ANASTÁSIA STEELE
Acordo ouvindo um chorinho baixinho e logo ele vai ficando maior. Empurro minhas mantas e me levanto indo para fora do quarto. O frio invade-me quando abro à porta, arrepiando-me dos pés a cabeça, e a camisola de chiffon não ajuda muito. Aberto meus braços ao meu redor e caminho pelo corredor escuro. Vejo a luz do quarto de Lana acesa e a porta entreaberta, caminho silenciosamente até lá e bato antes de entrar e encontrá-la encolhida no chão do quarto ao lado da cama.
—Ei... —Aproximo-me e abaixo em sua frente, puxo suas mãos e, ela, se encolhe trêmula e gelada. —O que houve?
—Os monstros voltaram... —Ela murmura baixinho e um arrepio me percorre.
—Que monstros? —Pergunto confusa.
—Eles estão na janela.
Olho para Lana e me levanto rapidamente. Corro até a varanda e vejo pelo menos três homens correndo pelo jardim enquanto dois descem a escada de incêndio. Meu coração dispara e a primeira coisa que faço é correr e pegar Lana no colo saindo do quarto com ela.
—Onde é o quarto do seu pai? —Pergunto enquanto estamos no corredor.
Antes que Lana possa responder um grito estridente ecoa e em seguida alguém começa a gritar por socorro. Menos de cinco segundos depois Tate aparece com Trevor e mais uns vinte seguranças. Lana me aperta e começa a chorar apavorada.
Tate passa correndo por nós e dá um chute em uma das portas. Tenho apenas o vislumbre da arma em sua mão, e logo em seguida ouço dois disparos e um grito.
—Papai. —Alguém diz de dentro do quarto e eu imagino ser Eduarda.
Trevor se aproxima de mim e eu me encolho esquivando-me de seu toque. Ele me dá um olhar triste recua. Lana começa a chamar Tate e logo ele aparece acompanhado de sua outra filha e vem para o nosso lado.
—O que está havendo? —Pergunto chorando e começo a sentir falta de ar.
—Anastásia, se acalme.
—Tate, o que está havendo? —Peço novamente e deixo Lana escorregar, mas Eduarda a segura a tempo.
—Anastásia, pelo amor de Deus, se acalma. —Tate fala segurando meus braços e eu começo a tremer apavorada.
—Tate. Me diz. Por favor. Eu estou com medo. —Digo chorando arranhando minhas coxas com as unhas pelo nervosismos não contido.
—Ana, querida, por favor. Olhe nos meus olhos.
—Não! —Grito tentando me soltar e fecho os olhos sem conseguir me controlar.
—Anastásia para! Para! —Tate grita chacoalhando meus ombros. —Abre os olhos. Querida. Olhe para o papai, por favor.
—Papai... —Sussurro abrindo os olhos e o encaro, mas ao ver que ele não é Ray, o desespero me invade, e tudo só piora quando eu ouço tiros. —Eu quero meu pai. Me solta. Me solta.
—Ana, por favor. Olhe. Três passos... —Tate sussurra e meus olhos fixam nos seus. —Isso querida. Três passos. Ok?
—Ok. —Digo tomando minha respiração novamente.
—Boa garota. Eu preciso que você vá para o elevador com a Duda e a Lana, o Christian está lá embaixo com os outros seguranças, você pode ir ficar com ele? Que tal falar sobre a viagem?
—Aonde você vai? —Pergunto chorando.
—Eu preciso checar algo aqui em cima.
—Eu quero meu casaco. —Digo chorando.
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Live Your Dreams
Fanfiction~♥~ Com 15 anos apenas, ela já teria enfrentado muitas coisas, mas mal sabia que sua jornada e sua maior missão se iniciariam após a morte dos pais. Dez anos carregando o peso da Leucemia, Anastásia Steele decida dar uma basta no tratamento e viver...