Peter e eu chegamos à festa de Emma e ao sair do carro, logo avistei Charlotte com metade do corpo mergulhado em um barril branco.
Fui até ela.
- Charlotte, o que está fazendo aí? Tá tentando entrar no país da maravilhas? - Perguntei com Peter ao meu lado.
- Oi Amélia! - ela saiu do barril e diz cambaleando um pouco. - Peter você está um pão! - Charlotte disse passando as mãos no peito de Peter.
Segundo Charlotte, pão quer dizer um gato. Ela aprendeu isso com sua avó.
- Oi Charlotte, você está muito bem. Bem bêbada. - Peter disse rindo.
A morena abriu um sorriso.
- Eu sei Peter. sffsgdfhdfff, Peter. - ela encostou no barril. - Amélia, beba isso. - ela mandou, me dando um copo transparente. - Peter também. Vocês estão precisando. - eu não bebo nada alcoolico e Charlotte sabe disso. Peter não aceitou porque terá que dirigir.
Charlotte entrou na casa e eu e Peter fizemos a mesma coisa.
Assim que entramos, vi Cassy e Gunner conversando num sofá marrom. Será que ela tem algum assunto? É tão artificial quanto uma Barbie.
Me virei para trás para falar com Peter e não o encontrei. Ele desapareceu da mesma maneira como apareceu, do nada. O garoto era realmente bom nisso.
Coloquei o copo que Charlotte me deu em cima de uma mesa e fui falar com um grupo de meninas que estudam na mesma escola que eu. Embora eu não soubesse o nome da maioria delas elas pareciam saber muito sobre mim, o que era consideravelmente estranho naquele momento, já que eu não passava de mais um fantasma naquela escola.
Depois de todo meu esforço para ser social, senti meu estômago embrulhar como nunca. Eu precisa da minha cama imediatamente.
Não pude deixar de notar com o passar do tempo a saída de Gunner e Cassy. Os dois pareciam bem felizes quando foram embora e por um tempo eu quis estar no lugar dela.
Me despedi rapidamente das meninas e fui procurar por Peter. Quando o encontrei, ele ria com outros meninos ao seu redor.
Me aproximei de Peter e o puxei pelo braço. De alguma maneira já podia prever o que viria a seguir.
- Você bebeu? - Perguntei, segurando seu rosto com minhas mãos. Procurei por algum foco em seus olhos mas ele me parecia mais tonto do que uma barata... tonta.
- Só um pouquinho. - ele contou colocando uma das mãos em minha bochecha para imitar meu gesto.
Meu rosto se fechou em uma expressão tempestuosa e, de imediato, me arrependi por todo meu mau humor. Afinal, ele era só mais um cara querendo se divertir.
- Que droga Peter! Você ia dirigir! - exclamo soltando-o e encarando o chão.
- É só você dirigir pra mim. - ele falou e se apoiou em meu ombro enquanto eu o guiava até o carro.
- Me dê seu celular. - pedi e ele seu tapinha em todos os seus bolsos até encontrar o aparelho - Você não pode chegar assim em casa. Seus pais te jogariam na adoção, seu anjo fúnebre irresponsável. - exclamei pegando as chaves do carro em seu bolso da frente.
"Mãe, vou dormir na casa da Amélia porque ela está passando mal. Boa noite. " - escrevi.
É uma hora da manhã, então é provável que a Sra. Abernathy só veja essa mensagem mais tarde.
Quando chegamos em minha casa, que estava vazia, Peter fez questão de contar cada degrau que nós passamos por. De alguma maneira isso o deixou um pouco mais sóbrio, para minha sorte.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
Teen FictionCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...