10 - O Domingo

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"Nunca chame sua vizinha desastrada  (e charmosa) para assistir um filme em pleno domingo chuvoso. Essa combinação só trará problema!"

— David Hoffman 

— David Hoffman 

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» D A V I D «

Na manhã seguinte, despertei, assustado, ao ouvir Salua resmungar ao meu lado.

— Ahhh! Eu vou morrer! Alguém tire meu estômago de mim! — gemeu, contorcendo-se, fazendo um drama exagerado.

Preocupado, abri meus olhos a fim de avaliar o real estado que Salua se encontrava.

— Seu banheiro... onde é seu banheiro? — perguntou, com urgência. Notei, portanto, que uma leve coloração esverdeada tomou conta de seu rosto.

— Final do corredor à esquerda. — respondi rapidamente.

Mal conclui a fala, Salua se levantou em um sobressalto e saiu correndo em direção à porta, claramente desesperada.

Preocupado, segui ela até o banheiro e fiquei aliviado ao encontrá-la debruçada sobre o vaso, vomitando sofridamente. Graças a Deus não era nada muito grave.

Tentando ajudar de alguma forma, agachei-me junto dela e gentilmente segurei seus cabelos para trás, enquanto Salua colocava os bofes para fora, resmungando palavras sem sentido.

— Eu vou morrer! — reclamou, limpando a boca com o dorso da mão.

— Não vai não! Isso é só ressaca — afirmei, acariciando gentilmente seus ombros, tentando confortá-la de alguma forma.

— Minha primeira ressaca e eu já a odeio! — Esboçou uma careta de sofrimento.

— Ah, Salua! Se eu soubesse que nunca havia bebido, não teria deixado você entrar em seu apartamento ontem! Mulher, isso foi uma péssima ideia! — pontuei, exasperado.

— Eu nem sabia que ia beber — rebateu, impaciente, e em seguida tirou minhas mãos de seu cabelo, fazendo menção de se levantar.

Afastei-me sutilmente, permitindo que ela se colocasse em pé.

— Obrigada por cuidar de mim ontem. — agradeceu sem jeito, e saiu do banheiro como se estivesse com pressa.

— Por nada! — respondi, levantando-me do chão frio.

E assim, como se nada demais tivesse acontecido entre nós, Salua simplesmente foi embora, deixando-me sozinho, apenas com a sensação de vazio cravado bem no meio fundo do meu coração. Merda!

Naquele momento, eu tive a certeza de que sentia uma vontade louca de segui-la e trazê-la de volta ao meu apartamento, para que eu pudesse cuidar dela o dia inteiro. Não sabia dizer a razão, mas Salua estava me tirando do eixo.

Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora