"O mundo não gira, ele capota!"
— David Hoffman
» D A V I D «
Estava sentado em meu escritório fazendo a contabilidade da noite quando Ângela o invadiu abruptamente.
— Eu soube do desastre da menina nova... Você a demitiu? — perguntou, ela, sem delongas.
Detestava o seu jeito superior e o modo como tratava as pessoas, como se elas pudessem ser facilmente substituídas. Entretanto, para a sorte dela, Ângela era ótima em gerir o Pub, não deixando com que nada saísse dos eixos. Era somente por conta de seu profissionalismo, eu continuava relevando algumas se suas falhas.
— Não! — respondi, sem tirar os olhos do computador.
— Por quê? Se ela é desastrada assim, só trará problemas.
A mulher continuou insistindo na demissão.
Realmente, Ângela possuía uma certa parcela de razão. Salua parecia como um imã feito para atrair o caos. Porém, ainda que soubesse o quanto Salua seria um problema, prometi que a garota que lhe daria uma chance e pretendia manter minha palavra.
— Todos merecem uma segunda chance. Esse foi o primeiro dia e a garota só estava nervosa — expliquei, sem ao menos lhe lançar qualquer olhar.
— Qual o seu lance com essa menina? Você tinha candidatas melhores e mesmo assim a contratou. Por quê?
Contive o impulso de revirar os olhos e ser grosso com minha gerente. Decidi, portanto, responder suas perguntas, pois sei que ela não iria desistir até ter suas respostas.
— Salua é minha vizinha, acho que acabou de se mudar para cá, então decidi ajudá-la com esse emprego — respondi, impaciente, sem lhe conceder muita explicação.
Ângela começou a abrir a boca para rebater, mas eu a cortei:
— Não vou demiti-la! Pelo menos, não hoje. Já conversei com ela e deixei claro que se não prestar mais atenção e voltar a disseminar o caos por onde anda, aí sim a colocarei na rua. — Direcionei um olhar duro na direção da mulher, tencionado a acabar com aquela conversa. — Não quero mais falar desse assunto, entendeu?
Ângela percebeu meu péssimo humor e assim apenas acenou com a cabeça em sinal de concordância, encarando-me com certa frieza.
Irritado, desliguei o computador e decidi ir casa, pois a conversa desgastante havia me deixado com uma puta dor de cabeça.
— Vem... Vamos embora! — pedi, impaciente que Ângela me acompanhasse para fora do escritório.
A mulher me seguiu em silêncio pelo corredor. E como não estava nem um pouco a fim de sua companhia, soltei a desculpa de que precisava ir ao banheiro e logo informei que ela poderia ir embora sem mim. Para minha sorte, ela faz o que pedi e não insiste em continuar com a minha companhia.
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Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]
Roman d'amourOBRA VENCEDORA NA CATEGORIA "ROMANCE" DOS CONCURSOS: #1° LUGAR no concurso "Amarelo da Alegria" #2° LUGAR no concurso "Revelações do Wattpad" AVISO ESTA NÃO É UMA FICÇÃO HISTÓRICA "Eu me encontrei, quando me perdi e...