Vin. ke. Sa
[s. f.]
1. Diz respeito de uma jovem moderna, que se acha uma antiga guerreia viking, mas não passa de uma brasileira muito desastrada e engraçada.
— Dicionário informal de David Hoffman
>> S A L U A <<
Observei a paisagem a medida em que o carro se movimentava pela rodovia. O céu estava azul e limpo, como se, naquele dia, não quisesse ser ofuscado pelas nuvens ao seu redor. O vento embalava as folhas das árvores com suavidade. Ao longe, ouvi os pássaros cantando, gratos por um dia maravilhoso. Eu sentia a vida a minha volta, sentia a vida dentro de mim, correndo por minhas veias, saindo por meus poros.
David segurava a minha mão enquanto dirigia tranquilamente. De vez em quando, ele tirava os olhos da estrada e os colocava em mim, abrindo um largo sorriso.
Ainda não havia tirado um tempo para pensar sobre a visita da minha progenitora e as marcas que deixariam em minha existência. Eu tinha uma vida toda pela frente, poderia refletir sobre tal acontecimento em uma outra ocasião. Portanto, adiaria o momento o máximo possível, ou até quando as palavras que ela proferiu, não me causassem mais dor.
Naquele dia, queria somente me desligar do mundo e o David tornou meu desejo em realidade. Éramos apenas eu e ele e o mundo não poderia ser melhor.
O carro seguiu por várias horas em uma estrada isolada, até adentrar em caminho não pavimento, ainda coberto por terra. Percebi que, cada vez mais, isolávamos da sociedade, pois além de ter somente mato ao nosso redor, não havia qualquer indicação de outras pessoas, além de nós dois.
Então, mais adiante, no meio da floresta, avistei uma pequena cabana, um pouco desgastada, mas aparentemente aconchegante no meio de uma clareira rodeada por árvores. David estacionou o carro em frente o local e nós descemos.
— Pequena, esse é o meu refúgio. — disse, ao abrir a porta daquela pequena casa escondida no meio do mundo.
A primeira vista, notei que tudo estava devidamente organizado. De início, observei que a cozinha se misturava com a sala, em um canto havia um sofá vermelho de frente para uma lareira e no outro existia uma pia, próximo ao fogão, e no centro, uma pequena mesa de madeira. Ali não havia televisão, somente uma estante repleta de livros, acompanhados a uma imensa variedade de disco de vinil. A simplicidade daquele lugar o tornava lindo, um verdadeiro refúgio para corações quebrados e almas cansadas.
David pegou as minhas mãos e me levou em direção a uma porta que se localizava no meio da parede entre cozinha a sala. Assim que abriu a porta, fiquei admirada ao ver um quarto enorme, com uma cama de madeira rústica posicionada no canto direito do cômodo, e, ao nosso lado esquerdo, havia uma outra porta a qual deduzi ser o banheiro, também notei a imponente presença de um guarda-roupa antigo acoplado frente para cama, e como se tudo já não fosse perfeito... Uma das paredes do quarto era inteira de vidro, o que possibilitava enxergar as magnifica paisagem que cercava toda a residência.
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Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]
RomanceOBRA VENCEDORA NA CATEGORIA "ROMANCE" DOS CONCURSOS: #1° LUGAR no concurso "Amarelo da Alegria" #2° LUGAR no concurso "Revelações do Wattpad" AVISO ESTA NÃO É UMA FICÇÃO HISTÓRICA "Eu me encontrei, quando me perdi e...