Sprouse

*Xeque-Mate*

Só voltei para casa por volta da 4h e assim que cheguei fui comer alguma coisa, não valia a pena dormir somente 2 horas, eu iria ficar com ainda mais sono do que já estou por isso mais vale ficar acordada.

Fui até à sala e fiquei a ver TV, até dar hora de me ir arranjar para a escola.

Assim que entrei na cozinha, para tomar o pequeno almoço, vejo que lá estavam os meus pais e Adam.

-Bom dia. -digo e sorrio.

-Bom dia. -dizem em coro e retribuem o sorriso.

Assim que vejo Rose a passar, chamo-a.

-Rose, se não for muito incomodo, poderia preparar dois dos quartos de hóspedes ainda hoje? -pergunto e a mesma assente sorrindo.

-Claro. -diz sorridente e vai para a cozinha.

-E para que é que precisas deles? -pergunta Adam.

-Os quartos servem para quê, maninho? -pergunto irónica e o mesmo revira os olhos.

-Já agora, quem vem dormir cá? -pergunta o meu pai e eu levanto-me sorrindo.

-A única coisa que eu posso dizer agora, é que hoje a nossa família fica completa. -digo com um sorriso e saio de casa.

Dirijo até casa do Ry e estaciono o carro na frente, assim que chego. Desligo o motor e saio do carro, caminhando decidida até à porta. Toco à campainha e cruzo os braços, esperando alguém abrir a porta.

Assim que ouço o trinco da porta, ganho uma expressão fria e rude ao ver que a pessoa que a abriu foi Sarah, que arregalou os olhos ao ver-me. Entro na casa, sem autorização e, na sala, encontro um homem com uma expressão dura no rosto, que logo fica surpreso ao ver a minha cara.

-Não é possível. -dizem os dois ao mesmo tempo.

Olho a mulher loira de olhos azuis rudemente.

-Hey, Sarah. -digo irónica e ela arregala os olhos- Acho que não é preciso apresentar-me, sendo que foste tu quem me colocou no mundo. -digo rude.

-C-Como? -ela gagueja e eu gargalho irónica.

-Esperem um segundo, vocês devem estar a pensar que eu sou a 'Sam'. -digo e o homem encara-me confuso, enquanto que a mulher arregala os olhos- Oh, suponho que ela não lhe tenha contado. -digo com um sorriso irónico no rosto.

-Nem te atrevas. -diz a mulher entre dentes e eu solto uma gargalhada irónica.

-Ou acontece o que? -pergunto aproximando-me do seu corpo, ficando a poucos centímetros dela e olhando-a nos olhos- Vai mandar alguém violar-me como fazia com a minha irmã? -pergunto fria e ela olha-me da mesma maneira- Ou vai mandar este mesmo homem bater-me como faz com o meu irmão?

-Como sabes de tudo isso? -pergunta e eu rio irónica.

-MARK. -grito pelo meu irmão e logo ouço passos até às escadas que ligavam o andar de cima com a sala.

-Samantah? -pergunta confuso e nervoso.

-Faz as malas, tu vens comigo. -digo e, mesmo sem entender nada, ele vai até ao seu quarto novamente.

-QUEM É QUE TU PENSAS QUE ÉS, PARA VIRES NA MINHA CASA E DARES ORDENS AO MEU FILHO? -grita a mulher e eu olho-a com ódio.

-Eu? Quem sou eu? -pergunto irónica e faço expressão confusa- Ah, já me lembro. -digo e volto a olhá-la- SOU A FILHA QUE TU ABANDONASTE HÁ DEZANOVE ANOS ATRÁS. -grito na sua cara e, logo, sinto a minha bochecha arder e a minha cara virar com força.

-Tu respeita-me que eu ainda sou tua mãe. -ela diz e eu olho-a com um sorriso irónico no rosto.

-Mãe? Tu lá sabes o que é ser mãe. -digo fria- Sabes quem é a minha verdadeira mãe? A Minka, aquela que cuidou de mim, viu-me dar os meus primeiros passos, viu nascer o meu primeiro dente, viu-me falar a minha primeira palavra, viu-me crescer, viu-me apaixonar pela primeira vez e deu-me conselhos sobre o amor, ensinou-me como se usava maquilhagem, ensinou-me a andar de bicicleta, secou as minhas lágrimas quando o meu coração foi partido pela primeira vez, esteve do meu lado quando tive as minhas primeiras cólicas, foi ELA que fez o papel de mãe que era TUA obrigação fazer. -digo rude

Aproximo-me mais dela, ficando cara-a-cara com aquela mulher repugnante.

-Foi a Minka que cuidou dos filhos que TU abandonaste. -digo fria- Lembraste do Adam, certo? O filho que também abandonaste? -pergunto irónica e ela encara-me rude- Acho que sim. E enquanto outra pessoa cumpria com as TUAS obrigações, tu fazias o que? Ah sim, já me lembro, FODIAS COM TODOS E MAIS ALGUNS, MANDAVAS VIOLAR A TUA PRÓPRIA FILHA E ESPANCAR O FILHO QUE ESCONDESTE DE TODOS, ATÉ DO PRÓPRIO PAI. -grito olhando-a nos olhos.

Sarah ficou em silêncio encarando-me friamente.

-Como é que te sentes ao saber que 3 dos TEUS 4 filhos chamam 'mãe' a OUTRA mulher? -pergunto irónica e ela levanta a mão para me bater novamente, mas eu olho-a com deboche- Bate mais uma vez, Sarah, é apenas mais uma prova que eu tenho contra ti e que posso apresentar de boa vontade à polícia. -digo fria e ela baixa a mão.

-Tu não serias capaz de o fazer. -ela diz com um sorriso no rosto- Eu sou tua mãe, fui eu que te dei vida. -ela diz e eu começo a rir, fazendo-a perder o sorriso que tinha.

-Ignorando o facto de tu ainda pensares que és minha mãe. -digo fria e começo a caminhar pela sala, entrecalando o meu olhar entre ela e o homem- Sabias que tentativa de homicídio é crime? -pergunto irónica e ambos arregalam os olhos.

-Tentativa? -perguntam os dois e eu rio com deboche.

-É, parece que erraram o avião. -digo irónica e vejo-os fechar as mãos em forma de punho.

-EU VOU-TE MATAR, SUA VADIA. -ela grita e vem na minha direção, assim que chega perto ia acertar-me com um estalo mas é interrompida pelos polícias a invadir a casa.

-Sarah Hall e Richard Williams estão detidos por tentativa de homicídio, estupro, violação dos direitos dos menores Mark Evans e Samantah Evans, roubo, tráfico de droga e tráfico de mulheres. -diz o inspector assim que chega dentro de casa e vê ambos já algemados.

-Xeque-Mate. -digo com um sorriso irónico no rosto e pisco o olho para Sarah que me olha com ódio.