19 - Lembranças

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AVISO: Esse capítulo contém cenas de AGRESSÃO INFANTIL. Se você é sensível a este tipo de descrição, sinta-se a vontade para pular a leitura desse capítulo. Se estiver precisando de ajuda, não hesite em me chamar no privado, terei o maior prazer se puder te ajudar da melhor forma que eu puder.

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"Ás vezes, o destino é cruel".

— Salua Rodrigues

— Salua Rodrigues

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>> S A L U A <<

14 anos antes (5 anos de idade)

Por que ninguém me diz para onde minha mamãe foi? Por que ela não se mudou com a gente? Eu sentia falta de dormir abraçada com ela todas as noites, mesmo que a mamãe quase não falasse comigo, mas o que realmente importava é que, quando chegava à noite, ela me deixa abraçá-la até pregarmos no sono.

Só que, já fazia alguns dias que eu não a via, eu já tinha a procurado em todos os lugares. Ela simplesmente sumiu.

Estava com fome. Desde que mamãe desapareceu, papai se esquecia de me alimentar. Eram raras as ocasiões em que ele se lembrava da minha existência, e, naquele fatídico dia, eu já havia comido todos os biscoitos que tinha encontrado no armário, não havia tem mais nada que eu pudesse comer.

Ouvindo meu estômago rugir de fome, caminhei até a sala e encontrei meu pai, sentado em sua poltrona, segurando uma garrafa que tinha um cheiro esquisito.

—Papai... — sussurrei, com medo — Eu tô com fome! — Ele se quer me olhou.

Meu estômago roncou novamente e eu me encolhi, pois

começou a doer.

— É tudo culpa sua, Salua! Nós íamos bem até que você surgiu. Nós tentamos fazer você sumir, mas não importava o que fizéssemos, você continuava ali, como um parasita invadindo nossas vidas. Você simplesmente não ia embora. E agora ela me abandonou e me deixou contigo! Eu te odeio, porque você me lembra ela. Você será a mesma vadia que ela, não tem como evitar... Está no seu sangue! — cuspiu aquelas palavras, cerrando os punhos, furioso.

Não consegui entender a maior parte do que me falou, mas, naquela idade, eu já sabia o que significava a palavra odiar e não quero que ele me odiasse.

— Papai! Desculpa! Também não queria que ela fosse embora. — Tentei abraçá-lo, mas ele me empurrou para longe.

—Não toque em mim, seu monstrinho. Você já me causou muita dor! — gritou, enfurecido, fazendo-me estremecer.

Tomado pela ira, ele tirou o sinto, e com muita agressividade, começou e me bater até que alguns pedaços de pele começaram a se abrir e sangrar. Em meio aos soluços, implorei para que parasse de me agredir.

Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora