1 - Minha Colega de Quarto é uma Gótica?

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Eu não sou louca, sou apenas anormal❞.

— Salua Rodrigues

Primeiro dia da minha vida

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Primeiro dia da minha vida.

Eu consegui! Eu estou salva! Eu estou salva!

As pessoas que passavam por mim me encaravam, pensando que eu era mais louca ou outra pessoa absorta sob o efeito de alguma droga alucinógena. Não as recriminei por seus olhares repletos de julgamento, pois simplesmente estava gargalhando com as mãos levantadas para o céu, totalmente fora de mim. Mas eu nem me importei com o fato de estarem me olhando. Nada mais importava, pois finalmente estava livre.

Ao sair da rodoviária, decidi procurar a estação de metrô. A medida em que eu caminhava sentindo a euforia tomar conta o meu coração, olhei ligeiramente para o céu sobre minha cabeça e sorri ao me dar conta que seu manto nublado em suaves tons cinza combinava perfeitamente com meus pálidos olhos azuis acinzentados.

Encontrava-me completamente sozinha na maior cidade da América Latina e mal sabia como chegar ao bairro onde consegui alugar um apartamento em uma república. Mas como bem dizem os sábios pensadores popular "Quem tem boca vai a Roma", decidi parar alguém a fim de pedir informação. Todavia, ninguém me dá atenção.

Que bando de mal-educados!

Comecei a ficar frustrada, porém logo a frente a esperança se iluminou quando eu vi uma senhora à minha frente, obviamente, optei por abordá-la.

Pessoas idosas sempre são gentis, né?!

Só que não! Não mesmo! Pois ela também me ignorou e segurou firme sua bolsa, achando que eu estava prestes a roubá-la. Mal sabe — a nada gentil senhora — que eu sou um amor de pessoa. Sério mesmo. Prefiro perder minha mão a ter de roubar alguém.

Resignada, prossegui com minha saga por informação, até que uma jovem finalmente decidiu parar e me explicar como chegar na maldita estação do metrô.

Munida de todas informações, caminhei a passos rápidos até meu destino, pois não queria ser assaltada. Deus me livre!

Se algo tão fatídico assim acontecesse, poderia me considerar uma pessoa morta, pois todas as economias de uma existência se encontravam no fundo da minha mochila surrada e eu não poderia perdê-la sob hipótese alguma. Nunca tive vocação e muito menos coordenação motora para fazer malabarismo em frente aos semáforos. Se minha vida dependesse disso, com toda certeza seria uma tragédia total!

Depois de caminhar algumas quadras, finalmente cheguei ao meu destino e como qualquer boa garota do interior já estava completamente apavorada com aquela cidade grande e não fazia nem uma hora que eu estava lá.

A estação estava lotada de gente. Era gente indo e vindo correndo, caminhando, sozinhos ou em bando. Tinha tanta gente que eu achei que todo mundo havia decidido passar por ali naquele dia. Droga de São Paulo!

Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora