6 - Mundo Pequeno

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"O mundo não gira, ele capota!"

— David Hoffman 

— David Hoffman 

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» D A V I D «

Estava sentado em meu escritório fazendo a contabilidade da noite quando Ângela o invadiu abruptamente.

— Eu soube do desastre da menina nova... Você a demitiu? — perguntou, ela, sem delongas.

Detestava o seu jeito superior e o modo como tratava as pessoas, como se elas pudessem ser facilmente substituídas. Entretanto, para a sorte dela, Ângela era ótima em gerir o Pub, não deixando com que nada saísse dos eixos. Era somente por conta de seu profissionalismo, eu continuava relevando algumas se suas falhas.

— Não! — respondi, sem tirar os olhos do computador.

— Por quê? Se ela é desastrada assim, só trará problemas.

A mulher continuou insistindo na demissão.

Realmente, Ângela possuía uma certa parcela de razão. Salua parecia como um imã feito para atrair o caos. Porém, ainda que soubesse o quanto Salua seria um problema, prometi que a garota que lhe daria uma chance e pretendia manter minha palavra.

— Todos merecem uma segunda chance. Esse foi o primeiro dia e a garota só estava nervosa — expliquei, sem ao menos lhe lançar qualquer olhar.

— Qual o seu lance com essa menina? Você tinha candidatas melhores e mesmo assim a contratou. Por quê?

Contive o impulso de revirar os olhos e ser grosso com minha gerente. Decidi, portanto, responder suas perguntas, pois sei que ela não iria desistir até ter suas respostas.

— Salua é minha vizinha, acho que acabou de se mudar para cá, então decidi ajudá-la com esse emprego — respondi, impaciente, sem lhe conceder muita explicação.

Ângela começou a abrir a boca para rebater, mas eu a cortei:

— Não vou demiti-la! Pelo menos, não hoje. Já conversei com ela e deixei claro que se não prestar mais atenção e voltar a disseminar o caos por onde anda, aí sim a colocarei na rua. — Direcionei um olhar duro na direção da mulher, tencionado a acabar com aquela conversa. — Não quero mais falar desse assunto, entendeu?

Ângela percebeu meu péssimo humor e assim apenas acenou com a cabeça em sinal de concordância, encarando-me com certa frieza.

Irritado, desliguei o computador e decidi ir casa, pois a conversa desgastante havia me deixado com uma puta dor de cabeça.

— Vem... Vamos embora! — pedi, impaciente que Ângela me acompanhasse para fora do escritório.

A mulher me seguiu em silêncio pelo corredor. E como não estava nem um pouco a fim de sua companhia, soltei a desculpa de que precisava ir ao banheiro e logo informei que ela poderia ir embora sem mim. Para minha sorte, ela faz o que pedi e não insiste em continuar com a minha companhia.

Meu Querido Sr. Viking [REPOSTANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora