Capítulo dois

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Depois da aula matemática, encontrei Peter Jack no pátio enorme da escola.

- Amélia! - ele apareceu do meu lado do nada. Do nada MESMO.

- Credo, de onde você saiu? - perguntei, me virando pra encará-lo.

- Eu estava sentado alí - ele apontou para um banquinho no canto - e te vi passar, então resolvi vir falar com você sobre o trabalho. - ele respondeu visivelmente animado.

- Posso ir na sua casa hoje, se você estiver de acordo. - sugiro de imediato. Tô começando a ter medo de tal animação.

- Claro, apareça lá às quatro. - ele disse e me deu as costas.

- Eu não sei onde você mora! - gritei no meio do pátio coberto de grama.

- Eu te mando uma mensagem! - ele gritou de volta rindo.

Peter Jack, o anjo fúnebre.

É assim que o chamam desde sempre, devido as roupas pretas. Ele sempre foi um garoto inteligente e educado. Ele é bonito, pra ser sincera. Sempre veste preto, não importa onde vá. É um hábito sexy, admito.

Como uma passarela de deuses, assim que Peter saiu, Gunner Campbell, apareceu bem na minha frente. É isso que dá estudar rodeada por garotos exageramente bonitos.

Neste momento não me responsabilizo pelos meus atos.

Nunca quando ele está por perto.

Que todos os santos e deuses me ajudem. Dessa vez, eu vou falar com ele.

Meu corpo foi na direção de Gunner mas minha mente estava em pânico! Eu nem tinha o que falar! O pior: ele estálava perto demais para que eu recuasse.

Sem freios, fui de encontro a ele e claro, me estabaco no chão. Como sempre. Eu sou uma banana podre!

- Você está bem? - Gunner perguntou estendendo a mão e com um sorriso torto preocupado no rosto.

Coloquei o punho na testa.

- Sim, eu tô bem. Eu acho. - disse segurando em sua mão para me levantar. Olhei de relance para os meus pés e reparei que meus cadarços estavam desamarrados.

- Idiota! - pensei

- Isso foi um tombo e tanto, deve estar dolorida. - ele afirmou sorrindo

- Eu estou ótima, sério, não tem com o que se preocupar. - assegurei, um tanto nervosa.

- Ok, - ele levantou as sobrancelhas - seu nome é Amélia, certo?

Tentei me manter de pé sem ficar bamba como um graveto.

- Sim, Amélia, isso aí, tá certo, meu nome. - confirmei, mais nervosa do que estava antes.

- Prazer Amélia, meu nome é Gunner. - ele estendeu a mão para apertar a minha.

Apertei sua mão e dei um sorriso amarelo.

Desviei os olhos dos dele quando alguém parou ao meu lado.

- Oi pessoal, tão sentindo essa brisa? - Emma chegou perguntando.

- Ah, Emma - suspirei, ainda fitando Gunner sorrindo.

- Desculpa interromper, mas Charlotte está nos chamando pra ir embora. - ela aponta para Charlotte - Que céu lindo. - afirmou a ruiva.

Me despedi de Gunner e fui até Charlotte acompanhada por Em.

Charlotte é tão impaciente, essa é a única coisa ruim nela. De resto, é uma amiga maravilhosa.

- Amélia! O que era aquilo? Era impressão minha ou você estava super batendo um papo com o Campbell gostosão? - Char berrou muito alto enquanto caminhávamos em direção ao carro dela.

Eu (não) Estou a Fim de Você | Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora