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Alguns meses se passaram, e agora estamos fazendo uma mudança.

Digo, viagem.

Temos que fazer essa viagem por alguns meses, já que o Dong está crescendo e vai chegar a fase que não consegue controlar seus instintos.

Não crescendo exatamente. Ele ainda tem meses, porém já tem aparência de uma criança de dois anos e suas habilidades, até mesmo de falar.

Pelo que meu pai me disse, eu fiquei com aparência de criança até os meus 70 anos. Ou seja, ele irá ficar também, e depois da puberdade...

Ah... puberdade.

Já me sinto mais velha, só de pensar nele adolescente e depois... é agora acho que sei pelo que meu pai passou.

— Mama... — o menor me chama, aparecendo em meio as bagagens, com suas mãozinhas esticadas.

— Oi, meu amor. — carrego o mesmo, tornando a andar até a carruagem.

— Oi,meu amor. — carrego o mesmo,assim tornando a andar até a carruagem.

— Fome, fome!

Deito sua cabeça em meu ombro, pedindo para que ele esperasse mais um pouco, então começando a afagar seus fios. O coloquei dentro da carruagem, vendo o mesmo dar pequenos pulinhos no assento enquanto brincava com Taehy.

Logo sinto duas mãos passarem pela minha cintura, por fim rodeando os braços, e me puxando para perto.

— Ele está com fome. — sussurro, me arrepiando com seus beijos.

— Terá que esperar até chegarmos. — fala, deixando um último selar estalado em meu pescoço.

Concordei. Quase não temos tempo para nós dois, o Dong dá mais trabalho do que imaginamos, quem dirá quando começar com seus ataques.

Balanço a cabeça de leve, me afastando do maior, me virando e lhe dando um selinho demorado.

— Tio Tae... o que isso? — perguntou, apontando para nós dois que nos separamos assim que o escutamos.

— Ah, pequeno, eles estão...

— Acho que por hoje já deu, hum? — entro na carruagem, desferindo um fraco tapa no mais velho.

— A culpa foi de vocês. — mostrou a língua.

Pego o menor, pondo sentando em meu colo e abraçando sua cintura com minhas mãos. Ele olhou para cima, sorrindo e então repetindo o ato de Taehyung de segundos atrás.

— Ótimo, mais um aprendizado.

Após Jimin entrar, finalmente a carruagem começou a se mover, seguindo em direção ao local. Planejei tudo isso em um mês, e pedi para que construíssem uma casa com urgência.

De fato, não podemos ficar próximos de outros reinos. Taehyung nos obrigou a deixá-lo vir, porquê dito ele, iria ficar sozinho e abandonado.

Tão dramático.

Eu revisei e procurei muito sobre esse local que estamos indo. Já que o Dong precisa se alimentar com sangue animal, escolhi o melhor lugar.

O Joseph me ajudou bastante com tudo, e disse que viria depois - claro, caso houvesse necessidade.

Em algumas horas chegamos no local, parando a carruagem em frente a casa.

O mais novo está dormindo tranquilamente - o que é ótimo pois ele sentiria o cheiro de qualquer animal assim que pusesse seus pés para fora.

Dou ele para o Taehyung carregar e o mesmo logo trata de entrar em casa.

Seria mais prático se eu comprasse uma das casas que tem um pouco mais afastada daqui? Sim. Porém eu preferi fazer a minha, com tudo que agrade a mim e os meninos.

Inclusive, meu filho.

Adentro a casa, respirando fundo e logo subindo para meu quarto, carregando apenas uma mala, enquanto Jimin e o cocheiro traziam as outras.

As únicas coisas que precisamos trazer foi nossas roupas, porquê mais uma vez eu me adiantei e mandei colocarem os móveis, além de que teria os específicos para o Dong.

Apenas alguns minutos na casa, e escuto Tae gritar meu nome. Me assustei de primeira, mas corri imediatamente até o quarto.

Cadê ele, Taehyung?!

— Ele sumiu! Simplesmente sumiu! Eu estava arrumando as coisas dele, me virei por um instante e quando fui ver...

— Amor. — Jimin chamou, apontando para a janela. Segui até ali.

Dali podia ver o mais novo correndo para a floresta; suas pernas curtinhas o deixam extremamente mais fofo quando corre, e não consigo esconder o quanto fico boba com a cena.

Mas eu sei muito bem o que ele quer.

— Vamos logo. — sai correndo só quarto, sendo seguida por eles.

Andamos com calma atrás dele, para não tirar sua concentração. Ou irá sobrar para nós depois, e com certeza ninguém aqui quer lidar com isso.

Paramos atrás de uma árvore e num piscar de olhos vimos o menor atacar um cerco. Fico boquiaberta, com os olhos arregalados; foi mesmo uma ótima vir para cá.

Ele pousou suas mãos no pescoço do animal, mostrando suas presas e enfim mordendo o local. Esfrego as mãos no rosto quando o mesmo nos olha, cheio de sangue e ainda assim nos lançou um sorrisinho adorável.

— É... ele puxou isso de você. Com toda certeza. — Jimin diz.

Dou um tapa em seu braço e vou até o Dong após ele terminar. O peguei no colo, limpando sua boca e bochechas.

— Não pode deixar a mamãe preocupada assim.

— Diculpa, mama... — pedi manso, abraçando meu pescoço.

— Tudo bem, fominha. — dou um breve riso, selando sua cabeça em seguida.

Por fim voltamos para casa, e sem esperar sigo até seu quarto, para que pudesse lhe dar banho.

Abro a pequena torneira que ficava na banheira, deixando a água quente descer enquanto despia o menor.

Enfim o coloco dentro da banheira, vendo o sangue que estava em seu corpo sair pouco a pouco. Passo as mãos de seus cabelos para o rosto, e o mesmo começa a bater suas mãos na água, fazendo uma verdadeira bagunça.  Acabo por tirar ele da banheira e esvaziar a mesma, logo depois pondo para encher novamente.

— Mama... vamos fica aqui? — pergunto, e afirmo com a cabeça, começando a passar o sabonete por seu corpo.

— Depois iremos voltar para a nossa casa e você vai fazer muitos amigos.

𝐋𝐈𝐍𝐊𝐄𝐃 𝐓𝐎 𝐖𝐀𝐑.Onde histórias criam vida. Descubra agora