O terno que Decã está usando só pode ser de ferro ou algo do tipo. O cara mal se mexe! Robô da ásia, sim ou claro?
Ele fez comentários sobre a lasanha ao longo do jantar, tais como:
"Isso está incrível, Suz!" e também "Amélia, você tem sorte de ter uma mãe como a sua!" Duvido que ele diria isso se não quisesse pegar minha mãe, cara safado.
Ele chamou minha mãe de Suz. Eu não gostei disso.
Decã disse que a mãe de Maggie morreu há cinco anos, e desde então, ela mora com ele já que seu pai é um alcoólatra. Primeiro encontro e ele já dá uma informação dessas.
Maggie não falou muita coisa o jantar inteiro. Agora estamos sentadas no sofá, caladas, enquanto minha mãe e o safado bebem vinho conversando e flertando sentados bem do nosso lado.
Quando olhei para Decã assim que eles se sentaram no sofá, ele não tirava os olhos do decote da minha mãe! Por pouco eu não perguntei se ele estava precisando de ajuda para achar algo ali dentro.
Eu estou olhando fixamente para o chão quando a Maggie decide abrir a boca.
- Bom, Amélia, me apresenta sua casa.- exigiu se virando em minha diração.
Eu continuo fitando o chão, eu escuto meu celular apitar mas não dou atenção.
- Minha casa não é tão interessante. - disse.
- Vai me mostrar ou não? - ela vociferou.
- Eu faço tudo no momento que eu quiser e não é você quem vai mudar isso, bonitinha. - eu esbravejo e minha mãe pigarreia. Parece que falei um pouco alto demais.
- Ah, me desculpem por isso. Amélia deve estar em um daqueles dias trevosos de TPM. - ela sorri forçadamente - Mostre a casa para Maggie, Amélia.
Primeiramente, eu não passo por TPM e sou muito grata por isso, Charlotte e Emma vivem reclamando da maldita sigla que deixa as duas parecendo um demônio, vulgo TPM. Segundo, eu faço tudo no meu momento, exceto quando é uma ordem da minha mãe. Nota-se que minha mãe estava prestando atenção em nossa curta conversa e isso significa que o papo do planalto não é tão interessante.
- Ok - eu suspiro e me levanto bruscamente do sofá e Maggie continua sentada - Quer que eu te leve no colo também, dona? - ironizei e ela se levantou graciosamente.
- Como você pode ver, aqui é a sala. - eu exclamo gesticulando em direção ao sofá bege onde está minha mãe e o planalto safado.
Vou indo em direção à cozinha com Maggie bem atrás de mim - Cozinha - digo mostrando-a a geladeira cinza e o fogão da mesma cor.
Nós subimos as escadas lado a lado e logo entramos no banheiro, que tem pouca cor, todas as coisas dentro dele se resumem em branco e algumas coisas vermelhas, decoradas.
- O banheiro, lavabo, local de higiene, toalete, sanitário, casa de banho, casinha, podrão e outros nomes que não me lembro. - ela contrai o rosto com expressão de nojo.
Seguimos para o quarto da minha mãe, que é praticamente todo colorido em cores de flora. Parece uma floresta.
- Quarto da dona Suziane. - indago abrindo a porta.
- Meu tio vai adorar esse lugar, selvagem é o tipo dele. - ela zomba e minha cara esquenta com a furia. Um flash de minha mãe sendo selvagem com Decã me trás ânsia me vômito. Selvagem é o que eu vou ser quando arrancar os cabelos dessa garota com as mãos - Mas eu não acho sua mãe boa o suficiente para ele. Ela é só uma enfermeira e ele é um médico bem-sucedido. Enfermeiras não significam nada para ele. - ela acrescentou depois que eu fechei a porta e estávamos caminhando até meu quarto.
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
Novela JuvenilCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...