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Duas semanas se passaram, e nisso, acho que conseguimos controlar um pouco mais o Dong, o que me deixa bastante aliviada e ansiosa.

Sim, ansiosa.

Porque podemos ir a aldeia. Essa ideia me atrai cada vez mais; ver tantos humanos de perto, mesmo tendo um certo receio de algo dar errado não vou desistir até que consiga.

— Omma, omma! — sinto as pequenas mãos do menor em meu rosto, deixando alguns tapas ali.

— Hum? Espere um pouco, meu amor.

— Anya! Ommaaaa!

Respiro fundo, abrindo vagamente meus olhos e então me assustando ao ver que o menor estava coberto de sangue. Da cabeça aos pés.

— Oh...

Olho em volta assim que o mesmo saiu de cima de mim, balançando a cabeça em negação ao ver que todo o quarto se encontrava ensanguentado.

Engoli em seco, tentando assimilar a visão a minha frente; o que poderia ter acontecido aqui e como eu não acordei enquanto isso.

— Dong? Amor, onde você está?

Me levanto, sentindo alguns calafrios ao ter meus pés em contato com o sangue. Assim que paro na porta, pondo minhas mãos no batente, olho de um lado para o outro, vendo que a situação não era diferente do quarto.

Onde estaria Jimin eTaehyung?

— Parem com isso! Não tem graça!

Falo num tom alto, sentindo minha voz embargar pelo choro que viria.

Somente mais alguns passos e chego ao batente da escada, dando um alto grito ao ver Jimin largado no chão, ao seu lado estava Taehyung com o mais novo sobre ele - está mordendo e parece se deliciar com o que faz.

Ao notar minha presença, Dong apenas olhou para mim e deu sorriso mais inocente, logo voltando ao que estava fazendo. Sem hesitar, corre até ele. Mas acabei escorregando por conta de todo o sangue.

Escondi meu rosto com as mãos, sujando todo o meu rosto, e fiquei ali mesmo, no último degrau, me debatendo sem querer acreditar no que havia acabado de acontecer.

Tentava falar com o menor, mas era como se estivesse me engasgando com minhas próprias palavras. E nada saiu por alguns minutos.

— Dong... f-filho, pare com isso...

Suplico e vejo o mesmo se levantar, vindo até mim com suas mãos esticadas para que o pegass e. Suspirei baixo, o apertando contra meu corpo.

Meu filho, matando seu próprio pai... e o meu melhor amigo, a quem eu sempre pude confiar para tudo.

O que farei agora? Simplesmente... largá-los aqui e sair com o Dong, como se nada tivesse acontecido?

Não... não chegar a ser uma opção.

𝐋𝐈𝐍𝐊𝐄𝐃 𝐓𝐎 𝐖𝐀𝐑.Onde histórias criam vida. Descubra agora