- Cassy... Acho que não vai rolar. - falei - Olha, ele não fez nada de errado, talvez eu só esteja neurótica. Ele é só um homem brevemente apaixonado. Enquanto a Maggie, você não precisa de algo ruim sobre ela para voltar a ser adorada. Ela já é o próprio algo ruim.
Me surpreendi com todo o ceticismo de Cassy, que logo após minha recusa, apenas foi até seu carro, e desapareceu de minha vista. Ela não vai deixar isso desse jeito. Tenho certeza de que tem um plano B. Afinal, é a Cassy, ela faz de tudo pra ter o quer. Como já dizia Marina and the Diammonds, ela é uma garota mimada.
Voltei para dentro de casa e me joguei no sofá, permitindo que a exaustidão me afogue em um sono profundo. Não sonhei com nada. Ou pelo menos não me lembro de ter o feito.
Jeitos antigos não abrem portas novas.
É a única coisa em que consigo pensar. Ecoa na minha mente como um grito em um espaço oco.
Abri os olhos.
Escutei passos pesados e chaves tilintando mas permaneci deitada. Meus olhos tomaram a janela na lateral da casa escancarada como foco.
Mamãe está em casa.
Me levantei rapidamente do sofá, e fiquei um pouco tonta, mas segui para o andar de cima.
- Mãe...? - sussurrei caminhando pelo extenso corredor. Mais alguns passos depois, escutei risadinhas baixas e contidas, seguidas de um "Shhh!"
Virei me em direção aos cochichos e seguindo os estintos, cheguei até o quarto de minha mãe.
Lábios se chocaram altos o suficiente para que eu ouvisse do outro lado da porta. De imediato, me virei e andei em passos largos até meu quarto e, consequentemente, me tranquei lá dentro.
Banho.
Preciso de um bom banho.
Quando saí do tão estimado banho, - emanando o cheiro doce do sabonete, e os cabelos pingando mais do que nunca - encontrei mamãe parada no corredor, esperando por mim.
- Olá, querida. - ela se aproximou - Cheguei um pouco mais cedo, mas você estava dormindo tão profundamente... - dei um pequeno sorriso.
- Quase entrei em coma. - comentei e ela riu. - Como foi no trabalho? - quis saber, indo em direção ao meu quarto com mamãe ao meu lado.
- Foi tudo ótimo. - ela deu um sorriso cansado. - O Decã está aqui.
Me sentei na cama.
- Eu sei. - esfreguei o canto dos olhos e pousei as mãos nas coxas.
Mamãe se sentou ao meu lado e pousou uma das mãos sobre as minhas.
- Nós compramos pizza. Deve chegar em alguns minutos. - franzi as sobrancelhas, surpresa com a imformalidade. Decâ é o tipo de cara que janta a luz de velas, com babadores e regras de etiqueta. A enfermeira notou minha confusão. - Eu sei, eu sei. Ele não se parece o tipo de cara que compra pizza para jantar. Mas ele é.
- Estou morta de fome. - contei e ela mostrou um sorriso no rosto.
- Chame o seu amigo do Titanic! - a morena de pele levemente enrugada exclamou, com um brilho alegre nos olhos.
- Que amigo do Titanic? - juntei as sobrancelhas.
Mamãe bateu os cílios rapidamente.
- O Jack.
Explodi em uma gargalhada alta e extremamente necessária. Ela está se referindo ao Peter!
- Qual é a graça? Vocês dois já dormiram juntos e tudo mais. - percebi que ela lutava arduamente consigo mesma para não rir.
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
JugendliteraturCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...