulando da cama.

- Daqui há umas três horas. No fim da tarde, pra ser específico.

- Maravilha! Assim terei tempo de escolher um roupa.

- Você vai demorar três horas pra escolher uma roupa?

- Não exatamente. Uma hora e meia escolhendo a roupa, e mais uma hora e meia se arrumando. - sorri.

- Você é louca.

- Você ainda não viu nada, meu amor. - lhe dou um selinho, e me levanto para começar a me arrumar.

𝐋𝐈𝐍𝐊𝐄𝐃 𝐓𝐎 𝐖𝐀𝐑.Onde histórias criam vida. Descubra agora