Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]

23 - Vida Inteira

"Desastrada, imperfeita, dramática e empata foda. Essa é a Salua, a garota para quem eu perdi o meu coração".

—David Hoffman

>> D A V I D <<

Muitas pessoas costumam contabilizar os melhores dias que tiveram em suas vidas, eu, contudo, nunca fui desse tipo. Todavia, no dia em que tornei a Salua minha por completo, soube, com toda a certeza do mundo, que aquele foi um dos dias mais feliz da minha vida!

Claro que já havia imaginado aquele momento diversas vezes em minha cabeça, mas nem de perto eles se pareceram com o que ocorreu na realidade. Ter nossos corpos unidos sob as estrelas do céu, fez tudo ser tão mágico. Poder sentir o ritmo do seu coração quando nos conectamos foi algo maravilhoso. Naquele momento, nós éramos apenas amor, desejo e luxuria. Nossas respirações se misturaram e tornaram-se somente uma, assim como as batidas dos nossos corações. E quando meu prazer chegou ao ápice... Eu explodi! Como as estrelas do céu. E ali, naquela noite silenciosa, com céu noturno acima de nós, eu e ela nos tornamos apenas poeiras de estrelas.

No dia seguinte, logo ao amanhecer, permaneci no interior da barraca, observando a Salua dormir. Minha pequena nunca foi do tipo que dorme tranquilamente, pois sempre foi agitada durante o sono, mexendo-se o tempo todo e falando adormecida. Toda vez que acordava antes dela, tinha criado como hábito observar os seus movimentos. Salua sempre ficava com a boca levemente aberta, e às vezes rocava baixinho, embora afirmasse com veemência que não ronca, o que não era a verdade. Salua jamais foi perfeita, de vez em quando, peidava dormindo e, na maioria das vezes, sempre me descobria. Mas é isso que eu gostava nela, sua autenticidade, minha garota simplesmente é do jeito que é, e não ficava tentando mudar para me agradar. E todos os defeitos simplesmente desapareciam, quando ela sorria para mim.

— Bom dia, amor! — cumprimentei-a, assim que abriu os olhos, encarando-me com uma cara amassada.

— Bom dia! — resmungou em meio a um bocejo.

Meus lábios se curvaram em um sorriso.

— Como está se sentindo, minha linda? — perguntei, evitando parecer preocupado.

Pela expressão que surgiu em seu rosto, notei que ela pensou antes de responder:

— Como poeira das estrelas! Porque ontem, David, eu simplesmente explodi de prazer. — Exibiu um enorme sorriso.

— Então somos dois. Ontem eu também explodi de prazer! — Beijei sua testa. — Vamos levantar! Há milhares de coisas que eu quero te mostrar. — Logo, tratei de retirá-la dos meus braços e levantei-me.

Rapidamente, Salua se colou de pé e começou a calçar seu tênis azul.

—"Estranho eu gostar tanto do seu All Star azul..." — Cantei um trecho da música do Nando Reis, arrancando um sorriso maroto da minha garota.