Viagem P. I

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ANASTÁSIA STEELE

Sorrio e seguro suas mãos apertando de forma carinhosa enquanto minhas lágrimas são enxugadas com seus dedos.

—Você não vai mais chorar, não é mesmo? —Pergunta dando-me um sorriso mínimo.

—Não. —Murmuro rindo.

—Eu sinto muito por tudo.

—Tudo bem. —Digo sorrindo e enxugo suas lágrimas. —É melhor eu ir, eu consegui tirar o rastreador do carro, mas logo eles vão me achar.

—Tudo bem, eu vou estar aqui quando você quiser.

—Eu sei. Obrigada.

Levantamo-nos e caminhamos até o carro, mas nos abraçamos antes de entrarmos.

—Obrigada. —Sussurro chorosa e lhe abraço novamente. Entro no meu carro e logo ouço meu celular tocar sem parar, coloco-o no suporte e atendo vendo o outro carro se afastar, e então começo a dirigir.

—Onde você se meteu garota? —Tate grita do outro lado e eu fico em silêncio. —Vai ficar em silêncio? Sabe como eu estou preocupada garota?

Aperto meus dedos no volante e passo por debaixo da ponte ainda seguindo o outro carro, mas logo o perco de vista e entro na estrada principal.

—Anastásia, são duas horas da manhã. Eu não tenho a menor ideia de onde você está. Eu me sinto o pior delegado e o pai do mundo. Diga algo. —Tate implora mais calmo e eu dou um sorriso pequeno. —Por favor, eu não deveria ter te falado aquilo. Foi infantil. Me desculpe. Ok?

—Ok. —Digo simplesmente.

—Ok? —Ele testa a palavra. —Ok... Onde você está?

—Por ai. —Falo mordendo o lábio.

—Você quer me matar, só pode. —Diz ele e eu seguro o riso. —Seu carro tem rastreador, sabia?

—Ele tinha. Eu arranquei hoje antes de sair. Uh... Ele está no canal de córrego agora. —Falo rindo.

—Eu vou te dar uma surra Anastásia! —Tate diz bravo e eu gargalho. —Agora é engraçado?

—Muito.

—Uma hora você vai ter que voltar.

—Ou não... Quem sabe eu entre para a vida do crime. Acho que eu me tornaria uma boa garota de programa, ou assassina de aluguel. O que você acha?

—Anastásia eu vou te matar! —Tate grita e eu ouço risos no fundo. —Venha pra casa da sua tia agora.

—Eu não. —Digo tentando fingir-me de séria. —Eu tenho compromisso.

—Anastásia eu vou colocar a CIA atrás de você. —Ele diz bravo e eu solto uma gargalhada, e mesmo a contragosto, posso ouvir seu riso de fundo. —Você ainda está brava comigo?

—Não. —Digo calmamente. —Eu entendi que aquele era um momento ruim, e você só estava querendo me proteger.

—Eu sinto muito.

—Eu sei que sente.

—Isso significa que você está vindo?

—Significa que eu já estou descendo do carro. —Digo rindo e fecho a porta do carro. Desligo o celular e vejo a porta da casa de Grace se abrir e Tate sair de lá. Ele me dá um sorriso torto e caminha em minha direção, sorrio e envolvo meus braços em sua cintura apertando-o.

—Eu sinto muito querida.

—Eu também sinto. Desculpe te deixar maluco. —Sussurro e o sinto sorrir.

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