18 - Anjo quebrado

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"Eu cuidarei dela, pois Salua é o meu mundo, minha vida e todas as batidas do meu coração.

— David Hoffman

>> D A V I D <<

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>> D A V I D <<

Dor! Eu senti sua dor enquanto ela gritava e chorava em meus braços. Fúria! Senti tanta raiva por quem a machucou, que, por um momento, tornei-me apenas ódio, brutal e devassador. Eu queria sair pelo mundo e destruir cada parte do monstro que a infringiu tanto sofrimento, mas aquele poder não estava em minhas mãos e Salua precisava que eu estivesse ao seu lado. Então, fiquei ali, consolando-a até que sua dor se dissipasse.

No momento antes de tudo se tornar um caos, quando estávamos nos beijando na cama, pensei que Salua estivesse tremendo de prazer mediante ao meu toque. Contudo, quando ela me empurrou agressivamente, berrando para que eu parasse de tocá-la, sabia que algo estava terrivelmente errado. Para minha garota, não era eu quem estava no quarto e sim outra pessoa; aquela que a destruiu.

Vê-la convulsionar, vomitando sem parar naquele canto escuro do quarto, fez com que eu desmoronasse. Tudo que desejei era tirar a sua dor. Queria que esquecesse de tudo. Portanto, mesmo que ela tenha tentado me afastar, eu insisti e a abracei. E ali, enquanto gritava em meio ao torrencial de lágrimas, eu só conseguia pensar que Salua era meu anjo quebrado.

Eu nunca havia ficado tão triste, como quando minha pequena falou que seu pai, aquele quem deveria amá-la mais do que tudo, foi o causador da sua ruína. E dentro daquele quarto escuro, nós choramos. Naquele momento, eu me tornei sua dor, sua tristeza e seu coração partido. E tudo que mais desejei, foi poder entrar em sua mente e apagar todas suas lembranças ruins.

A vida é uma vadia cruel e ingrata, pois permitiu que minha pequena Salua, a pessoa mais carinhosa, altruísta, doce e ingênua, sofresse tanto. De todas as pessoas desse mundo caótico, jamais mereceu ter conhecido o inferno.

No outro dia, quando acordamos, para o meu alívio, Salua se sentia melhor, e mesmo que seus olhos estivessem inchados por causa das lágrimas derramadas na noite anterior, ela estava linda. Eu nunca imaginei que pudesse amar tanto alguém, mas eu amava e o amor só crescia como uma força infinita. O mundo poderia acabar e não me importaria, porque ela estava em meus braços.

Meu coração se encheu de alegria, quando Salua me olhou com seus lindos olhos azuis e sorriu.

— Bom dia, pequena!

— Bom dia!

Ficamos, ali, por alguns minutos, apenas nos acariciando, apreciando aquela sensação de conforto e segurança. Com muita suavidade, seus dedos percorreram os minha barba, nariz e olhos. Também toquei seus olhos nariz e boca como se pudesse gravar em minha mente cada traço de sua face com apenas um simples toque.

— Podemos ficar aqui para sempre? — pediu, baixinho.

— Não, pequena. Infelizmente não. — Beijei a sua testa.

  Deixei a da cama e estendo a mão a ela.

— Levanta-se, pequena! Nós temos o dia e o mundo a enfrentar. Você concede a honra de estar ao meu lado?

Mantendo o largo sorriso no rosto, Salua segurou minha mão e declarou:

— Com você, irei a qualquer lugar do mundo e enfrento o que tiver pela frente.

— Se prepare mundo! Porque o casal mais foda, está de volta ao jogo! — Abracei-a, tirando do chão.

Naquela manhã, descobri que juntos nos tornamos uma fortaleza impenetrável. O mundo pode ruir aos nossos pés, mas nós permaneceríamos intactos, firmes e fortes. Juntos, éramos imbatíveis e nada seria capaz de nos destruir.

 Juntos, éramos imbatíveis e nada seria capaz de nos destruir

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Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora