Live Your Dreams

Nova Vida

Encaro a grande casa a minha frente enquanto seguro a mão do meu pai.

—O que achou? —Ele pergunta sorrindo.

Nossa mudança para Seattle foi feita há uma semana, mas só hoje podemos chegar, e eu confesso que estou impressionada. A casa é enorme, bem maior que a nossa casa no Texas. Isso é... Apavorante. Confesso que eu estava animada com isso, mas agora, eu realmente estou com medo. E com frio na barriga.

—Vamos lá Anastásia, olhe só para isso. —Papai diz dando uma leve cotovelada no meu ombro.

—Papai. Isso é assustador. —Digo encolhendo os ombros. —Onde está a mamãe?

—Ela foi ver a nova cede da Steele Enterprises. Deve chegar só à noite.

—Eu não quero entrar ai sem a mamãe. —Falo com birra. —Nós podemos ir vê-la?

—Anastásia, quantos anos você tem mesmo? —Pergunta meu pai e eu faço uma careta.

—Eu disse que quero a minha mãe! —Falo firme e solto sua mão. —Você não me ouviu?

—Ok mocinha! Fale direito. Eu sou seu pai, exijo respeito. —Ele fala firme e eu começo a ficar com raiva.

—E eu exijo a minha mãe! Eu não vou entrar nessa casa. —Grito mais alterada ainda.

—Anastásia, já chega! —Papai grita, mas eu não me abalo. —Eu vou contar de um até três e você vai entrar.

—Ou o que? Você vai me bater Ray? —Desafio e vejo sua raiva crescer.

—Pare de agir como uma adolescente mimada Anastásia Steele! Eu estou falando sério.

—Uh... —Digo levantando as mãos.

—Já chega!

Papai se aproxima e pega meu braço com firmeza.

—Me solta! —Grito. —Me solta papai! Agora.

—Nada disso. Você vai aprender a me obedecer de uma forma ou de outra. Agora eu estou falando que quero você dentro da merda daquela casa. Você pode entender isso Anastásia? Ou eu vou ter que te arrastar?

—Seu estúpido! —Grito puxando meu braço, mas ele não o solta, e começa a me arrastar para dentro da casa. —Eu te odeio!

—Eu posso sobreviver com isso.

De forma abrupta, papai abre a porta e me empurra para dentro da casa, puxo meu braço com raiva e o encaro com a respiração acelerada.

—Isso vai ficar roxo, sabia? —Grito vendo a marca de seus dedos em meu braço.

—Pare de drama garota. —Papai passa as mãos pelos cabelos de forma exasperada e me olha sem paciência. —O que há com você Anastásia? Eu te desconheço. Você inventou tudo isso, e agora você age como uma adolescente mimada e malcriada. Para que todo aquele show lá fora? É só uma casa nova.

Encolho os ombros e me afasto começando a chorar.

Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo. Talvez tenha sido a viagem. O lugar. Eu não sei ao certo. Tudo estava indo tão bem, mas agora o medo é maior que tudo. Talvez porque depois de dez anos eu finalmente consegui sair do hospital, e minha vida parece começar só agora, mas eu sei que isso vai acabar logo. Eu estou morrendo, e vou perder tudo isso. Eu vou deixar meus pais sozinhos.

Papai se aproxima e segura meu queixo levantando-o para que eu possa encará-lo.

—Eu estou com medo. —Confesso.