Capítulo 14 - Second season

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Passamos o dia inteiro dando uma geral na casa, Justin e os garotos cortavam a grama e pregavam alguma madeira ou pintava alguma coisa. Enquanto eu, a babá e mais três diaristas que uma agência mandou, lavávamos a casa e tirávamos a poeira dos móveis.

Três dos homens que trabalham para Justin foram até o centro da cidade para comprar o necessário: O berço de Henry e uma cama para Clary. Entre tapas e mais tapas, Justin montou tudo com Chaz e Chris, eles reclamavam à cada segundo falando que não deveriam estar fazendo aquilo porque eram os patrões, e eu lhes dava bronca para deixarem de ser preguiçosos.

No começo da noite, apesar de estarmos cansados, Justin resolveu ir visitar os avós em Stratford, que ficava á pouco mais de cinco minutos dali. Chris e Chaz estavam animados por estarem indo ver suas famílias, que os dois alegavam ter visto à uns quatro anos atrás. Arrumei as crianças e depois tomei um banho, enquanto procurava algo conveniente para vestir.

— Amor, são só meus avós — Justin disse parado na porta do quarto onde eu me olhava pela milésima vez no espelho — Tá querendo seduzir meu avô?

— Se ele for tão charmoso quanto o neto, talvez eu até troque você por ele — Falei e ele gargalhou — Estou pronta.

— Finalmente — Ele levantou as mãos pro céu e eu revirei os olhos com seu exagero —

Eu e Justin fomos no carro com as crianças e a babá, e Chris e Chaz foram em outro, passamos pelo centro de Stratford e apesar de ser uma cidade minúscula bem diferente de Denver, era muito bonita. Justin falava sobre cada cantinho dali que passou na infância e eu sentia um tom de saudades na sua voz.

Entramos em um bairro de casas simples, como uma real periferia, tinham muitas crianças brincando na rua e isso fez Clary quase grudar no vidro do carro, olhando as crianças se divertirem. O olhar das pessoas para o carro me deixou um pouco assustada, principalmente quando Justin baixou o vidro e diminuiu a velocidade, várias pessoas se aproximaram do carro o cumprimentando e o tocando como se estivessem tocando em um santo, com sorrisos enormes no rosto.

— É sempre assim? — Eu perguntei quando Justin parou o carro em frente à uma casa cinza de dois andares, e ele assentiu —

— Eu ajudei todas as pessoas desse bairro, todas elas tem algo para me agradecer — Ele falou dando de ombros e abriu a porta —

Desci do carro e peguei Henry, que estava acordado, quase engolindo os próprios dedos. O cobri com uma manta branca por conta da luz e possíveis mosquitos, e a babá soltou Clary no chão, que pulava da calçada para o asfalto, feito uma barata tonta.

— Kidrauhl, quanto tempo — Um homem disse se aproximando de Justin, que apertou sua mão e lhe deu um meio abraço —

— Tempo faz mesmo que eu não ouço esse apelido — Justin brincou e o homem riu — Como está a família?

— Todo mundo bem — O homem falou contente — E pelo visto você construiu uma família também. — Ele me olhou —

— Oh sim — Justin disse passando um braço em volta da minha cintura — Esse é Marcos, um grande amigo. — Ele falou pra mim —

— É um prazer, me chamo Skylar — Eu disse o cumprimentando com um aceno de cabeça, pois estava com as mãos ocupadas segurando Henry —

— E o bebê, é menino ou menina? — Marcos perguntou —

— Menino, se chama Henry — Justin respondeu —

— Minha filha Charlotte acabou de ter um bebê, é uma graça! — Marcos disse contente —

— Charlotte.. — Justin parecia tentar lembrar — É a mais velha, certo?

— Não.. a caçula, a loirinha — Marcos falou e Justin arregalou os olhos —

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