Apenas no fim do jogo eu consegui voltar para o meio das pessoas. Todos comemoravam a vitória do nosso time. Procurei por Charlotte e o resto do pessoal até encontra-los no campo de futebol, juntos de Peter.
Caminhei rapidamente até eles e pude perceber o olhar de preocupação de Peter, que examinava todo o campo até que, como se me sentisse ali, encontrou meu olhar curioso sobre ele.
Um sorriso iluminou o rosto do garoto que ainda vestia o uniforme azul e branco do time de futebol americano.
Como um raio, ele veio ao meu encontro e abriu seus braços, onde eu mergulhei - e me desmanchei - facilmente.
Peter Jack era tudo o que eu poderia desejar em alguém; era exatamente ele que eu desejava sem nem ao menos perceber. E mesmo estando no meio de estando no meio de tanto caos, eu ainda podia me sentir amada. Eu ainda podia me sentir feliz.
Mais tarde naquela noite, precisei dirigir consideravelmente devagar enquanto me aproximava da minha própria casa.
Um carro preto estava estacionado bem na frente de minha porta e uma figura cabisbaixa estava sentada na pequena varanda que separa a casa do gramado.
Continuei com o veículo cautelosamente, tentando reconhecer a pessoa que estava ali. Meu pé direito no acelerador me garantia uma fuga rápida para a China se qualquer movimento brusco ou ameaçador fosse feito.
Poucos segundos depois a figura que antes estava imóvel levantou o rosto.
Por um segundo considerei minha fuga para valer, mas aí o reconheci o rosto de Maggie, minha doce irmã, na pouca luz do ambiente exterior.
Ela se levantou conforme estacionei o veículo logo atrás do dela.
- Maggie? – Chamei indo na direção da morena – Algum problema? – Eu quis saber, semicerrando os olhos para enxergá-la melhor.
A garota se aproximou, completamente diferente do que era antes – há poucos dias atrás.
À medida que ela chegava mais perto de mim, pude reparar todas as mudanças nela feitas – o cabelo, que antes era grande e escorrido, agora estava curto na altura de seus ombros e ondulado, ainda mais lindo do que antes.
Minha irmã cruzou os braços sob a jaqueta de couro preta.
- Oi, Amélia. – Começou - Eu.... Eu queria te pedir desculpas. – Anunciou Maggie e lançou-me um olhar pesado – Por ter expulsado você da minha... – ela fez uma pequena pausa e
Pigarreou – Da casa dele. – Ela disse com muito desdém a última palavra.
Juntei as sobrancelhas. Me pedir desculpas? Isso não era necessário de forma alguma. Eu entendi completamente a reação dela quando eu simplesmente disse que éramos irmãs. Eu com toda certeza teria reagido de forma pior, até. Não a culpo, ela não merece nada disso. Nenhuma de nós merece.
- Você não precisa me pedir desculpas, Maggie, eu... – Tentei discordar, o que obviamente foi inútil, já que ela nem me deixou terminar de falar.
- Amélia, por favor. – Ela pediu – Eu culpei você por ter me dito tudo aquilo quando eu devia ter agradecido. – Ela suspirou pesadamente – Eu fiz o que você me disse naquele dia. – Maggie me encarou com os olhos cansados. As roupas escuras davam um ar muito sombrio a ela – Perguntei sobre o meu pai e.... – Maggie fechou os olhos – Ele simplesmente me contou tudo. – disse com a voz trêmula.
Vater. Contou. Tudo.
Espera.
Por que ele contaria tudo? É muito claro que Maggie teria uma reação terrível, mas, por que mesmo assim ele decidiu abrir o jogo com ela?
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
Novela JuvenilCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...