Me surpreendi quando logo após eu bater - Eu mal tinha retirado minha mãozinha hidratada da porta! - a senhora Cumpbell abriu sua porta de madeira vermelha. Foi tão repentino que por um segundo achei que ela estivesse me esperando. Seu avental sujo de farinha e outras coisas indecifráveis me confirmou o contrário.
- Cassy! - ela deu um sorriso aberto e sua face se iluminou por completo - Que ótimo ver você! - a morena de olhos claros exclamou, parecendo... Feliz, eu acho.
- Senhora Cumpbell, eu sei que sou uma ótima visão! - afirmei com um sorriso e rimos juntas. Eu estava falando sério, ri apenas por educação. Levantei meu óculos de sol na altura dos cabelos.
- O Gunner está? - perguntei com voz doce, mas já sabendo a resposta. Sou uma espiã. Uma incrível e destemida espiã. E muito mais. Muuuuuuito mais.
- Não, querida. Ele saiu faz pouco tempo. - ela respondeu e me lançou um olhar triste - Você quer ficar aqui até que ele chegue? Acabei de cozinhar um bolo. - encarei seus olhos esperançosos feliz com a situação conveniente.
- Na verdade eu só gostaria de pegar uns livros emprestados para um trabalho super importante que recebi na escola - menti, mas menti muito bem - Será que eu poderia? Tenho certeza de que Gunner não se importaria em permitir. - afirmei
- Com toda certeza, querida! - ela me deu espaço para entrar na casa - Fique completamente à vontade - exclamou e eu a segui por dentro da residência muito bem iluminada com um sorrisinho vitorioso - Você sabe que pode levar até a cama dele com você se quiser!
Eu conhecia muito bem a casa dos Cumpbell, já estive aqui inúmeras vezes.
Julie Cumpbell e minha mãe fizeram todo o colegial juntas e desde sempre, foram inseparáveis. Em consequência disso, Gunner e eu praticamente crescemos juntos.
Nem toda proximidade a que fomos expostos pôde nos tornar íntimos. Nunca fomos nada além de... Colegas. A não ser quando eu praticamente obriguei ele a se passar por meu namorado. Mas, mesmo assim, não éramos nada.
Já sem Julie ao meu lado, entrei no quarto de Gunner e me assustei com toda a organização. O quarto dele nunca foi assim. Onde foram parar as roupas íntimas que moravam ao lado da cama e todo os germes que esse lugar emanava?
Fechei a porta e encarei a parede azul escura do lugar.
Era hora de eu encarnar a investigadora.
Comecei pela cômoda de roupas do garoto. Isso vai ser nojento, eu posso sentir.
Nem sei muito bem o que procuro por aqui. Só sinto que ele vem escondendo algo há um tempo. Vou descobrir o que.
Não tenho muitos motivos para ajudar Amélia. Quase nenhum para ser verdadeira - nunca nem tínhamos nos falado antes de tudo isso - Minhas únicas justificativas são: (1) dar uma agitada no verão. (2) ser uma boa pessoa que ajuda os outros em situações como essa por pura empatia. Eu prefiro a primeira.
Abri gaveta por gaveta do cômodo marrom que guardava as roupas do atleta e - com muita relutância - levantei as peças de roupas dobradas. Nada.
Fui até a escrivaninha no canto do quarto e folheei alguns cadernos que encontrei. Nada.
Respirei fundo. Onde mais?
Caminhei até a cama e me agachei. Com a lanterna ligada, não encontrei nada debaixo dela, Que tipo de garoto não tem tralhas sob a própria cama?
Levantei-me frustrada. Inferno.
Dei passos largos até a cômoda de roupas novamente e me dobrei para tentar enxergar por pelo espaço entre o móvel e a parede.
Cuidadosamente, arrastei a cômoda para frente até ter um espaço considerável.
Em todo o quarto, o piso de madeira escura era completamente alinhado na vertical mas, em um pequeno quadrado, estava deitado em horizontal. Bingo.
E o pote de ouro foi encontrado. O piso errado estava solto do chão, como um disfarce. Dentro do buraco que o piso tentava esconder havia uma caixa, na forma de uma caixa de sapato quadrada, mas dura como madeira.
Me sentei no chão e coloquei a caixa - pesada, por sinal - no meu colo abrindo-a em seguida. Assim que meus olhos focaram no que havia dentro, prendi a respiração.
Vários saquinhos com comprimidos coloridos e notas altas de dinheiro entupiam a caixa até a boca. Dentro do buraco no chão encontrei tabletes e cartelas de drogas alucinógenas. Com pressa, tirei fotos de tudo - desde o piso aberto no chão até detalhes nos lados da caixa, como uma frase escrita em outro idioma (que não tenho ideia de qual seja, aliás) na madeira da caixa.
Guardei a caixa no buraco novamente e arrastei a cômoda de volta para o lugar discretamente.
Ainda assustada com o que tinha acabado de descobrir, peguei um livro qualquer na mesa do garoto e saí do quarto.
- Senhora Cumpbell? - exclamei e ela logo apareceu - Encontrei o livro que procurava. - e muito mais, pensei.
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OI GENTE
vcs gostaram do cap na visão da cass???????? eu gostei muito de escrever a visão dela
o gunner é bem mais complexo do que achávamos, não é mesmo?
hoje (29/01) ainda tem mais capítulo pela tarde na visão da ame pq ela é a estrela desse livro.
...
ok todas nós sabemos que quem brilha é a tia suziane bjs
agora vamos ter capítulos novos toda segunda e terça. prometo.
Beijinhos da jujuba
00:09 am
29/01/2019
ahahahahaha (isso é uma risada maléfica) não esqueçam de ver meu canal de covers porque sexta tem vídeo novo. eu nunca esqueço de falar do canal. nunca.
link na bio do meu perfil
amo vcs. estamos quase em 10k!!!!!!
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
ספרות נוערCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...