*M-Mãe... Ataque*

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Entrei na escola, era um novo dia, estava super bem disposta pois o meu pai disse que Adam chegava hoje para passar umas semanas em casa connosco. Adam Evans é o meu irmão mais velho, ele tem 20 anos e anda UCLA onde estuda Teatro.

Mas quando olho bem na cara das pessoas vejo que ninguém, ou quase ninguém, sorri. O que se passa?, essa era a pergunta que rondava a minha mente até reparar que, no fundo do corredor onde me encontro, estava montado um altar. Encolho os ombros e ando até lá, onde vários alunos se encontravam com caras de enterro, entre eles os gémeos Sprouse. 

Assim que chego perto do tal altar fico em estado de choque. 'Samantah Maryane Hall Evans' estava escrito vezes sem conta e várias fotos dela, sozinha e acompanhada de vários dos alunos, estavam afixadas na parede junto da mesa que estava repleta de cartões com 'RIP SAM' e velas acesas espalhadas.

Olho atentamente a maior foto que lá se encontra e arregalo os olhos. QUE MERDA É ESTA?

-Mais uma vez, Sra.Hall, a Harvard-Westlake está de luto pela sua filha. -ouvi a voz do diretor por perto e, quando olho...

-M-Mãe. -sussurro e uma lágrima escorre.

-Eu agradeço tudo o que fizeram por mim e pelo Mark nestes três anos. -a mulher loira disse- Foram tempos difíceis para a nossa pequena família.

-Foi por sabermos disso que fizemos os possíveis para a ajudar, a si e ao seu filho. -Sr.Tihan disse e eu arregalei os olhos.

Eu tenho um irmão. Um irmão, para além de Adam.

-E nós só temos a agradecer por isso. -ela diz e logo vejo um rapaz loiro aproximar-se deles.

-Mãe, o que fazes aqui? -pergunta e eu sinto outra lágrima escorrer.

-Vim agradecer ao diretor. -ela disse como se fosse óbvio.

Deixei de ouvir qualquer som ao meu redor, o meu olhar estava fixo na mulher e no rapaz loiro.

Vou a cambalear até á casa de banho mais próxima e aí eu caio. Esforço-me para me sentar e retiro o meu telemóvel do bolso. 

-T-Tenho-o q-que ligar pa-ra o m-meu pai. -digo para mim mesma. 

Começo a digitar o número do meu pai e logo clico em chamar, colocando o telemóvel ao ouvido.

Chamada on~

-Isto é tudo saudades do melhor pai do mundo? -ele pergunta e ouço risos de fundo.

-E-Eu p-preciso-o d-de a-ajuda, p-pai. -gaguejo, tentando arranjar ar.

-Sam, o que se passa? Onde estás? -pergunta aflito.

-E-Estou a t-ter o-outro a-ataque, p-pai. -digo com dificuldade- E-Estou n-numa ca-casa de ba-banho. 

-Estou a ir para aí, tenta acalmar-te. -ele pede e desliga.

Chamada off~

Solto o meu telemóvel, que cai no chão fazendo barulho.

-Samantah? -ouço chamarem-me e forço o meu olhar para a porta, onde encontro Dylan e Cole.

-A-Ajud-dem-me. -peço e vejo Dylan correr para fora da casa de banho, certamente para chamar alguém.

Vejo Cole vir até mim e começar a retirar todo o cabelo que se encontrava na minha cara.

-Diz-me o que estás a sentir, Samantah. -o loiro pede.

-E-Est-tou a-a f-ficar s-sem ar. -digo e começo a respirar mais pesado.

Cole aproxima-se mais do meu rosto e eu fico cada vez mais confusa.

-A minha mãe sempre me ensinou que um beijo regulariza a respiração e ajuda nestes casos, então desculpa. -ele diz e beija-me.

Ao início fico confusa, mesmo retribuindo ao beijo, mas, assim que paramos, a minha respiração volta ao normal. Quando ia a agradecer, a porta é aberta com força e quando olho vejo o meu pai e toda uma escola á porta da casa de banho, de olhos arregalados, acho que de estar frente a frente com o 'grande' Chris Evans.

-Sam, filha, o que estás a sentir? -ele pergunta abraçando-me. Ouço um coro de 'Ohhh' e sussurros do tipo 'Ela é filha dele, não acredito'.

-Eu já estou bem, pai. -digo e sorrio fraca para o mesmo.

-Eu pensei que estes ataques já tinham acabado. -ele diz nervoso e eu rio irónica.

-Eu também, acredita. -digo e ele abraça-me mais uma vez.

-Eu tive tanto medo de te perder. -ele diz e eu abraço-o forte- Eu amo-te muito, Sam.

-Eu também te amo, pai, muito. -digo e ele beija a minha testa.

-SAM. -ouço alguém gritar e quando olho para a porta da casa de banho, vejo Zach a passar por todos com uma feição preocupada.

Assim que o mesmo consegue entrar na divisão, ele abraça-me forte, o que me surpreende.

-Eu fiquei muito preocupado, Sammy. -ele disse e eu retribui ao seu abraço, sentindo-o ficar tenso.

-Está tudo bem, Zachy. -digo e ele relaxa ao ouvir a alcunha que eu lhe coloquei com 4 anos de idade.

-Tio, estes ataques já não tinham passado? -ele pergunta ao meu pai e mais um coro de 'Ohhh', de 'Ele é sobrinho do Chris Evans' e de 'Eles são primos' é ouvido.

-Eu também pensei isso. -o meu pai responde e suspira.

Encaro Cole, que permaneceu ali, e sorrio-lhe.

-Obrigada. -digo sincera e ele responde com um sorriso.

-Não tens que agradecer, Sam. -ele diz e pisca-me o olho, saindo dali.

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