Capítulo 22 - Second season

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Quando você acha que sua vida acabou, e que você está no fundo do poço, algumas pessoas dizem que ver Jesus, ou a Virgem Maria, mas eu, só o que vi foi à mim mesma. Um momento desses define o seu futuro, e eu me mandei ir em frente, porque sabia o que fazer.

Em três dias eu superei toda a dor, não que isso seja ruim, mas na minha opinião, só assim eu aprendia a superar qualquer coisa que viesse pela frente. Ser independente é melhor, acredite. Porque agora, eu sou a melhor assassina de aluguel do Hemisfério Norte. Eu sou a prova viva de que o sonho americano existe e vai bem. Você pode não concordar com a forma pela qual eu cheguei aqui, mas graças à mim, as pessoas se livram facilmente de quem é um peso em suas vidas. Eu petrifiquei com a dor, aprendi que aquilo que você ama também é aquilo que te destrói. Ninguém está ileso de amar e se auto-destruir por conta disso, absolutamente ninguém.

Flashback
Stratford, Canadá

No dia seguinte da noite que tudo aconteceu, eu acordei ainda no sofá confortável de Aaron, ele me levou para a casa de Pattie, onde estavam meus filhos, e ao conversar com Ryan, eu decidi simplesmente ser independente, cuidar dos meus filhos sozinha, porque eu era capaz disso, ele me deu toda a força que eu precisava e por isso eu agarrei tudo aquilo com unhas e dentes, esvaziei minha conta no banco e treinei por longos meses, até me sentir preparada o suficiente para acertar uma bala em cheio na cabeça de quem me traiu, de quem destruiu as minhas expectativas e matou a Skylar de alguns anos atrás.

Atualmente
Gasglow, Escócia

- Senhor governador, aqui é a exterminadora que chamou para seu problema com ratos. Minha conta está meio vazia. - Verifiquei no celular a quantia que havia na conta -

- Ninguém vai ser pago até o serviço estar feito.

- Nada disso, são as regras, se quiser rir, tem que fazer rir. - Aproximei a mira do rifle notando que o carro da vítima se aproximava - O seu ratão chegou, acompanhado de vinte amiguinhos. E a minha conta está tão magra quanto eu.

- Para de gracinha e faz logo o seu trabalho. - Ele quase gritou, me fazendo afastar o celular do ouvido -

- Você tem trinta segundos para a sua chance ir pro espaço. - Estalei a língua no céu da boca -

- Tá bom, tá bom, relaxa, foi um erro de contabilidade - Ele falou e eu sorri, vendo o sistema atualizar a quantia na conta - Está sendo transferido.

- Seu zé ruela, triplica isso aí, vai.

- Eu não sou o tipo de gente que se brinca. - Ele disse -

- Você me ameaçou? Eu ouvi mal ou você me ameaçou? A delação premiada desse cara vai pro parlamento, hein?!

- Sua desgraçada! - Ele xingou, e o sistema mais uma vez atualizou aumentando a quantia -

- Agradeço pela preferência, senhor - Falei, encerrando a ligação -

Missão dada, é missão cumprida. A única testemunha que tinha as respostas sobre o buraco na economia do estado estava mortinha da silva, e eu com três milhões de libras na minha conta. Desci do prédio sem muita dificuldade, e vesti um sobretudo por cima da roupa preta, entrando no carro e dando partida.

— Cheguei! — Disse ao entrar em casa, e logo ver Henry vir correndo na minha direção — Oi amor!

— Mamãe! — Clary apareceu com seus cachinhos balançando e eu também lhe abracei —

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