Assim que abri a porta do banheiro, uma coisa preta correu até mim. Era o Jon Snow canino se aninhando nos meus pés.
- Meu Deus! - exclamei me agachando para pegar o cachorrinho - Você está tão lindo! - o aproximei do meu rosto e caminhei em direção à cozinha, onde Peter e Katherine cozinhavam juntos e dançavam ao mesmo tempo.
- Peter! - fui até ele, que se virou e beijou minha bochecha. - Ele está quinze vezes mais fofo do que da última vez que o vi!
- Ele tem muita energia. - contou o cozinheiro. - Corre a casa inteira em menos de trinta segundos... - gargalhei com os olhos em Jon - Isso é sério! - Peter exclamou.
- É o cãozinho mais fofo que eu já vi. - admiti.
Os olhos de Peter brilharam.
- Tivemos sorte de encontrá-lo. - ele contou.
Katherine nos olhou e perguntou:
- Como vocês o encontraram?
Peter e eu rimos.
- Amélia quase o atropelou. - ele disse ainda me observando - Mas na verdade, acabou salvando a vida dele.
Voltei para a minha casa poucas horas depois, assim que minha mãe me ligou, exigindo saber onde eu estava. Ela parecia irritada ao telefone, mas só estava preocupada comigo. É muito estranho me despedir de Peter, parece que nunca mais nos veremos novamente. Tenho essa sensação toda vez em que nos despedimos.
- Por que não me avisou? - mamãe perguntou, calmamente - Achei que tivesse sido sequestrada.
Caminhei até ela e a abracei.
- Desculpa. Só dormi na casa do Peter, acabei me esquecendo de avisar. - disse me afastando dela e me jogando no sofá. Fechei os olhos.
Ela se sentou ao meu lado.
- Você tem passado muito tempo com ele. - mamãe sorriu - Vocês se gostam? - levantei uma sobrancelha e ela continuou - Quero dizer, vocês estão se paquerando? Dormem juntos o tempo inteiro... - ela fez uma pausa - Amélia, você ele têm...? - abri os olhos e imediatamente.
- O que? Mãe! Não, é claro que não! - exclamei me levantando do sofá - Você acha que se eu estivesse fazendo algo desse tipo, te diria tão explicitamente que dormi na casa dele? Se eu digo é porque sou inocente!
Ela se encostou no apoio do sofá e suspirou.
- Você nunca vai arrumar um namorado? Eu quero um genro!
Bati com a mão na testa.
Horas depois - e depois de comer um Strogonoff maravilhoso que mamãe fez -, eu fazia um monte de nadas dentro do meu quarto, até que a enfermeira chamou pelo meu nome no andar debaixo.
- Tem um garoto aqui! - ela gritou em seguida.
Desci as escadas correndo, mas aí juntei as peças. Se fosse Peter, ela teria mandado ele ir até mim e diria o nome dele, então não é Peter. É alguém que ela não conhece. Ou não se lembra.
- Você vai à uma festa comigo. - afirmou Gunner, parado na frente da minha porta. Eu, com uma enorme camiseta branca cobrindo meu corpo até as coxas, um curto short preto e meias azuis com ovelhinhas, levantei uma sobrancelha, cética.
Eu tenho um penhasco por esse garoto, mas o meu pavio pra homem que se faz de autoritário é beeem curto.
- O único homem de quem recebo ordens, é o meu pai. - afrontei com uma coragem que logo se desfez.
Ele deu um breve sorriso e sorri de volta.
- Feminista? - o Deus grego prodígio quis saber.
- Mulher. - retruquei - Não é preciso ser feminista para ter princípios como esse, Gunner.
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
Teen FictionCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...