Eu Vou Estar Aqui

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ANASTÁSIA STEELE

Abro os olhos lentamente e sorrio ao ver Grace dormindo com uma expressão tranquila. É incrível, desde o primeiro momento eu só consegui sentir algo muito bom por ela. Eu acordei umas três vezes durante a noite, e ela cuidou de mim a todo o momento, como meus pais faziam. Eu me sinto mais próxima dos meus pais quando ela está aqui. É tão bom...

Levanto minha mão com cuidado e acaricio seu rosto. Um pequeno sorriso brota em seus lábios e eu me lembro de mamãe e papai. Eu sei que sou grandinha, mas adorava dormir com eles vez ou outra. Era bom acordar e receber seus sorrisos de bom dia. Assim como Grace está fazendo.

—Bom dia querida.

—Bom dia titia. —Digo sorrindo.

—Que tal nós duas irmos tomar café juntas? Eu conhece um ótimo café.

—Com doces? —Pergunto animada e ela abre os olhos sorrindo amplamente.

—Vai me dizer que você tem mania de comer doces antes das refeições.

Balanço a cabeça e sorrio envergonhada.

—O Christian é igualzinho, me dá raiva, mas eu adoro vê-lo feliz.

—Isso significa que nós podemos comprar bolo de chocolate com nozes?

—Ah sim. —Grace diz sorrindo e me abraça fazendo cócegas.

—Tia. Não. Para.

—Ok. Ok. Vamos mocinha. Banho, e depois trocar de roupa.

Sorrio e dou um beijo em sua bochecha. Levanto-me mais animada de que de costume e corro para a porta do banheiro, mas paro e me viro encarando Grace.

—Obrigada. —Murmuro. —Quando você está perto, é como se ele ainda estivesse aqui.

Entro no banheiro e vou tomar um banho. Meus pensamentos me dominam e eu logo começo a sorrir ao lembrar de Grace. Ela está sendo tão boa. É tão ótimo tê-la por perto. Eu me sinto como em um dia qualquer, com meus pais. Isso é incrível.

Passo a mão pelos cabelos lavando-os e sorrio ao ver que nenhum fio caiu. Realmente estar feliz muda tudo.

Saio do banheiro enrolada na toalha e vejo meu uniforme do colégio passado e posto em cima da cama já feita, mas nenhum sinal da minha tia. Troco-me rapidamente e depois uso o secador para secar meus cabelos, prendo-os em um rabo de cavalo deixando alguns fios soltos. Maquio-me apenas usando o básico, mas no fim coloco um bato vinho mate.

Olho para as caixas no chão e caminho até uma delas, abro-as e vejo que são os materiais que eu usava em casa. Sorrio ao ver meu estojo de canetas do mesmo jeitinho. Papai sempre viajava, e quando não era ele, era a mamãe. Eles me trouxeram uma caneta de cada país que frequentaram. Eu amo tanto essas coisas. Realmente são os mínimos detalhes que fazem a diferença.

Fora meus estojo de canetas, pego outras coisas nas caixas e arrumo minha mochila para a escola. Saio do quarto e ouço a voz da Lana, na verdade a sua gargalhada, e acabo sorrindo com isso. Eu fui tão rude, e ela era só uma criança.

Uma porta se abre e eu vejo uma mulher sair do quarto com Lana. As duas me olham, e desfaço meu sorriso. Reparo na roupa de Lana e vejo que nosso uniforme é igual, então imagino que ela seja da mesma escola, mas do prédio infantil.

—Anastásia. Oi. —Lana diz sorrindo e eu acabo fazendo a mesma coisa. —A tia Grace falou que vocês vai ir tomar café juntas, tudo bem eu ir com vocês?

—Acho que não. —Digo sorrindo e ela sorri amplamente, e depois continua caminhando com a mulher que eu acho ser a babá. —Peggy, você sabia que a Ana é minha prima?

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