O dia seguinte passou exageradamente lento.
Peter estava fora da cidade com o pai e só voltaria pela noite. Mamãe estava no trabalho, Char e Em eu não fazia ideia de onde estavam. As duas vivem sumindo por aí , de qualquer maneira.
Desperdicei o resto do dia no sofá, aguardando ansiosamente pela noite, quando encontraria Gunner.
Eu mal podia esperar por isso. Pelo momento em que ele me deixasse em paz, livre, pra amar quem eu quiser amar. Pra amar quem eu amo.
"Esteja pronta às oito. Não quero ter que esperá-la terminar de se arrumar." - dizia a última mensagem de Gunner para mim.
Como a boa namorada que eu sou - olha a ironia - respondi:
"Tudo bem."
Tentei passar o tempo lendo e, para ser sincera, funcionou muito bem. Eu nem vi os resto do dia ir embora pela janela. Cass e eu combinamos de nos encontrar na festa, já que eu iria com Gunner até lá. charlotte e Emma também compareceriam na festa mas apenas Charlotte sabia sobre a verdade.
Vesti um vestido, afinal, era um momento um pouco especial para mim. Gunner me fez me sentir tão mal nas últimas semanas que eu queria comemorar isso mesmo tendo noção de que não era certo. O vestido azul claro estava a tanto tempo em meu guarda-roupas que eu quase não me lembrava de sua existência.
No exato momento em que o relógio marcou nove da noite, a buzina de Gunner ecoou do lado de fora.
Peguei minha bolsa consideravelmente pequena de ombro e me dirigi até o carro. Deixei um aviso de onde eu estava e com quem estava anotados em um papel sobre o balcão da cozinha apenas para o caso de o meu famigerado namorado ser mais doido do que aparenta ser.
O barulho era inconfundível e a festa podia ser ouvida a esquinas de distância.
- Vem aqui - Gunner chamou quando descemos do carro e me estendeu sua mão para que eu a segurasse - Nós namoramos, não esqueça.
- Não tem como esquecer - respondi pegando a mão dele.
O tal do Billy tinha uma casa gigante. Enorme mesmo! Não como a mansão do Decã, a casa se parecia muito com uma casa de república, como nos filmes, sabe? Tinha gente se esfregando em cada canto escuro e bebida por todo lado. Era uma festa, afinal.
No primeiro segundo em que o meu suposto namorado me deixou sozinha para pegar uma bebida, um homem veio até mim.
Ele era alto e parecia velho demais para estar ali, mas muito forte e... carrancudo.
- Aquele era o seu namorado? - indagou dispensando apresentações e com a voz alta por conta da música.
Eu apenas afirmei com a cabeça e busquei pelo meu telefone que vibrava na bolsa. Era Cassy.
Antes de atender levantei o rosto procurando pelo homem que já havia sumido.
Ignorei o desaparecimento e a atendi a chamada da loira.
- Estou aqui fora! - exclamou ela e me esforcei para escutá-la - Cadê você?
Caminhei para fora da casa o mais rápido que pude enquanto dizia a Cassy que estava indo encontrá-la.
A loira esperava impacientemente encostada em seu carro quando eu me aproximei.
- Onde ele está? - ela quis saber sobre Gunner.
Franzi o rosto.
- Em algum lugar lá dentro. - contei - Como vamos fazer para levá-lo a um quarto? Vai ser preciso - eu disse
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
Ficção AdolescenteCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...